Percorrendo as estradas da America Ao percorrer as estradas da América, geralmente escolhemos um ponto de partida e um destino, e tentamos ver o máximo do país entre estes dois extremos. Desta forma tivemos oportunidade de conhecer 41 estados: Alabama, Arizona, Arkansas, California, Colorado, Connecticut, Delaware, Florida, Georgia, Illinois, Idaho, Indiana, Iowa, Kansas, Kentucky, Louisiana, Maine, Maryland, Massachusetts, Minnesota, Mississippi, Missouri, Nevada, New Hampshire, New Jersey, New Mexico, New York, North Carolina, Ohio, Oklahoma, Oregon, Pennsylvania, Rhode Island, South Carolina, Tennessee, Texas, Utah, Virginia, Washington, West Virginia e Wisconsin. Alguns foram visitados de passagem, outros demoradamente, e alguns mais de uma vez. Assim tivemos chance de conhecer um bom pedaço da América, desde o lado oeste do país, onde estão Los Angeles e San Francisco ao nordeste, onde ficam New York City e Washington DC. Dos desertos de Houston e Dallas às ventosas Chicago e Milwaukee. Do carnaval gringo de New Orleans ao gelo de Minneapolis. Das luzes de Las Vegas ao country de Nashville, passando ainda por Albuquerque, Kansas City, Cleveland, Baltimore, Philadelphia, Oklahoma City, Atlanta, San Diego, Des Moines, Saint Louis, Niagara Falls, Salt Lake City, Indianapolis, Phoenix, Charleston, Buffalo, Cincinnati, Memphis, Arlington, Pittsburgh, e claro, Miami e Orlando, além de um incontável número de médias e pequenas localidades, ao longo das estradas. Clique e veja um mapa do Estados Unidos com alguns dos lugares que já visitamos: Mapa Usa Como
descrever estas experiências? Qual seria a melhor forma de relatar tantas
aventuras boas e claro algumas não tão boas que surgiram pelo meio do
caminho? Como aquela vez que fomos pegos por uma tempestade de neve ao norte
de Buffalo, com a estrada transformada numa escorregadia pista de gelo, e ao
tentar limpar o pára-brisa com água (ok, a gente sabe agora que foi
ignorância), ele congelou ainda mais, nos deixando numa estrada escorregadia
sem conseguir ver nada a nossa frente, com dezenas de carros acidentados a
direita e a esquerda? Ou então o terror de descobrir que o prédio do
Pentágono, situado a pouca distância de nosso hotel em Washington tinha
sido, naquela manhã de 11 de setembro, vítima de um ataque terrorista, e que
de repente estávamos bem no meio de toda aquela confusão?
Por
outro lado também houve um sem número de momentos maravilhosos, descobertas
de lugares, coisas, pessoas. Vimos uma cultura diferente abrir-se a nossa
frente, revelando lados e características muitas vezes surpreendentes, e que
em nada correspondem a estereótipos que geralmente temos sobre outras terras
e povos. Lugares belíssimos, de um país com imensas extensões territoriais.
Florestas, desertos, campos, montanhas, e uma infra estrutura turística
invejável, que permite atravessar-se o país de ponta a ponta dentro de um
mesmo padrão de conforto e segurança. Estradas com pavimentação impecável,
sinalização eficiente, manutenção atenta, e que nunca param de crescer e
crescer. Vimos também o lado menos glamoroso da América, os bairros pobres e
perigosos das grandes cidades, e que, freqüentemente, a pouca distância das
modernas torres de alumínio e aço, ocupadas por prédios inteligentes, servem
de abrigo aos esquecidos por aquela rica sociedade.
Mas o
objetivo do Viagens & Imagens não é fazer nenhum estudo sociológico ou
econômico. Este é um site de lazer, e enfatiza principalmente o lado
turístico de alguns lugares. Ao contrário de outras páginas do site, onde
você poderá obter informações e fotos específicas sobre localidades
diferentes dos Estados Unidos, nesta página, batizada de Dicas USA, estão as
semelhanças, as coisas em comum, as similaridades encontradas naquele país
continental. Considere que as informações abaixo aplicam-se praticamente a
qualquer lugar dos Estados Unidos.
A
Cidade Americana Típica
Uma
das coisas mais interessantes que podem ser percebidas ao atravessar vários
estados americanos é constatar como algumas coisas não mudam no país, de um
lado a outro, a começar pelas suas próprias cidades. Se você esquecer
lugares como New York ou San Francisco, ou mais alguns poucos, que podem ser
considerados como atípicos, as cidades americanas parecem ter todas a mesma
receita: Um centro composto por meia dúzia de prédios moderníssimos com
formas aerodinâmicas revolucionárias, sendo um ou dois com teto em forma de
torre de castelo, outra meia dúzia de prédios em volta, mais baixos e
discretos, sendo este conjunto rodeado por uma malha de auto-estradas com
trânsito incessante e logo além um mar de subúrbios e bairro residenciais
que se sucedem indefinidamente até onde a vista alcança.
Este
modelo urbano é conseqüência do próprio conceito que os americanos tem da
forma como deve funcionar uma cidade. Em primeiro lugar ninguém mora no
centro, a não ser os menos favorecidos. E ninguém mora no centro porque não
precisa morar no centro. Todos tem automóveis, podem se dar ao luxo de morar
em agradáveis bairros residenciais distante do centro, em suas casas com
jardins e piscinas, e chegar ao seus locais de trabalho, seja onde forem,
através das excelentes auto-estradas ou em modernos trens.
O que de
início, pode parecer falta de imaginação urbana, é na verdade um sistema que
traz para seus moradores um padrão de vida bem mais elevado do que em outros
países. Mas ao mesmo tempo faz que estas cidades tenham uma dinâmica
diferente, e que muitas vezes estranhamos ao chegar lá. É como se o lado
visível da vida nas cidades típicas americanas não acontecesse no centro, na
forma como estamos acostumados, seja de rua em rua ou de loja em loja.
A vida do
centro costuma estar confinada aos modernos prédios de escritórios, sedes
das grandes empresas e corporações, e um ou outro shopping central, onde
estes funcionários, homens geralmente trajando camisa social branca de
mangas compridas e gravatas, e mulheres com elegantes terninhos se
reúne para almoçar, entre 12 e 13 horas, e depois, colocam seus tênis e dão
várias voltas ao redor da quadra, aproveitando o restinho de tempo do almoço
para se exercitar.
O
melhor das cidades americanas acontece nos subúrbios, no comércio das
grandes lojas de departamentos espalhados em diferentes pontos da cidade,
nos imensos shoppings e malls, nas verdes alamedas das dezenas de bairros
residenciais ou na vida social de suas comunidades. E por isso,
freqüentemente, essa vida não pode ser constatada de imediato por visitantes
ou turistas apressados.
Se você
vai viajar aos Estados Unidos numa excursão com guia, ou tem amigos, ou
parentes lhe esperando ao chegar lá, provavelmente não vai precisar se
preocupar com rotas, estradas, escolher hotéis onde passar a noite, lugares
a visitar etc, pois presume-se que seus anfitriões ou guias de turismo
cuidarão de tudo para você. É só relaxar e aproveitar.
Seria
impossível aqui darmos dicas válidas para todo aquele país continental, e
nem nós temos a pretensão de conhecer tudo sobre aquela terra. Mas já tendo
percorrido 37 estados e dezenas de cidades, conseguimos reunir algumas
informações que podem ser consideradas válidas para qualquer ponto daquela
terra. São informações genéricas, mas que vão servir de ajuda principalmente
para quem viaja como nós, gente que gosta de pegar a estrada por conta
própria, decidida a conhecer a fundo a América, ver ao máximo tudo que
encontra pela frente, suas pessoas, localidades, atrações, coisas boas e
também as ruins, sem deslumbramentos nem preconceitos. Enfim, conhecer as
entranhas de um país.
Mapas
Ter um
bom mapa é essencial para o sucesso de sua viagem, e isto é fácil resolver.
Antes de pegar a estrada passe em qualquer posto de gasolina e você
encontrará vários modelos de mapa da cidade onde está, dobráveis, em vários formatos. Se quiser fazer ainda melhor compre
um Atlas anual de estradas de rodagem. Eles trazem os mapas de todos os
estados americanos, todas as cidades e estradas do país, número das saídas
de acesso para cada cidade, principais atrações turísticas e diversas outras
informações úteis para viajantes.
Os melhores Atlas de estradas de rodagem são editados pela companhias Rand McNelly e National Geographic, e podem ser encontrados, respectivamente, nas lojas da RandMcNelly e da National Geographic, mas não compre lá! Procure-os nas redes das lojas Walmart ou Target, onde exatamente os mesmos mapas podem ser encontrados bem mais baratos. ISOPOR Compre um isopor para levar no banco de trás do carro, pois isso vai lhe proporcionar conforto e a conveniência de
ter sempre à mão bebidas geladas, sanduíches, frios ou o que mais
quiser. Nos Estados Unidos eles são chamados de 'coolers', e podem ser encontrados em lojas da SevenEleven, Target ou Walmart, só para citar as mais
fáceis de encontrar.
GPS Usar um aparelho GPS é sem dúvida a melhor opção. Se sua
locadora de automóveis oferece a possibilidade de incluir este equipamento
como adicional é altamente recomendável incluir um em seu aluguel. Quase
todos tem opções de áudio em várias línguas e da última vez que fomos aos
Estados Unidos e alugamos um carro pela Avis, nosso equipamento tinha a
opção de áudio em língua portuguesa do Brasil.
Uma segunda opção é usar um aplicativo de seu próprio celular, como o Google Maps ou Waze. Lembre-se que para usar so recursos de um aplicativo como esses você precisará estar online, o que em outras palavras quer dizer que ceu celular deverá ter acesso à rede de dados do país onde estiver, inclujsive em lugares onde onde wifi não está disponível. Para isso é essencial ter um Simcard local, o que nos leva ao item abaixo,
Sim Cards Assim são chamados os chips telefônicos que permitem seu celular operar normalmente em qualquer lugar do país. Podem ser comprados em qualquer operadora local de telefonia, e os preços variam em função do pacote escolhido, o que inclui dados, voz e mensagens. As principais operadoras americanas de telefonia são T-Mobile, Verizon e AT&T, e todas tem lojas em shoppings e diversos outros locais. Para uma viagem de vinte dias, por exemplo, um pacote que inclua 5Gb de dados será suficiente para lhe permitir falar no celular, acessar dados e usar Google Maps ou Waze pelas estradas.
Alugando um Carro
Se
você quer realmente conhecer os Estados Unidos um carro é essencial. Pode-se
dizer que toda sua sociedade foi construída em cima de quatro rodas. A
própria disposição urbana da cidade típica americana torna o automóvel uma
necessidade. Nos Estados Unidos as pessoas entram no carro para atravessar a
rua e comprar pão no mercado em frente. Alugar um carro nos Estados Unidos é
como comprar um saco de pipocas no Brasil: Usual e banal. Já escolher a
locadora é tarefa menos simples, pois existem as dezenas. As principais
empresas são Avis, Hertz, Alamo, National, Budget e Dollar, e os preços são
competitivos em todas. Temos preferido alugar quase sempre pela Alamo, que permite pegar e
devolver o carro em estados diferentes, o que não é possível na maioria das
outras empresas. Você vai ter que pagar um adicional que depende da
distância entre o estado que pegou o carro e em qual você vai devolver, mas
em compensação poderá começar seu passeio, digamos, em Atlanta e terminar em
New York, ou começar em Dallas e terminar em Chicago, sem ter que se
preocupar em levar o carro de volta. Desta forma é possível fazer a viagem
com mais calma, ver mais coisas e aproveitar melhor o seu passeio.
Percorrendo as estradas da América nunca tivemos qualquer tipo de problemas,
mecânicos ou legais. Todas locadoras tem serviço de atendimento 24 horas
que, em caso de necessidade, pode ser acionado de qualquer lugar do país. No
caso de um pneu furado, por exemplo, não esqueça de guardar o recibo do
conserto, pois este valor lhe será reembolsado ao final do aluguel. Um
detalhe importante é levar também sua carteira nacional de habilitação, pois
ela costuma ser até mais importante do que uma carteira internacional. Aliás
é interessante observar que, embora de acordo com as informações oficiais
uma carteira de motorista internacional seja essencial para o aluguel de
carro americano, ela praticamente nunca é pedida na hora do aluguel. Mesmo
assim, se você quiser, por via das dúvidas, levar uma, ela pode ser
providenciada no Detran de seu estado, e a validade desta habilitação
internacional será a mesma de sua carta nacional de motorista.
No
aluguel de carros, outro item essencial é dispor de um Cartão de Crédito
Internacional. Ele agiliza muito o aluguel, caso contrário você
precisará, além do valor do aluguel, fazer um depósito em dinheiro para
cobrir qualquer eventualidade. Quanto aos preços, eles dependem do modelo de
carro escolhido e do estado do país em que você faz o aluguel. O sistema
adotado pela maioria das locadoras não permite escolher o modelo de carro,
mas sim a categoria do automóvel. Geralmente são classificados em Economy
(modelos pequenos e econômicos), Midsize (médio), Fullsize (completo),
Premium (luxo), Luxury (super luxo), Conversíveis e Vans.
Se você está viajando com poucas pessoas, vai ficar numa mesma cidade e não pretende viajar pelas estradas, um carro modelo Economy provavelmente será mais do que suficiente para suas necessidades. Se pretende cobrir longas distâncias, e carregar volumes maiores, aconselhamos a pegar um carro Midsize, ou no máximo um Fullsize, pois assim poderá contar com recursos como piloto automático e outras vantagens, além de um porta malas suficiente para acomodar todas suas compras, o que lhe trará muito mais conforto na estrada. Quanto
aos preços de aluguel, a Flórida está entre os estados com as melhores
promoções. Já New York está entre os mais caros. Lembre ainda que além do
preço do aluguel propriamente dito, existem várias taxas que as locadoras só
nos lembram de sua existência quando vamos pegar o carro, tais como seguro
contra acidentes, denominados como CDW (Collision Damage Waiver), EP (Extended
Protetion), além de taxas estaduais, federais, de aeroporto, etc. Algumas
destas taxas são opcionais, outras obrigatórias, e se você escolher todas,
pode ter a surpresa de ver o preço dobrar, dependendo do modelo do carro,
duração de aluguel e localidade onde pega o carro. Mesmo assim, dirigir sem
seguro algum é uma temeridade, portanto escolha com atenção.
Por
último lembramos que geralmente é mais barato fazer reserva do carro antes
de sair do Brasil, pela Internet, pois nos sites são oferecidos preços
especiais, nem sempre a disposição de quem aluga diretamente no balcão do
aeroporto, ao chegar lá.
Os
Americanos ao Volante
Com
exceção de alguns lugares, a primeira impressão que se tem ao dirigir
nos Estados Unidos é de que os Americanos são prudentes demais e que tudo
anda meio lento. Pura impressão, pois na verdade a primeira preocupação
deles é com a segurança. Quase não se vê zigzags nas ruas, mudanças
constante de pistas nas estradas, e ninguém dá cortada em ninguém.
Dirigir para os americanos é como caminhar, e desde cedo eles aprendem como
se comportar de maneira apropriada ao volante. Certa vez, em Chicago, fomos
pegos por uma tempestade tão forte que chegou a ser classificada como
furação. Faltou luz em quase toda cidade, inclusive nos sinais de trânsito,
e não havia um guarda sequer a vista. Mas, embasbacados, constatamos que,
nos cruzamentos, os motoristas não apenas não bloqueavam as ruas,
como ainda por cima, como se já estivesse tudo combinado, alternavam-se para
atravessar as ruas, ou seja, agora vem um carro daqui, depois vem um carro
de lá, agora dobra um pra lá, depois outro dobra de lá pra cá, e assim por
diante, como uma coreografia perfeitamente ensaiada. E tudo calmamente, um a
um, sem ninguém tentar furar a fila, passar por fora ou sequer buzinar. E
isto acontecia em todas esquinas ao longo de nosso trajeto!
Um
ponto essencial ao transitar pelas estradas americanas é atentar para a
velocidade máxima permitida nas estradas. A velocidade máxima permitida
costuma ser baixa, bem inferior às velocidades permitidas na Europa, e
principalmente, às praticadas no Brasil. Ela também está condicionada ao
tipo de estrada, sendo que as auto-estradas permitem velocidades máximas
entre 65 milhas/hora até 75 m/h, conforme o estado. Estradas estaduais e
secundárias tem um limite ainda mais baixo. Uma tolerância de 5 milhas acima
da velocidade máxima permitida costuma ser usual, mas acima disso será alta
a possibilidade de você ser parado por algum carro da polícia, pois eles
parecem estar em todo lugar. Se você for pego com velocidade acima do
permitido em algum trecho de estrada em obras sua multa será ainda maior e
terá o valor duplicado. É aconselhável tomar como norma seguir no mesmo
fluxo dos carros a sua volta.
Quem
percorre as estradas americanas com um mapa ou GPS e prestando atenção nas
placas das estradas, dificilmente vai se perder. A obsessão deles com a
sinalização das estradas é tão visível que em certos locais beira o exagero.
Não se surpreenda se 30 milhas antes de chegar ao acesso a uma determinada
cidade você já encontrar enormes placas situadas em cima da estrada dizendo,
por exemplo: Albuquerque, Keep Right Lane (Para ir para Albuquerque mantenha
a pista da direita). Cinco milhas a frente o mesmo aviso, outras cinco
milhas a frente o mesmo aviso, só que ainda maior. Ao chegar mais próximo a
saída propriamente dita, o acesso a Albuquerque estará indicado por placas
dispostas a cada 200 metros, pintura zebrada no asfalto e setas impossíveis
de não serem vistas.
Quanto
ao trajeto escolhido para ir de um lugar a outro existem basicamente duas
opções:
Auto-estradas. Indicadas por placas com letras brancas sobre fundo azul. A
vantagem dessas estradas é serem a forma mais rápida de ir de um lugar a
outro, e por isso são preferidas pela maioria dos motoristas com pressa de
chegar. Sua desvantagem é que elas passam direto por fora de tudo que é, ou
aparenta ser, interessante ao longo do caminho. Como disse certa vez Charles
Kuralt, com bom humor: "Graças ao sistema nacional de auto-estradas, agora é
possível atravessar os Estados Unidos de ponta a ponta sem ver nada. Vistos
de uma auto-estrada, todos os lugares são iguais". A ironia justifica-se
pois não há como sair de uma auto-estrada a não ser nos acesso oficiais, que
as vezes são muito distantes um do outro. Você vê um lugar bonito e não tem
como parar para ir lá, a não ser que volte depois um grande trecho. Uma vez
estávamos distraídos e passamos da saída que queríamos pegar para a cidade
de Phoenix, e precisamos andar mais 20 milhas até chegar a próxima
saída, fazer o retorno e voltar.
Outra
desvantagem é o trânsito intenso das auto-estradas, quase sempre repleto
daquelas imensas jamantas, que lembram trens no tamanho e aviões na
velocidade. As auto-estradas são designadas sempre por uma letra “I”
na frente de um grupo de números, como por exemplo I-45, o que significa
Interstate 45. As Interstates atravessam vários estados, sendo que as
de numeração par (I-40, I-64, etc) correm no sentido leste-oeste e as
ímpares (I-91, I-15, etc) no sentido norte-sul.
Além
disso as auto-estradas numeradas com três dígitos, sendo o primeiro par
(I-280, I-684, etc) cruzam ou circundam as cidades, e as de
três dígitos, sendo o primeiro ímpar (I-515, I-394, etc) terminam dentro das cidades.
Outras Estradas: Indicadas com placas com letras pretas sobre fundo branco. Elas
complementam o sistema viário nacional. São formadas pelas US Highways, State Highways, Provincial Highways, Secundary Roads e County
Roads. Também são todas numeradas, e embora permitam uma velocidade
menor, são a melhor forma de se conhecer a fundo os Estados Unidos.
Atravessam pequenas cidades, povoados, parques, e nelas tem-se a chance de
parar de repente onde quiser, estacionar na beira da estrada, visitar algum
lugar simpático, restaurantes familiares, ou o que bem desejar. Apesar de
serem consideradas secundárias, não podem ser consideradas inferiores. Na
prática, muitas destas estradas são melhores que algumas estradas
consideradas como de primeira categoria no Brasil. A única desvantagem
dessas estradas é serem lentas, as vezes de mão dupla, o que limita as
distâncias que você pode percorrer num determinado tempo.
Em nossas viagens temos adotado um misto das duas categorias de estradas. Para longos trajetos que devem ser vencidos no mesmo dia escolhemos uma auto-estrada, e fora disso procuramos fazer os roteiros sempre por estradas secundárias. Se quiser saber mais sobre algumas estradas americanas confira o site US-Highways. E veja centenas de vídeos gravados em diferentes estradas americanas que fazem a gente se sentir como é dirigir por lá: FreewayJim. Restaurantes de Beira de Estrada
Nas
auto-estradas, podem ser encontrados principalmente junto aos trevos de
saída. A maioria deles obedece ao tradicional conceito de Fast Food americano, com algumas poucas variações, quanto ao recheio dos sanduíches,
estilo de batatas fritas, etc. Um dos poucos que se destaca nesta imensa
relação, servindo pratos saborosos, num ambiente agradável, e que por isso
mesmo tornou-se nosso favorito, é o Cracker Barrel. Os restaurantes
dessa rede imitam o estilo de antigos restaurantes do interior dos Estados
Unidos, dos anos 30. Em cada um deles, anexo ao restaurante, há também uma
loja decorada no mesmo estilo tradicional, vendendo desde souvenirs, doces
feitos a moda antiga, artigos para casa, lembranças e uma grande variedade
de artigos interessantes e divertidos.
Hotéis e Motéis
Depois
de pegar o carro, providenciar um bom mapa e um roteiro básico, o outro
fator importante na satisfação e no custo do passeio, é a
hospedagem. Como a rede hoteleira nos Estados Unidos é imensa, esta
talvez seja a parte mais fácil de todas. A quantidade de opções de hotéis e
motéis com diferentes preços, categorias, localizações, e serviços
oferecidos é infinita, mas geralmente ficamos em motéis. Assim, você tem a
conveniência de estacionar na frente do seu quarto, é mais fácil remover a
bagagem, tem entrada e saída independentes, e não há necessidade de circular
por lobbies, corredores, ou outras partes comuns.
Quanto
a localização, já percebemos que, a não ser que você vá participar de
eventos, congressos, etc, e tenha alguma razão particular para hospedar-se
no centro das cidades, é mais agradável hospedar-se em bairros fora do
centro. Excetuando-se New York, San Francisco, e mais alguns poucos locais,
o centro da cidade americana típica simplesmente morre após as 17 horas. Ao
contrário de muitas cidades européias, onde a vida e a animação principal
começam com o cair da noite, com cafés e bares lotados, calçadas cheias, e
muito agito, os centros das cidades americanas costumam ser parcialmente
animados apenas durante o dia. Como geralmente no centro encontram-se,
principalmente, prédios do governo, sedes de empresas, edifícios de
escritórios, e um ou outro shopping destinado a atender essa massa de
trabalho em seu horário de almoço, o movimento gira em função do horário de
expediente, apenas entre 9 e 17 horas.
Há
alguns anos, hospedados bem no centro de Cleveland/Ohio, saímos as 9 da
noite para caminhar um pouco e ver o movimento noturno. Só o que vimos foram
prédios fechados e ruas desertas. Apenas com muito esforço conseguimos
encontrar uma lanchonete Subway aberta, onde compramos uma salada para comer
na volta ao hotel. O melhor da cidade típica americana está nos subúrbios.
Como lá não existe a profusão de ônibus a que estamos acostumados por aqui,
e nem todas as cidades tem amplas redes de metrô, o transporte coletivo não
é uma boa alternativa para se conhecer bem um local, e esta é mais uma boa
razão para se ter um carro a disposição.
Travelodge Days
Inn Howard
Johnson La
Quinta Inn Best
Western Econolodge Holiday
Inn Comfort
Inn
Outra
alternativa de hospedagem é não fazer reserva alguma, simplesmente cair na
estrada, seguir em frente e parar apenas onde der vontade, em algum hotel ou
motel a beira da estrada. É sem dúvida mais emocionante e vai lhe dar mais
liberdade no seu roteiro. Por outro lado é mais difícil encontrar bons
preços e localizações desta forma, já que assim fica-se refém dos preços de
balcão, além de estar correndo o risco de acabar em alguma espelunca. Nós
costumamos sempre pesquisar pela internet, comparar preços, e escolher a
melhor opção. Quase sempre há promoções para reservas feitas com
alguma antecedência. Mesmo porque, se você mudar de idéia na última hora e
quiser ficar em outro lugar basta telefonar para o hotel (geralmente até as
16 horas do dia previsto da chegada) e cancelar sua reserva. Assim você não
precisa pagar taxa alguma e por via das dúvidas já tem um lugar garantido.
Diversos hotéis já oferecem quartos com geladeira e micro-ondas, o que
representa uma vantagem adicional.
Super Mercados
São um
capítulo a parte. Existem os grandes, os enormes e os incrivelmente imensos.
Todos fazem a gente logo compreender porque a obesidade torna-se a cada dia
mais, um sério problema nos Estados Unidos. Mas passear pelos seus
corredores, ver aquele mundo de delícias e novidades e não cair em tentação
de experimentar ao menos algumas coisas é impossível. É todo um mundo de
delícias pré-prontas de todos os tipos, carnes, peixes, massas, saladas,
pratos completos para levar ao micro-ondas, sobremesas, potes de sorvetes de
mil sabores diferentes, e ainda um mundo de guloseimas que deixam as
crianças loucas, como sacos de batatas fritas que lembram travesseiros,
potes de doces que parecem barris e embalagens familiares que parecem
destinadas a famílias de 50 pessoas.
Um dos
setores mais atraentes é o de congelados, onde pode-se encontrar
praticamente de tudo. Passear num supermercado americano é uma festa a
parte, e nada é mais frustrante do que ver aquilo tudo e não poder levar
coisa alguma para o hotel apenas por não ter onde preparar. Por isso
não esqueça de, ao chegar num hotel ou fazer reserva, deixar bem claro que
deseja um quarto que tenha micro-ondas. Ainda que seja necessário pagar uma
taxa adicional por dia, garantimos que você não vai se arrepender.
Algumas redes de lojas de departamento também vem investindo no setor de
alimentação, assim outras boas opções para suas compras calóricas são as
lojas SuperTarget e Walmart Supercenter, que são,
respectivamente, das redes Target e Walmart, mas muito maiores.
Shopping Centers, Malls e Grandes Lojas
É rara
a cidade americana que não tem seu mall ou shopping. Pode ser uma cidade
pequena, localizada no fim do mundo, mas mesmo assim ela possuirá o seu
templo de consumo, com grandes lojas, corredores enormes e ar condicionado
sempre congelante. Incrivelmente semelhantes, eles são o próprio retrato
daquela rica sociedade, e tem quase sempre as mesmas lojas com os mesmos
produtos, custando o mesmo preço, seja qual for o canto do país. Guarde sua
notinha, pois se não ficar satisfeito com o produto que comprou e quiser
devolvê-lo é só voltar na loja e eles trocam ou devolvem o dinheiro na hora,
muita vezes sem nem sequer perguntar porque você mudou de idéia. Nos Estados
Unidos o consumidor é quem manda.
BestBuy (sempre em prédios
próprios, junto de shoppings): Informática, artigos de eletrônica,
eletrodomésticos, DVDs etc. As
duas Faces de um Mesmo Lugar
Algumas pessoas nos escrevem dizendo que gostariam de morar nos Estados
Unidos, e solicitam dicas sobre qual estado ou cidade americana é melhor
para se viver e trabalhar. Bem, a verdade é que nós não sabemos. Pode
parecer difícil de acreditar, mas nada poderia ser mais diferente em termos
de experiências em terras americanas do que aquelas obtidas por um turista e
aquelas obtidas por quem mora e trabalha naquele país. Turistas geralmente
se hospedam em hotéis, passeiam, visitam os parques temáticos, atrações
turísticas, vão a teatros, shoppings, malls, fazem suas comprinhas,
fotografam tudo que encontram pela frente e voltam em poucos dias ou semanas
para casa com uma grande dívida no cartão de crédito e mil histórias alegres
e divertidas para contar. Quem vai aos Estados Unidos para trabalhar
geralmente compartilha quartos, trabalha muitas horas por dia, quase não tem
tempo para passear, submete-se às duras regras do mercado de trabalho local,
procura poupar o máximo possível, sofre com as saudades de sua terra e dos
amigos e freqüentemente volta alguns anos depois, com muitos dólares na
carteira e lembranças amargas de sua experiência americana. Tal é a
diferença entre estes relatos que ao ouvir duas pessoas, um turista e um
imigrante se referirem ao mesmo lugar, as vezes tem-se a impressão que estão
falando de cidades diferentes.
Informe-se ao Máximo Antes de Partir
Por
último, se você deseja informações turísticas mais detalhadas e específicas
a respeito da cidade ou estado que vai visitar, sugerimos que dê uma olhada
nos sites oficiais de turismo de cada um dos estado americanos. Você sabia
que cada um deles possui seu Tourism and Conventions Bureau? Estas
organizações tem como finalidade prestar informações turísticas a pessoas ou
empresas, incentivar o turismo em cada um destes lugares, e fornecer todas
informações necessárias para quem pretende visitar o estado. Pode-se dizer
que seu objetivo é convencer você que aquele é o lugar ideal para passar
suas férias. Isto é uma amostra de como o turismo é levado a sério nos
Estados Unidos, e dos imensos ganhos financeiros que ele traz para todas
empresas e pessoas envolvidas. Nestes órgãos pode-se obter, de graça,
publicações turísticas, folhetos, mapas e uma grande variedade de
informações úteis para quem vai viajar.
|