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Cataratas vistas do mirante da Skylon Tower

Formadas pelo rio Niagara, suas Cataratas se tornaram, em todo o mundo, famosas como uma das maiores belezas da natureza em território norte americano. Situadas na fronteira entre Estados Unidos e Canadá, as famosas quedas dágua atraem milhões de turistas por ano. Junto a elas surgiram duas cidades, também batizadas como Niagara Falls. Uma do lado americano e outra do lado canadense. E quem viaja entre US e Canadá não deve deixar de passar ao menos um dia nesta região.

   

As cataratas de Niagara são formadas por três quedas dágua separadas, conhecidas como American Falls (dividida em duas seções, American Falls e Bridal Veil) e a maior e mais bela de todas, situada no lado canadense da fronteira, conhecida como Horseshoe Falls. Ligando as duas cidades a ponte Rainbow Bridge cruza o rio Niagara e em suas duas extremidades funcionam os postos de fronteira e imigração dos dois países. Mirantes, plataformas de observação, passeios de barco, helicópteros, trilhas e dezenas de outras atrações distribuem-se pela área, do dois lados da fronteira, atraindo multidões de turistas e muitos casais em lua de mel, principalmente durante a alta temporada, durante o verão.


Rainbow Bridge vista da Skylon Tower

A altura de Horseshoe Falls, a maior das três quedas de água de Niagara, é de 53 metros, e sua largura é de 790 metros, enquanto a segunda cascata (American Falls) tem uma queda de água de 30 metros. O volume de água que passa por Niagara está diretamente relacionado ao nível de água do lago Erie, que geralmente está mais elevado durante os meses  de verão. Nesta época do ano, o volume de águas que passa por Niagara atinge 5.700 metros cúbicos por segundo, dos quais aproximadamente 90% despencam na Horseshoe Falls, a maior das três quedas de água.


Skylon Tower

Existem diversos pontos de observação nos arredores das cataratas, diversos grátis e outros pagos, alguns naturais, outros construídos pelo homem, alguns no nível do terreno, outros no alto de torres. Dentro desta relação, o melhor e mais famoso, de onde se tem uma vista completa de todas as quedas de água, e também dos arredores das duas cidades e do território canadense e americano até onde a vista alcança é a Skylon Tower, mostrada na foto ao lado. É a mais alta construção do lugar e em dias claros é possível ver até mesmo os altos prédios de Toronto, ao longe. Sua construção teve início em 1964 e no ano seguinte era inaugurada por autoridades canadenses e americanas. A solenidade em conjunto justificava-se, porque mesmo estando situada em território canadense, sua proximidade com aeroportos e outras áreas de segurança dos dois países, exigiu esforço em comum dos dois lados da fronteira, para permitir sua construção.

Com 160 metros de altura a partir do nível da rua e  236 metros de altura a partir da base das cataratas, a torre representa um marco de engenharia para os dois países, e sua construção incorporou inovações técnicas em diversos aspectos, como os relacionados à forma de concretagem e aos trilhos por onde correm seus três elevadores externos, pintados de amarelo, para que os mesmo não fossem afetados pela neve e gelo, durante os frios meses de inverno.

A porte superior da torre é ocupada por plataformas de observação (uma fechada e uma aberta), dois restaurantes (sendo um giratório), e lojas oferecendo lembranças e artigos típicos. A subida ao mirante é feita pelos elevadores externos, que completam o percurso em 52 segundos. Bilhetes são comprados na base da torre, onde existem outras atrações.

Vídeo: Cataratas vistas da Skylon Tower

Outra torre de observação do lado canadense, não tão famosas como a Skylon, mas de onde também se tem excelente vista das cataratas é a Konica Minolta Tower Center. Outros hotéis também oferecem bons pontos de observação das cataratas, mas alguns permitem o acesso somente aos hóspedes. No lado americano não existem torres de observação. Na imagem ao lado, feita no lado canadense, vê-se um trecho do Victoria Park, área verde construída no penhasco diretamente ao lado da Horseshoe Falls, e abaixo do platô onde se situam as grandes torres de observação. Devido a este desnível existe um transporte via plano inclinado que liga as atrações situadas neste nível até as situadas no nível das torres. O Niagara Falls incline Railway foi reformado e é uma ótima pedida para evitar uma longa caminhada morro acima.


Trecho do Victoria Park, lado canadense da fronteira

Vídeo: Cataratas vistas do Lado Americano


Maid of the Mist

Depois da subida nas torres de observação, o programa turístico mais famoso em Niagara é o passeio fluvial a bordo da Maid of The Mist, a famosa embarcação que segue até base das cataratas. Claro, todo mundo volta encharcado, apesar das capas azuis descartáveis que todos passageiros recebem, mas isto é parte da diversão. O embarque acontece em ambos os lados da fronteira, embora o canadense seja mais movimentado. Todo mundo veste as capas e a embarcação prossegue junto à base das duas cachoeiras americanas (American Falls e Bridal Veil Falls) seguindo depois até a imensa Horseshoe Falls, num roteiro de trinta minutos. O ruído, a potência e o volume de água, pertinho da gente, causam uma impressão quase impossível de esquecer.

O Maid of the Mist começou a operar em 1846, como transporte entre o lado canadense e americano da fronteira, antes da construção da ponte ligando os dois países. Depois, transformou-se em atração turística, e desde 1854 diversas embarcações já fizeram estes roteiros, sendo a primeira ainda operada a vapor e a atual movida por potentes motores diesel. Nos mais de 150 anos de existência todas embarcações que fazem o passeio na base das cataratas mantiveram o nome original 'Maid of the Mist' (Donzela da Neblina).

Conta-se que a origem do nome da embarcação tem origem numa antiga lenda dos índios americanos, a respeito de uma jovem índia muito bonita que certa vez, ao navegar numa canoa, perdeu-se numa neblina muito forte e não conseguiu achar o caminho de volta para sua tribo. A força das águas levou a jovem até a cachoeira, fazendo sua canoa virar e a jovem cair na água. Diz a lenda que Heno, deus índio das Cataratas, viu a jovem cair na água e, encantado com sua beleza, decidiu salvá-la. Tomou-a em seus braços e a levou para seu lar, dentro das cachoeiras. Conta a lenda que o filho mais velho de Heno, ao vê-la chegar, apaixonou-se pela jovem índia, cuidou dela dia e noite até que ela ficasse restabelecida e que ao fim de várias semanas ela também estava apaixonada pelo filho de Heno e se casaram. De acordo com a lenda, algumas pessoas, ainda hoje, ao penetrarem na densa cortina de água das cataratas, tem a sorte de vislumbrar a jovem índia, e ouvir, entre as águas, o trovão da voz do Heno, o deus das cataratas.

 

Quem já visitou as Cataratas de Iguaçu, dificilmente ficará muito impressionado com Niagara, e as comparações serão inevitáveis. No entanto, é preciso reconhecer, em termos de infra-estrutura turística as cataratas americanas canadenses, estão à nossa frente. Em torno da atração existem dezenas de hotéis, desde os simples até os de extremo luxo, além de restaurantes diversos e um comércio extremamente variado.

Os lados americano e canadense parecem competir pelos turistas, oferecendo mirantes, torres de observação, passeios de barco, de helicóptero, cassinos, restaurantes e toda uma variedade complementar de programas turísticos destinados a fazer a gente ficar mais tempo por lá.

Uma particularidade relacionada a Niagara Falls é sua fama de destino preferido entre recém casados. Através dos anos, Niagara tem sido o destino preferido dos americanos para passar a Lua de Mel, talvez devido ao cenário romântico e afrodisíaco de suas águas sempre correndo. Graças a isto floresceu na cidade todo um comércio voltado para casamentos e luas de mel, que inclui igrejas, festas, hotéis, fotógrafos e organização de eventos. É comum, no verão, encontrar noivas sendo fotografadas tendo as cataratas de fundo, principalmente junto à cascata Bridal Veil (véu de noiva).


Lado Americano. Ao fundo, o Canadá

Vídeo: Cataratas vistas do Lado Americano


Lado americano. Ao fundo, a Skylon Tower

A torre mostrada ao lado situa-se no lado americano. De sua plataforma tem-se uma boa vista de todas as quedas de água. Em seu interior um elevador conduz os visitantes até o nível da água, lá embaixo, de onde é feito o embarque em lado americano para o passeio de barco no Maid of the Mist. Mesmo quem não pretende fazer o passeio de barco pode ir até lá embaixo para curtir as águas do rio mais de perto.

Embora sejam cidades pequenas, as duas Niagara Falls tem seus centros de compras que podem interessar aos turistas. No lado canadense, as principais opções são os shoppings Canada One Factory Outlet Mall (7500 Lundy's Lane), que tem cerca de 40 lojas de nomes conhecidos, como Nike e Tommy Hilfiger, e o Niagara Square Shopping Centre (7555 Montrose Rd), com lojas menos badaladas, mas com melhores preços.  

No lado americano as melhores opções são o Fashion Outlets of Niagara Falls (1900 Military Road), com mais de 100 lojas. Fora dos shoppings, boas opções são encontradas também na Niagara Falls Boulevard e na própria Military Road, onde estão diversas lojas boas, como Target e Walmart, entre muitas outras.

Uma coisa que não agrada aos visitantes, ao menos àqueles que estão com carro, é o preço dos estacionamentos próximo às cataratas. Tanto em parques como nos hotéis, são todos elevados.

 

A foto ao lado foi feita no lado americano da fronteira. A verdade é que, fora as próprias cataratas, o lado americano é um tédio. O principal do comércio, lojinhas, restaurantes, barzinhos, casas temáticas, cafés, curiosidades, agito, gente caminhando pelas calçadas e animação, tudo fica no lado canadense. Quando passamos lá pela última vez vínhamos de Toronto, estacionamos no lado canadense, curtimos o dia todo por lá, e somente no final da tarde atravessamos a Rainbow Bridge para o lado americano, onde estava nosso hotel, um Howard Johnson simples mas honesto, situado a uma curta caminhada das cataratas. No dia seguinte visitamos o lado americano com calma e no início da tarde seguimos viagem rumo à Pennsylvania.


Lado americano. Ao fundo, prédios do lado canadense.


Goat Island (lado americano)

Na foto ao lado vê-se a ilha conhecida como Goat Island, formada pelos braços do rio Niagara, junto às quedas de água. A ilha fica no lado americano, a poucos quilômetros do centro da cidade, é forma o maior e mais bonito parque junto às cataratas. É possível ir até lá a pé ou do trenzinho turístico que percorre as principais atrações da cidade. Quem estiver de carro vai também encontrar um bom estacionamento no local. Dentre os vários pontos de observação das cataratas, este é um dos melhores. Na ilha existem também diversas trilhas para serem percorridas a pé, sendo que uma delas conduz à Luna Island, ilha menor situada ao lado.

 

Também em Goat Island situa-se o elevador que conduz à outra famosa atração local, o Cave of the Winds. O passeio começa com um elevador, e depois a caminhada é feita ao longo de uma escadaria de madeira, que segue penhasco abaixo, até bem próximo da base da cachoeira. Prepare-se para ficar encharcado (apesar das capas transparentes que são distribuídas na entrada), mas esteja certo que dificilmente alguém poderia sentir a força de Niagara Falls com mais intensidade do que neste local.

Outra trilha situada próximo às cataratas é mostrada na foto ao lado. O trecho mostrado na foto é pavimentado, e pode ser percorrido por conta própria. Sua seqüência era feita penhasco acima, através de uma escadaria de madeira, que infelizmente foi fechada por razões de segurança.

Opções para refeições em Niagara são muitas, mas como sempre, onde existem cassinos, existem também restaurantes oferecendo bufês a preço fixo, e esta é a melhor alternativa para uma refeição variada por um preço acessível. Uma boa opção neste gênero é o Market Buffet, que integra o Casino Niagara, situado quase em frente à Rainbow Bridge, lado canadense. O restaurante fica no nível do próprio cassino, e funciona todos os dias das 11 da manhã às 10 da noite. 

Um dia é pouco para visitar todas as atrações de Niagara, mas um dia e meio já será suficiente para ver as cachoeiras de todos os ângulos imagináveis, dar um passeio no Maid of the Mist e checar o melhor do comércio local.

 


Lado americano

 


Lado americano

O volume médio das três quedas somadas chega a 4,5 milhões de litros por segundo. Uma estranha curiosidade americana é o modismo de se atirar pelas cataratas dentro de um barril. Não se sabe como surgiu a moda, mas depois da primeira pessoa a fazer isto, diversas outras tentaram a proeza, embora seja absolutamente proibido. Das quinze pessoas conhecidas que enfrentaram o desafio, somente dez sobreviveram para contar o que sentiram. Um dos casos mais famosos foi o de Roger Woodward, um menino de sete anos que tomava banho no rio quando foi levado pela correnteza. Caiu na cachoeira, mas conseguiu sobreviver somente com alguns arranhões. Mesmo assim, o desafio continua popular entre americanos e entre as diversas lembranças que se pode comprar por aqui, uma das mais procuradas é a foto dentro de um barril despencando na cachoeira. Feita num computador, claro.

 

Estas e outras histórias sobre os malucos de Niagara podem ser conferidas no Daredevil Museum of Niagara Falls, um tipo de museu dedicado às loucas aventuras dos que tentaram aventuras incomuns nas águas de Niagara. O museu fica na 309 Rainbow Boulevard, onde está também o barril usado pelo casal que se atirou junto nas águas, em 1995. Já quem estiver com crianças pode levá-las ao Niagara Science Museum (3625 Highland Ave), um tipo de museu particular com curiosidades diversas que costumam agradar principalmente aos mais jovens.


Hotéis (lado canadense) frente à Horseshoe Falls

 


Parque de Niagara Falls no início de dezembro

Já estivemos em Niagara duas vezes. Quando estivemos lá pela primeira vez era início dezembro, e já fazia muito frio. Na noite da véspera apenas um leve chuvisco caía, mas durante a noite o frio aumentou, e quando acordamos tivemos a surpresa de ver tudo branco em volta. Era o início da primeira nevasca daquele inverno, e em nosso caminho para o Canadá, no dia seguinte, sentimos na própria pele como, apesar de bonita, a neve pode ser perigosa para quem pega a estrada. De qualquer forma, se você quer curtir muito o lugar e pegar todas atrações abertas é preferível visitar Niagara fora dos meses frios.

Existem duas pontes ligando a Niagara Falls americana à Niagara Falls canadense, e nas extremidades de ambas situam-se os postos de fronteira e imigração dos dois países. Rainbow Bridge, a ponte mostrada na segunda foto é a mais movimentada, por ligar o centro das duas cidades. Esteja preparado para enfrentar filas ao atravessar a ponte, principalmente em dias e horários de muito movimento, como fins de semana e feriados. E leve passaportes à mão.

Conta-se que o nome Niagara tem origem num vocábulo dos índios Mohawk, e significa 'Pescoço', pois seria assim que os nativos se referiam a este trecho de terra entre os lagos Erie e Ontario. Outra curiosidade é que as dimensões exatas de Niagara, seus precipícios, margens e lagos estão sempre mudando, fenômeno causado pela força das águas, permanentemente arrastando e remodelando o terreno em volta. Uma das conseqüências deste imperceptível, mas ininterrupto movimento de terras e águas, ano após ano, é que a linha que delimita a fronteira entre Estados Unidos e Canadá já foi modificada mais de uma vez e atualmente é motivo de disputa judicial entre os dois países. Assim, quando você chegar lá, vai ver um lugar um pouquinho diferente do que nós vimos, e quem chegar lá daqui a alguns anos vai ver um lugar mais diferente ainda. Mas não se preocupe muito... Na verdade, não vai dar para perceber diferença alguma.


Goat Island e Horseshoe Falls vistas do lado canadense