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Quando o assunto é turismo na Argentina, a capital do país é Bariloche. Especialmente no inverno. E especialmente para brasileiros. Situada ao norte da região da Patagônia, e na base da cordilheira dos Andes, se alguém pedisse para definir esta localidade bastaria dizer: É a natureza, com todos seus encantos. E se quisesse entrar em mais detalhes poderia dizer que é uma cidade graciosa, cercada por lagos, montanhas, vegetação e, no inverno, neve, muita neve. Tudo na proporção certa para criar um lugar praticamente perfeito, cenário ideal para férias de família, luas de mel, ou então fazer aquilo que todos nós no Brasil tanto amamos e sentimos falta: Curtir a neve! |
A imagem ao lado mostra a praça principal de Bariloche (a mesma que aparece na foto acima), frente à estátua eqüestre do General Roca e da torre do prédio da prefeitura. Observe que todos os prédios na praça tem o mesmo estilo arquitetônico, construídos com pedras. Bem ao lado da prefeitura fica o centro de turismo da cidade, onde você pode passar e pegar mapas, indicações sobre roteiros turísticos da região e dicas sobre hotéis. O ponto alto da temporada turística na cidade acontece entre julho e setembro, mas na verdade, mesmo quem prefere menos movimento vai encontrar muito para fazer em Bariloche, em qualquer época do ano.
A rua Mitre, que começa nesta pracinha é a principal de Bariloche. É repleta de lojinhas vendendo roupas de lã, couro, produtos típicos da Patagônia e casas onde se encontram os deliciosos chocolates artesanais. Restaurantes há vários, mas os mais apetitosos estão na região da rua Palacio e Beschtedt. Experimente o Europa (rua Palacios 149), ou então o
Familia Weiss (Palacios esquina com Almte.
O'Connor), onde pode-se comer muito bem, acompanhado de ótimos vinhos por um preço convidativos. |
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Bariloche situa-se às margens do lago Nahuel Huapi, o principal da região. Existem diversos outros, e um dos passeios turísticos mais conhecidos da região é percorrer a rota conhecida com Sete Lagos, que atravessa um cenário de rara beleza, cruzando o
Parque Nacional Nahuel Huapi e margeando os lagos Espejo, Correntoso, Bailey Willis, Escondido, Villarino, Falkner e Machônico. No final do roteiro aproveite para visitar a pequena vila de San Martin de los Andes, que mais parece uma cidade de brinquedo. A foto é esquerda é do Lago Mascarardi.
A primeira casa de um colono nesta região foi construída em 1895, por Carlos Wiederhold, e no dia 3 de maio de 1902 o governo argentino oficializou a fundação de "El pueblo de San Carlos de Bariloche". |
Um passeio que não pode ser esquecido é embarcar num
Catamaran, cruzar o lago Huapi até a ilha Victoria, e conhecer o
Bosque dos Arrayanes. Para chegar lá navega-se por cerca de 40 minutos até chegar a Puerto Quetrihue, onde estão pinheiros seculares, com um colorido único e especial que dizem ter servido de inspiração a Walt Disney para a criação do filme Bambi. |
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Um programa que já se tornou clássico ao atravessar as águas do Huapi é alimentar as gaivotas do lago. Arranje um saquinho de biscoitos, vá até a parte superior do
catamaran e logo as gaivotas aparecem, começam a se chegar aos poucos, e de repente vápt, numa precisão incrível pegam com o bico todos os biscoitos que você oferecer.
O mais famoso hotel de Bariloche, o
Llao-Llao, bem aos pés da montanha conhecida como Cerro López. Mas mesmo que você prefira se hospedar em hotéis mais simples, não há como estar longe das montanhas. Elas cercam Bariloche por todos os lados e parecem que estão o tempo todo nos convidando a ir até lá. As montanhas mais famosas da região são o Cerro Tronador (3.554 metros de altitude),
Cerro Catedral (2.388 m), e Cerro Otto (1.045 m). E à noite, para descansar das neves, a dica é tentar a sorte no
Cassino de
Bariloche. |
A Argentina não é dividida em estados, mas sim em Províncias Administrativas. Bariloche fica a duas horas de vôo de Buenos Aires, na província de Rio Negro, que junto com as províncias de Chubut e Santa Cruz, mais ao sul, formam a região da Patagônia. Esta é uma das regiões mais belas do país, e quem tiver tempo deve pensar em alugar um carro, ou pegar uma excursão na direção sul do país para conhecer o magnífico
Parque Nacional Los Glaciares. A cidade também serve de passagem para o Chile. A estrada 231 cruza a fronteira da Argentina e segue pela 215 até a cidade chilena de Osorno. De lá é possível seguir pela auto-estrada 5 até Santiago, capital do Chile. |
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A foto ao lado foi tirada na Avenida Connor, ao lado da catedral da cidade. O templo foi construída bem em frente ao
Lago Huapi, e este é um dos trechos mais agradáveis da cidade para um caminhada tranqüila. Quando o assunto é hospedagem, Bariloche está muito bem servida, desde pequenos chalés até hotéis de luxo e com todos os requintes. Evidentemente, os preços variam de acordo com a temporada turística, e durante o inverno, quando a cidade é literalmente invadida por visitantes, os preços tendem a subir, portanto o ideal é não deixar para fazer sua reserva na última hora. |
Ah, os restaurantes de Bariloche! Falar na carne Argentina já é lugar comum, pois todo mundo sabe que é a melhor do mundo. Mas o que dizer dos deliciosos peixes, aves, saladas deliciosas, entradas criativas,
tira-gostos que valem uma refeição, chocolates celestiais e sobremesas divinas? Tudo preparado com esmero, apresentadas e servidas por maitres e garçons atenciosos em ambientes agradáveis. E os vinhos então? Com certeza a hora do jantar merece um capítulo à parte em sua visita à Bariloche, pois será memorável. E não pense que vai pagar uma fortuna por isso, porque os preços são muito razoáveis. |
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Mas é a neve, sim a neve, é claro a neve, que encanta a brasileirada que vai a Bariloche. Afinal de contas, como resistir ao encanto daqueles cenários onde tudo é branquinho, coberto por um tapete fofo e gelado? É quase impossível resistir à tentação de sair pulando pela neve, fazendo bolas de neve e deixando-se levar pela maravilhosa sensação de ser criança novamente. E esteja certo, se você for lá no período das neves, não vai ter motivo para se arrepender, pois Bariloche é cercada de montanhas (Cerros como dizem nossos hermanos) que oferecem todo tipo de esportes de inverno, ou até mesmo simplesmente neve à vontade, para que somente quer caminhar sobre ela. |
Um passeio muito procurado na região é percorrer as estradas 65 e 63, ao norte de Bariloche, que se elevam a quase dois mil metros de altitude entre as montanhas e oferecem visuais fantásticos. A Montanha Cerro Catedral tem 26 pistas de esqui, com extensão variando de 200m a 2.800m, doze teleféricos e mais de cem instrutores para quem quiser aprender a esquiar.
Ao lado, uma imagem feita em pleno outono, na parte superior do Cerro Catedral, com temperatura de 10 graus abaixo de zero. Como dá para ver, neve é o que não falta, muitas vezes mesmo antes do inverno chegar. Mas nem pense em subir até lá sem roupa adequada para o frio. Como no Brasil ninguém precisa deste tipo de vestimenta, a solução ao chegar lá é alugar. Diversas lojas no centro de Bariloche alugam luvas, macacões e botas, que tem por dentro um forro térmico e por fora são impermeáveis.
Site:
Bariloche
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O preço do conjunto é de poucos dólares por dia, e sem elas você iria congelar. Por baixo basta você vestir suas meias grossas e um bom conjunto de moletom. Leve também uma touca grossa para cobrir cabeça e rosto e você está pronto para rolar na neve, esquiar ou brincar a vontade e continuar se sentindo bem quentinho por dentro.
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A imagem à esquerda mostra o Cerro Catedral, a montanha preferida dos esquiadores e turistas. Fica bem perto de Bariloche, a somente 20 quilômetros do centro. Para chegar ao Cerro Catedral você tem a opção de pegar um "remi", que é como são chamados os
táxis com tarifa fixa. O trajeto até a base do morro é barato, mas se quiser pagar menos ainda pegue o ônibus (linha Catedral) que sai do centro e vai direto até lá. Da base até o topo da montanha você pode escolher sua forma de transporte. Durante a temporada de esqui todas as linhas de "cadeirinhas suspensas" estão funcionando, cada uma para uma parte diferente da montanha.
Site:
Bariloche
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Fora da temporada você deve pegar o teleférico, que leva as pessoas até a parte intermediária do Cerro Catedral. Lá você pega outra linha de cadeirinhas até a parte superior da montanha. Bem perto do cume você vai encontrar o Refugio Lynch, um chalé acolhedor e quentinho, ideal para fazer um lanche ou então renovar suas energias com uma bebida quente. A proprietária é simpatissíssima e costuma entregar aos aventureiros um diploma com seu nome, para você mostrar aos amigos que conseguir chegar lá.
Esqueça aquela história de que para ver neve é necessário ir para os Estados Unidos ou Europa. Pura bobagem! Bariloche está mais perto, é mais barato, e tem uma estrutura turística impecável. Mesmo quem vem de um país tropical e não entende nada de neve vai encontrar todo tipo de equipamentos de inverno para alugar, roupas e instrutores especializados para lhe ajudar a dar os primeiros passos (ou esquiadas). Bariloche tem tudo para proporcionar a qualquer turista férias super divertidas, que com certeza nunca serão esquecidas. |
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