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Já estivemos em Los Angeles cinco vezes. Tudo somado, já passamos um bom tempo na cidade. Mesmo assim não a conhecemos. Nunca vamos conhecê-la. E duvidamos que alguém a conheça. Ou, ao menos, que a conheça bem. Los Angeles é uma megalópole. Turistas ficam lá três ou quatro dias e vão embora pensando que viram tudo. haha! Além das torres envidraçadas de downtown, da Disney, de Hollywood, Venice e Santa Monica, muito após Long Beach, Beverly Hills, Pasadena, Torrance e Redondo Beach a cidade oceano prossegue sem fim, ao longo de suas infinitas highways, subúrbios, praias, subúrbios, encostas, subúrbios, desertos, subúrbios, como os tentáculos de um polvo gigante, se espalhando sem parar, numa mistura de gente, bairros, línguas, culturas e etnias.

   

La Reina Nuestra Señora de Los Angeles pode, como qualquer cidade grande, fascinar ou intimidar, dependendo de seus planos. Conhecida pelos íntimos simplesmente como LA (élei), ela começou graças ao explorador espanhol Juan Cabrillo, ao que consta o primeiro europeu a chegar nesta região, no distante ano de 1542. Consta que ele teria encontrado cerca de cinco mil nativos da tribo Tongva vivendo em trinta e um diferentes povoados. De lá para cá muita coisa mudou. Hoje, a chamada 'Greater Los Angeles Area' se espalha por cinco condados diferentes: Los Angeles, Orange, San Bernardino, Ventura e Riverside, cobrindo uma área aproximada de 12,5 mil quilômetros quadrados, onde moram mais de 19 milhões de pessoas. A segunda maior cidade americana.

Por isto, quem pretende visitar Los Angeles já deve chegar lá sabendo que não vai ficar conhecendo tudo, mas pode, com sorte, transporte eficiente e algum planejamento, ter uma boa idéia da Los Angeles turística, aquela parte da cidade que gosta de se exibir para os viajantes.

Viajantes internacionais desembarcam, em sua maioria, no Los Angeles International Airport, localizado no município de Inglewood, frente ao oceano Pacífico, a cerca de 20 milhas do centro. Depois de pegar sua bagagem pegue seu carro de aluguel (nem pense em visitar LA sem carro) e sigas as placas em direção à highway que vai lhe conduzir ao seu hotel. E não esqueça de incluir na locação, um aparelho GPS.

 

Los Angeles é um oceano de highways e trevos rodoviários. A imagem aérea ao lado dá uma idéia de como são as coisas por aqui. As razões desta ser uma cidade sobre rodas tem origem na forma como LA surgiu e cresceu, descentralizada e espalhada. Ela não tem um centro como outras cidades, seus prédios são poucos e baixos, em parte devido às normas que regulam construções, onde a preocupação com terremotos é freqüente e em parte porque no início o que existia nesta região eram muitos municípios separados, que foram aos poucos se unindo, principalmente após a segunda guerra, quando o petróleo era farto, a indústria automobilística estava a mil e as facilidades para compra de carros eram grandes. Com o tempo, automóveis e estradas uniram as dezenas de municípios vizinhos, e hoje em dia não se percebe mais quando se está saindo de um e chegando a outro. Tudo é praticamente igual até onde a vista alcança.

Ainda hoje, dizem alguns em tom de piada, Los Angeles é basicamente uma cidade com vinte prédios, rodeada por duzentos subúrbios.

Mas na verdade os subúrbios não são iguais. Há regiões muito agradáveis, ricas, arborizadas e outras... bem, nem tanto. A primeira vez que fomos a Los Angeles nos hospedamos em downtown, convencidos que isto nos traria a conveniência de ter ao alcance das pernas todas atrações turísticas do centro. Foi a maior furada. O centro pode ser bom para fazer fotografias tendo ao fundo prédios majestosos, ou até para quem vai participar de convenções ou eventos nesta parte da cidade. Mas é só. Grande parte do centroé degradada e mal freqüentada. Depois desta experiência decidimos mudar e sempre que voltamos a LA preferimos nos hospedar em Anaheim, onde está Disneyland, o primeiro parque construído por Walt Disney, inaugurado em 1959.

Na realidade, nenhuma outra atração turística da cidade é mais popular que Disneyland e por esta razão Anaheim grande diversidade de hotéis e motéis de preços convidativos, restaurantes familiares, mercados, boas lojas, além de uma aparência agradável, ruas limpas e arborizadas. 

Além de Disneyland, outras atrações turísticas importante de Los Angeles são Disney California Adventure Park, Knott's Berry Farm e Six Flags Magic Mountain.

 

Ao lado, um mapa simplificado da Greater Los Angeles. Além da própria Los Angeles, integram a região, municípios de nomes tão diferentes, como Long Beach, Anaheim, Yorba Linda, Torrance, Irvine, Glendale, Pasadena, Pomona, Orange, Inglewood, Mission Viejo, Santa Monica, Tustin e El Monte, entre outros. Em escala real, a região representada no desenho teria 100 km na horizontal e  80 na vertical, de onde se conclui que a distância entre o aeroporto e Anaheim seria de aproximadamente 40 km. Os limites exatos de Los Angeles e municípios vizinhos obedecem a estranhos critérios, e geralmente nunca se sabe bem quando se está num município ou no outro, embora na verdade isto não faça diferença nenhuma para um turista.

As linhas brancas representadas no desenho acima são as principais highways da Grande Los Angeles. A mais antiga delas, e que corta o país de norte a sul ao longo do litoral é a I-5. Pelo desenho acima pode-se ver que o centro de Los Angeles (downtown) está cercado por highways, no caso a Harbor Freeway (SR 110, lado oeste), Santa Ana Freeway (US 101, norte) e Santa Monica Freeway (I-10, sul).

Percorrer a Grande Los Angeles de carro é passar bastante tempo no automóvel. Mesmo com excelentes e diversas highways, as distâncias são longas, e em determinados horários congestionamentos  acontecem. Para um turista é difícil deixar de se impressionar com a rede de auto-estradas da cidade, que parecem seguir até o horizonte, atravessando centenas de quilômetros e cruzando um mar de subúrbios aparentemente sem identidade. Os subúrbios de Los Angeles, vistos da janela de um carro transitando por uma highway parecem estranhamente idênticos. Freqüentemente, para podermos "sentir" um pouco melhor algum bairro ou região que atravessávamos, saíamos da auto-estrada em algum ponto - qualquer um escolhido ao acaso - somente para pegar uma avenida qualquer e seguir em frente, conhecendo suas residências, escolas, comércio etc. Foi assim que vimos muita coisa em LA fora dos circuitos turísticos tradicionais. Mas esta é uma experiência que nunca se completa, devido às dimensões da cidade e sua diversidade de subúrbios e comunidades.

Beverly Hills é uma das regiões mais bonitas da grande Los Angeles, e não por acaso há décadas foi escolhida como bairro residencial de diversos artistas e celebridades. Entre ruas ornamentadas com palmeiras, situam-se as mansões de muita gente conhecida do cinema e as bancas de revistas costumam vender mapinhas ilustrados, que trazem a localização da residência de cada artista de cinema, ou astro da música, morador de Beverly Hills. Para quem preferir, também existem tours em ônibus, onde são percorridas as ruas principias e onde o guia vai informado, ao longo do caminho, esta é a residência de Madonna, naquela ali morou Marlon Brando, naquela outra vive Jay Leno... A propósito, Madonna mora na Mulholland Drive 6342.

O comércio do bairro tem seus pontos principais no Beverly Center, bom shopping de sete andares, e na exclusiva Rodeo Drive, rua onde ficam as badaladas lojas de grife. O shopping é ótimo e vale umas compras, mas a Rodeo Drive é pouco indicada para o turista que não quer gastar muito.

Outras áreas elegantes da cidade são Bel Air, Westwood Village e Brentwood, e quem estiver de carro (ou seja, todo mundo por aqui) não deve deixar de dar uma circulada por estas regiões, e apreciar as mansões, belos gramados e jardins.

 

LA, apesar de ser um mar de construções e highways, também tem um mar verdadeiro, apesar de oficialmente, o município não ficar à beira mar. Esta função é cumprida por Santa Monica, que na prática serve como um tipo de playground de Los Angeles. Aqui costumam se reunir pessoas de todo tipo, para praticar esportes, andar de patins a vela, tocar música, ou o que bem quiser, fazendo de Santa Monica, principalmente nos fins de semana, uma festa. Venha para cá numa tarde de domingo, e esteja preparado para andar de patins, comer pipoca, sorvete, ver gente soltando pipas, pescando e tomando banho de mar como em qualquer outra cidade à beira mar.

Entre as outras praias famosas da Grande Los Angeles estão Malibu, Venice, Dana Point, Hermosa Beach, Redondo Beach e Laguna Beach, que se enfileiram desde o litoral norte, até a pontinha sul da grande Los Angeles, perfazendo mais de 150 km de litoral.

Griffith Observatory é um local muito visitado por estudantes e turistas interessados em astrologia e assuntos relacionados ao correlatos. Tem como atrativo adicional não somente sua arquitetura, mas também a localização privilegiada, nas encostas de Santa Monica Mountains, de onde, em dias claros, se tem uma bela vista de Los Angeles.   

O que mais se vê em Los Angeles são atores e atrizes à espera de serem descobertos. A maior parte espera por isso a vida inteira e acaba voltando para casa frustrado, ou no máximo conseguindo participações reduzidas em produções de segunda e terceira categoria. Exceções são raríssimas. Los Angeles respira cinema, e embora turistas persigam principalmente Mickey e seus amiguinhos, grande parte das pessoas que vem para cá a trabalho tem uma atividade relacionada, diretamente ou não, ao cinema ou televisão. Em praticamente qualquer lugar as revistas, jornais, cartazes de rua e painéis anunciam lançamentos, estréias, contratações, ofertas de trabalho, convocações para testes, elencos, contratos milionários, fofocas, sucessos e fracassos. A indústria do cinema e tv movimenta bilhões de dólares, e não é coisa para amadores. Ao lado, foto feita junto ao Hollywood Boulevard, um dos ícones da cidade do cinema.

 

Hollywood é a região mais famosa da grande Los Angeles. Na verdade é um município independente, mas na prática foi também engolido pela megalópole. A região construiu sua fama durante os anos 20, quando os grandes estúdios de cinema deixaram a costa leste à procura de terrenos mais baratos e encontraram aqui uma localidade tranqüila, com terras a preço de banana e um clima ótimo, onde quase nunca chovia. Era a localização ideal para construção de grandes estúdios, e em pouco tempo Fox, RKO, Metro, Paramount e diversas outras empresas transformaram Hollywood na meca do cinema americano e em nome mágico no resto do mundo.

Acima, outra foto do Hollywood Boulevard. Não espere encontrar algum ator ou atriz famosa circuando nesta rua, a não ser que esteja acontecendo algum evento especial, ou seja o dia da entrega dos Oscars, quando um trecho da avenida fica fechada ao transito, para facilitar a chegada dos astros em suas limusines. O que mais se vê no Hollywood Boulevard são turistas japoneses e suas máquinas fotográficas.

Ainda existem estúdios em Hollywood, claro, embora eles não apresentem mais o mesmo glamour dos anos 30 ou 40. E também não espere encontrar galãs ou divas em cada esquina. A Hollywood do cinema e televisão de hoje parece estar situada numa outra dimensão, pouco visível aos turistas comuns. O que um visitante vê em Hollywood é uma multidão de turistas vagando de um lado para outro, tirando fotos de tudo que encontram pela frente, à procura de imagens que muitas vezes parecem estar muito mais nas lembranças e sonhos de cada um do que na realidade das ruas. Em Hollywood estão símbolos e ícones diversos, principalmente do que ficou conhecido como época dourada do cinema. Imensos teatros, como o El Capitan (famoso prédio de 1926 em estilo art deco), alguns outros com aspecto decadente e centenas de lojinhas de lembranças, vendendo todo tipo de artigo imaginável relacionado ao cinema, seus astros e estrelas. Ao lado, estrela da Calçada da Fama, com o nome de Marylyn Monroe.

Ao norte da cidade ficam os estúdios da Universal Studios Hollywood, outra ótima pedida para passar o dia. Grande parte dos filmes e séries de televisão produzidos pela Universal são feitos aqui, e o parque é semelhante aos existentes na Flórida, com diversas atrações para toda a família. 

Outra visita interessante é ao Hollywood Bowl, um dos maiores anfiteatros do mundo. Sua programação de eventos é constante e de alto nível, desde shows de rock até orquestras sinfônicas, e se você não faz questão de assistir nenhum show (foi aqui que os Beatles fizeram duas apresentações históricas) poderá com sorte entrar sem pagar nada, já que em dias sem programação o acesso costuma ser liberado para visitas.

Deve ser emocionante para um artista ter o nome gravado numa estrela na calçada de Hollywood. Mas passada a cerimônia de gravação do nome, após os sorrisos e multidões que vem presenciar o evento, depois dos flashes dos fotógrafos que vão para revistas que correm o mundo inteiro, fica-se pensando até que ponto será realmente agradável para um artista ver seu nome no chão, pisado por todo mundo que passa...

De qualquer forma, a Walk of Fame é um atrativo irresistível para turistas, e é divertido percorrer esta calçada, lendo os nomes um a um, vendo quem se conhece e quem nem desconfiamos quem seja. É curioso observar que a localização de cada estrela está diretamente ligada à importância do nome representado. Enquanto nomes em alta estão nos locais mais nobres da avenida, os de artistas esquecidos estão em áreas mais afastadas ou decadentes. Hollywood Boulevard é uma rua para ser percorrida de dia. À noite, não costuma ser muito bem freqüentada. 

LA tem diversos museus, abrangendo diferentes campos, curiosidades e excentricidades. Nesta imensa relação alguns se destacam, como o Getty Center, audacioso complexo arquitetônico que leva o nome do milionário John Paul Getty, situado em Brentwood, famoso não só pelo acervo, mas também por fornecer uma das melhores vistas de Los Angeles. 

 Vídeo: Hollywood

Ao lado, fachada do Dolby Theatre, onde é realizada anualmente a cerimônia de entrega do Oscar. O teatro foi inaugurado em 2001 e deu um novo alento ao Hollywood Boulevard. Com capacidade para acomodar mais de três mil pessoas, se transformou desde então no local oficial da cerimônia do Oscar, a qual até então não tinha um local fixo para acontecer. Na ocasião da entrega do troféu máximo do cinema, o teatro é especialmente decorado para a cerimônia, e na sua frente é estendido o famoso “Red Carpet”, o tapete vermelho por onde desfilam as celebridades. Até janeiro de 2012, o teatro foi patrocinado pela Kodak, a qual pagou 75 milhões de dólares para ter direito de nomear o prédio.  Após o fim do patrocínio o Kodak Theatre foi renomeado como The Dolby Theatre.

 


Esta bucólica e arborizada rua está situada apenas a três quadras do Hollywood Boulevard. Apesar de simpática, ela nos deixou uma recordação traumática. Chegamos aqui por acaso, quando nos recusamos a pagar os US$12 pelo estacionamento lá atrás, e deixamos o carro numa vaguinha ótima em frente a uma residência. Ao voltar, 3 horas depois, descobrimos incrédulos que tínhamos sido multados em US$45 por estacionar nesta rua numa 2a feira, entre 10 e 14 horas, quando a prefeitura faz a limpeza da mesma. Moral da história: Preste muita atenção às placas de trânsito e aos dias da semana quando estiver em LA.

 

Ao lado, uma foto da fachada do Grauman's Chinese Theatre, que ganhou este nome em referência a Sid Grauman, o magnata que construiu este luxuoso prédio e diversos outros de Hollywood. Em sua época áurea, dizia-se que ir a Los Angeles e não visitar o Teatro Chinês era como visitar a China e não conhecer a grande muralha.

Mas a principal razão da fama deste local são as marcas no concreto da calçada dos pés, mãos, braços ou pernas de uma infinidade de astros e estrelas do cinema, atuais e do passado. É emocionante ver a marca das mãos e pés de Clark Gable, John Wayne, Gene Kelly, Marilyn Monroe, Frank Sinatra, Bette Davis, Eddie Murphy, Jack Nickolson, Pato Donald, Carmen Miranda e muitos outros, e turistas costumam ficar horas procurando e fotografando as marcas de seus ídolos. Falando em Carmen Miranda, vale lembrar que em sua época áurea (anos 40) ela foi a estrela mais bem paga de Hollywood.

Na foto abaixo, uma das centenas de autógrafos deixados por artistas no piso de entrada do Chinese Theatre. O da foto leva a assinatura de Gregory Peck, em dezembro de 1944. Mas o que faz mais sucesso entre brasileiros e portugueses é o autógrafo com as marcas das mãos de Carmen Miranda, situado bem junto à entrada do teatro.


 

Se o Teatro Chinês de Hollywood é pura fantasia, Los Angeles tem também, sua comunidade oriental de verdade: Little Tokyo. Ela é uma das três únicas comunidades japonesas oficiais dos Estados Unidos, e no passado, cerca de trinta mil japoneses viveram nesta parte da cidade, em sua maioria imigrantes. Após o início da a 2a guerra, no entanto, tudo mudou. Traumatizados pelo ataque a Pearl Harbour, o governo americano criou uma zona de exclusão para estes imigrantes em toda costa oeste e determinou que imigrantes, inclusive muitos com cidadania americana, fossem relocados para campos no interior do país, uma decisão que até hoje causa polêmica e embaraço a muitos americanos

Little Tokyo esvaziou, e nunca mais seria a mesma. Ainda assim, com o passar dos anos, foi submetida a reformas e revitalizações e ainda permanece como centro cultural, comercial e gastronômico importante, embora a maior parte da comunidade japonesa prefira, atualmente, viver em outras regiões de LA, como Torrance. Em Little Tokyo vale a pena visitar o templo budista Hompa Hongwanji o Japanese American Cultural & Community Center e principalmente fazer uma refeição num de seus inúmeros restaurantes japoneses. Em agosto, o bairro atrai muitos visitantes, graças às comemorações da semana Nisei, quando acontecem  festivais de tambores, desfiles, danças e diversas outras atividades culturais. Mesmo assim, é preciso dizer, não espere encontrar aqui algo do porte da Chinatown de San Francisco.

 

O painel Hollywood, um dos mais conhecidos ícones de Los Angeles, é o que sobrou do painel original, construído em 1923, onde se lia Hollywoodland. Instalado em Mount Lee, o painel tem letras de 14 metros de altura, comprimento de 110 metros, e é visível de toda Hollywood e até mesmo de mais além. Não perca tempo tentando chegar lá, pois o símbolo foi construído para ser visto de longe, e a área não é aberta à visitação. O mais próximo que se consegue chegar para fazer algumas fotos é próximo à sua base, seguindo as sinuosas ruas que percorrem o bairro e dão acesso às luxuosas mansões e propriedades encasteladas nestas colinas. Tentamos chegar lá, demos um monte de voltas e não deu para chegar muito perto. Devido ao histórico de vandalismo e pichações o acesso ao Painel Hollywood agora é restrito, e conta com segurança reforçada.


 

O primeiro filme comercial foi rodado em Los Angeles em 1908, e a foto ao lado mostra um típico painel de rua, com celebridades da tela, como Marilyn Monroe, Glark Gable, Shirley Temple, James Dean e outros. Este tipo de arte popular é comum na cidade, que se orgulha da sua condição de meca do cinema mundial, e nos faz lembrar isso em quase todos os lugares. Conta-se que existem mais de cem mil atores morando em Los Angeles, a maioria sonhando ser um dia descoberta e fazer sucesso.

 

Esqueça as badaladas Hollywood e Beverly Hills por uma tarde e vá ver o mar, por exemplo em Redondo Beach, onde fizemos a descontraída foto ao lado. Praias de areia branca, mar azul, um pier com diversas atrações, restaurantes, bares e um clima que em nada lembra a capital do cinema e suas luzes.

Ou então tire a tarde para conhecer Glendale,  famosa por diversas razões, dentre as quais por abrigar a maior tela emoldurada do mundo, de autoria do artista polonês Jan Styika. A Crucificação tem 195,5 metros de comprimento por 13,7 de altura e para abrigá-la foi erguida uma construção especial, chamada de Hall of Crucifixion, anexa ao cemitério de Forest Lawn Glandale. A tela não é famosa apenas por suas dimensões, mas também por seu detalhismo impressionante.

Cansou da selva de concreto de Los Angeles e quer algo diferente? Faça como muitos angelenos e vá até Lake Arrowhead (80 milhas do centro de LA). Poucas coisas poderiam ser mais diferentes de LA que esta comunidade cercada por montanhas, pinheiros, lagos, cabanas, e onde se pode praticar canoagem, seguir trilhas pela mata, acampar e fazer diversos programas em contado direto com a natureza.

Outra alternativa, com menos verde, mas igualmente diferente de LA é Joshua Tree National Park (144 milhas do centro de LA), região desértica, que ganhou este nome graças à predominância das árvores Yucca. Lá estão rochas incríveis, trilhas diversas e áreas de camping.  


Quem preferir permanecer em LA e fazer algumas compras verá que alternativas é que não faltam. Será impossível conhecer todos os shoppings, malls e outlets, são dezenas, espalhados por uma área imensa, sendo que de tempos em tempos alguns fecham enquanto outros são inaugurados, mas nesta grande relação, há um consenso que entre os melhores e maiores permanecem o Del Amo Fashion Center (em Torrance) e o Lakewood Center (em Lakewood). Também muito lembrados são Beverly Center (Beverly Hills), Century City Westfield (Santa Mônica), Culver City Westfield (Culver City), Glendale Galleria (Glendale), Antelope Valley Mall (Palmdale) e Los Cerritos Center (Cerritos). Ao lado, foto de trecho de Berverly Hills, feita da cobertura do Beverly Center.

Excetuando a primeira vez que visitamos Los Angeles, todas as demais escolhemos ficar em Orange, perto da Disney (situada aproximadamente a 60 milhas do principal aeroporto internacional de LA). E se você também vai se hospedar nesta região talvez lhe interesse saber que o mall mais próximo é The Village at Orange. Por ser uma área turística, é muito bem servida de hotéis e motéis diversos, e devido à concorrência é possível encontrar boas acomodações por preços ótimos.

Se você estiver em Los Angeles no primeiro dia  do ano já tem programa garantido. Supondo que esteja de carro, basta seguir  a I-5 rumo norte e depois a CA-110 até  Pasadena, para assistir um dos eventos mais conhecidos e tradicionais do país, o Pasadena Tournament of Roses Parade, desfile de carros alegóricos confeccionados com rosas e outras flores. Há mais de cem anos este evento monopoliza as atenções do país, sendo transmitido pela TV em cadeia nacional. Bandas de música, carros alegóricos com todo mundo dando tchauzinho, cheerleaders, tudo deliciosamente colorido, bonito e brega, formando um divertido painel da cultura local.

E já que está em Pasadena, sugerimos aproveitar para conhecer também o Kidspace Children's Museum, como diz o nome, museu dedicado às crianças, que apresenta diversas atividades destinadas a incentivar o conhecimento infantil nas áreas de ciências, meio ambiente e artístico.

Você já passou pela experiência de perder-se em uma highway? Isto mesmo, perder-se. Estar rodeado por um oceano de automóveis à noite, numa estrada de seis pistas, enquanto em sentido contrário, outro oceano de carros vem em sua direção. Luzes brancas pra lá e luzes vermelhas pra cá. Placas e sinais não lhe dizem nada. Você não reconhece nenhuma saída, não sabe onde está seu hotel, se está indo ou vindo, chegando perto ou se afastando. Tudo em alta velocidade. Não tem mapa e nem GPS. Não tem onde parar e aquela estrada não tem fim, segue e segue sempre. Pesadelo? Não, aconteceu mesmo com a gente, numa de nossas primeiras viagens. Sim, nós sobrevivemos e acabamos encontrando o caminho. Mas fica aqui a dica, principalmente para turistas em LA, a cidade das highways: Nunca pegue uma auto-estrada sem ter um bom mapa ou GPS à mão. E estude sua rota antes de pegar a estrada. 

 


Manhattan Beach, Hermosa Beach e Redondo Beach são as três “Beach Cities” da Grande Los Angeles, e todas tem muitas semelhanças entre si, além do mar e da faixa de areia. Todas tem seu próprio píer, são muito populares entre surfistas, banhistas, ciclistas, skatistas, corredores, idosos, crianças e jovens. Ao lado, o pier de Santa Monica.

Venice é outro lugar à beira mar que merece ser visitado. A localidade surgiu graças a um milionário, que no início do século 20 decidiu construir um tipo de cópia de Veneza à beira mar, dotada de canais. Atualmente, o calçadão de Venice é uma festa, sempre repleto de artistas, equilibristas, perfomances e vendedores de todo tipo. Frente ao mar, prédios de arquitetura exótica e colorida aumentam ainda mais o charme da região.

Quer apreciar o centro de Los Angeles e grande parte da cidade de um lugar privilegiado? Siga a Mulholland Drive até as montanhas, de onde foi feita a foto abaixo.

Sim, não conhecemos Los Angeles e nunca vamos chegar a conhecê-la totalmente. Sim, ela pode ser comparada a um imenso polvo, cujos tentáculos se espalham a perder de vista e engolem muita gente. Mas quer saber? O que vimos foi suficiente. No fundo nós amamos Los Angeles. Ela nos empolga. Nada a ver com cinema, ou Hollywood, ou tv ou praias da California, ela simplesmente tem um astral positivo. Talvez seja o clima, ou sua gente, ou...sei lá. O fato é  que LA é divertida, louca, animada, estranha e principalmente fascinante. Diferente de qualquer outra cidade americana, La Reina Nuestra Señora de Los Angeles é também a Rainha da California, uma cidade onde se encontra de tudo, e principalmente, garantia de férias animadas.