Cidade vista da CN Tower. |
Por
duas vezes visitamos Toronto, no Canada. A razão? Ela estava em nosso
caminho. Então não vale a pena visitar Toronto? É claro que vale, a
cidade tem vida cultural intensa, diversas atrações e programas para quase todos os gostos. A questão é que ela é grande,
congestionada, vertical, com predominância de aço e concreto. Com este perfil,
Toronto não pode ser considerada exatamente um destino de férias, na verdade ela é mais o lugar de
onde as pessoas partem para passar as férias em outro lugar. Mas claro, isto
se aplica aos canadenses. Para turistas vindos de outros países,
visitar a costa leste do Canada sem conhecer Toronto seria imperdoável.
Passar alguns dias aqui será sempre excitante, impressionante,
empolgante. Mas é bom já ir sabendo que lá dificilmente será encontrado
algo como um recanto encantador ou uma arquitetura graciosa. Toronto é
moderna, marcada por prédios imponentes, centros empresariais e gente
apressada fechando negócios
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Já
sabíamos destas características da cidade ao chegar lá. O que não
sabíamos é que o trânsito tinha piorado tanto desde nossa última
visita, há mais de dez anos. Chegamos a Toronto vindos de Montreal,
um percurso de 560 km que fizemos em pouco mais de 5
horas, pela impecável 401W. No entanto, para percorrer os últimos
quilômetros, da entrada da cidade até nosso hotel, situado em
Mississauga
(oeste de Toronto), levamos mais de uma hora. Eram seis da tarde e a
auto-estrada estava completamente congestionada, com trânsito
exasperantemente lento. Quando finalmente chegamos, o recepcionista do Comfort Inn
Airport West nos disse, sorrindo, que é sempre assim a esta hora. E de
manhã é a mesma coisa, mas em sentido contrário.
Decidimos
então que já tínhamos pego engarrafamentos demais por aquele dia, e deixamos
para ir ao centro no dia seguinte, dedicando aquele final de
tarde e início de noite para percorrer Mississauga, convencidos que
aquele lugar de nome estranho não teria muito para mostrar. Pois a
cinco minutos de nosso hotel encontramos o maior supermercado que já
tínhamos visto em nossas vidas (e já vimos muitos enormes, acredite). O
Highland Farms (50 Matheson Blvd) era tão imenso que quase nos perdemos lá dentro. Impossível não ficar admirado com a fartura,
variedade e limpeza. Feitas algumas comprinhas básicas
pegamos o carro de novo e seguimos em frente mais cinco minutos,
chegando ao Toronto Square One Shopping Center,
com dezenas de lojas, entre as quais algumas das melhores do Canada.
Voltamos para o hotel bem tarde naquele dia, felizes da vida, e já
amigos de infância de Mississauga. |
Financial District |
Por outro lado, quem chega a Toronto via aérea e numa rota de longa distância provavelmente vai desembarcar no Toronto Pearson International Airport,
situado 22 quilômetros a noroeste do centro, também no município
vizinho de Mississauga. O aeroporto fica junto às auto-estradas 401 e
427, e permite acesso fácil à qualquer região da grande Toronto.O
aeroporto Pearson é o mais movimentado do Canadá, um dos mais
movimentados do mundo, principal hub da companhia aérea Air Canada, bem como de empresas menores, como Air Canada Express, Air Transat, CanJet, Sunwing Airlines e WestJet.
CN Tower |
No
dia seguinte, já relaxados, tomamos um café com calma, deixamos passar
a hora do
rush, e pegamos o carro com destino ao centro de Toronto. Por onde
começar a visita? Ora, pelo símbolo maior da cidade, presente em
praticamente todas as fotografias turísticas: A CN Tower. A
construção da torre de telecomunicações da Canadian National, conhecida
como CN Tower começou em 1973, e mesmo antes dos trabalhos estarem
concluídos, ela já havia se transformado no principal ícone arquitetônico
de Toronto. Situada no centro da cidade, às margens do lago
Ontário, tem 553 metros de altura e duas plataformas de observação de 360 graus,
abertas ao público, a inferior situada a 350 m e a superior a 336 m. Tem
também um restaurante giratório, que completa uma rotação a cada 72 minutos.
O acesso até a plataforma de observação é feito em
elevadores panorâmicos, e durante a subida de menos de um minuto, os
recepcionistas-ascensoristas fornecem informações básicas sobre a torre
e as atividades abertas ao público. Uma das mais emocionantes é o
passeio ao ar livre na plataforma superior, feito somente em grupos
presos por cabos de segurança e acompanhados por um guia. A CN Tower fornece uma vista
espetacular de Toronto em todas direções.
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Vídeo:
Visitando a CN Tower
Toronto é a maior cidade do Canadá e capital da província de
Ontário, situada às margens do lago de mesmo nome. É uma cidade relativamente
nova, sua história começou no século 18, quando a Coroa Britânica decidiu
comprar estas terras, até então pertencentes aos Mississauga, indígenas
originalmente habitantes da região. Foi fundada com o nome de York e somente
em 1834 recebeu o nome de Toronto. O nome Toronto tem origem no idioma falado
pelos índios Mohawk, os quais usavam a palavra “Tkaronto” significando o lugar onde “árvores
nascem na água”, e que se referia aos galhos e arbustos por eles colocados nos
cursos de água, para servir como armadilhas para peixes. De acordo com o último
censo, Toronto tem população de 2,6 milhões de habitantes, o que faz dela a quinta
mais populosa cidade da América do Norte. É a capital comercial do Canadá,
importante hub aéreo, e sede de diversas empresas e bancos.
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Centro visto da CN Tower |
Quem estiver de
carro deve escolher com atenção onde estacionar no centro. As vagas são
caras, principalmente no Financial District, região onde estão os
grandes prédios comerciais, e onde situa-se também a CN Tower. Depois de
dar muitas voltas procurando vagas resolvemos entrar na garagem do
SimCoe Place,
situado quase em frente à torre. A localização era ótima, mas as vagas
para visitantes localizavam-se num andar situado oito níveis abaixo do
nível da rua, o que nos obrigou a descer uma espiral que parecia seguir
até o centro da terra.
Toronto em Novembro |
A
figura encapuzada da foto ao lado é Regina em nossa primeira visita à
Toronto. Três meias, duas luvas, dois casacos, calça grossa, casacão, cachecol e touca de lã
cobrindo todo o rosto. Mesmo assim sentíamos frio. Detalhe: Era novembro e
o inverno ainda não tinha nem começado. As temperaturas médias na cidade variam entre 14 e 27 graus
durante o verão (julho) e 3 a 11 graus abaixo de zero no inverno
(janeiro).
Estas, no entanto, são apenas temperaturas médias, e quem estiver indo
para lá
no inverno deve estar preparado, já que não são incomuns temperaturas
aquém
destes limites, principalmente no inverno. O dia mais frio registrado
em
Toronto aconteceu em janeiro de 1981, quando os termômetros marcaram 24
graus
abaixo de zero.
Com um clima destes é natural que Toronto, a exemplo de Montreal,
tenha também sua cidade subterrânea. A Underground City é um complexo
de passagens, vias subterrâneas e suspensas totalizando 27 quilômetros
de extensão, situado sob o distrito financeiro, onde
estão os maiores prédios e complexos comerciais. Caminhando ao longo
destas passagens é possível ter acesso a centenas de lojas, diversos
hotéis, torres empresarias e cinco estações do metrô. Tudo sem precisar
colocar os pés na rua e sob uma agradável e constante temperatura,
independente do tempo que estiver fazendo lá fora. Não é de estranhar,
portanto, que em dias muito frios, não se veja praticamente ninguém
pelas calçadas, como é mostrado na foto ao lado. |
Vídeo:
Percorrendo King Street
A parte mais movimentada do centro de Toronto situa-se na região de
King Street, Queen Street, Spadina Avenue e Yonge Street. Esta é uma
região que vale a pena ser percorrida a pé, pois concentra boas opções
comercias, diversos hotéis e restaurantes, sendo que muitos deles podem
não ser percebidos por quem caminha pela calçadas. Ocorre que devido ao
clima rigoroso, grande parte do comércio de Toronto na região central
está integrada a centros comerciais e shoppings, portanto as vezes uma
simples porta de vidro de um prédio qualquer pode dar acesso a um
movimentado complexo comercial. Foi assim que por acaso descobrimos o Scotia Plaza (40 king St W), que
entre outras coisas tinha um restaurante da rede Tim Hortons,
da qual já éramos fãs, pois tem sempre bebidas quentes e saborosas, ideais para aquecer num dia frio.
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Younge Street
em Maio
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Próximo ao centro, vale visitar
também a região conhecida como The Distillery District, que surgiu,
como diz o nome, graças à destilaria Gooderham and Worts, empresa que teve um
papel fundamental no desenvolvimento da cidade e também desta parte do país.
A Gooderham and Worts não está mais lá, mas em compensação deixou no local um rico
legado arquitetônico e histórico, que hoje é ocupado por ruas de
pedestres e pequenos estabelecimentos envolvendo atividades artísticas,
culturais, simpáticos cafés, acolhedores bistrôs e animados pubs. Ideal
para um fim de tarde ou happy hour. The Distillery District está
situada a cerca de três quilômetro da CN Tower, direção leste, quase
junto ao lago Ontario.
Casa Loma
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Numa cidade onde imensos prédios de aço e alumínio são uma
visão cotidiana, Casa Loma é um lugar que se destaca e
virou atração turística. Sua construção começou em 1911, graças a
Sir Henry
Pellatt, figura proeminente da época, que teve a idéia de comprar
um lote próximo ao centro
para construir uma mansão em estilo gótico. Três anos depois a obra
estava
concluída e era praticamente um castelo, com 98 quartos e diversas
outras instalações, além de passagens
secretas, elevadores e estábulos. No entanto, após a primeira guerra
mundial e a depressão
que a seguiu, Sir Henry ficou em sérias dificuldades financeiras e foi
obrigado a se desfazer do imóvel. |
As décadas seguintes levaram Casa
Loma a um
estado de abandono total e o imóvel quase foi demolido, sendo salvo por
um
movimento popular que convenceu a prefeitura iniciar um meticuloso
trabalho de restauração. Atualmente Casa Loma é um museu, a
segunda atração mais visitada de Toronto depois da CN Tower, e
está aberta à
visitação. Curiosamente, o nome Casa Loma
(casa da colina), tem origem na pequena propriedade existente no terreno
comprado por Sir Henry, a qual havia sido construída por um espanhol. Dizem que
o nome hispânico agradou sir Henry,
o qual
decidiu mantê-lo para nomear o futuro castelo de seus sonhos.
A
comunidade de origem oriental em Toronto é enorme, e ocupa
principalmente um trecho da cidade que ficou conhecido como Chinatown,
situado entre as ruas Queen Street West, College Street,
Bay Street e Spadina Avenue. Caminhando ou dirigindo por aqui tem-se
a nítida impressão de estar percorrendo algum bairro da China ou
Coréia. São dezenas, talvez centenas de restaurantes, papelarias, lojas de música, doces, mercadinhos,
todos eles com letreiros grafados nos idiomas de origem. Comerciantes,
freqüentadores e fregueses são também orientais, em sua maioria. Entre
eles, muitos turistas, que aproveitam a ida a Toronto para curtir um
gostinho de Oriente. |
Chinatown |
Vídeo:
Percorrendo Chinatown
Spadina Street, Chinatown |
Na
imagem ao lado, algumas lojas da Spadina Avenue, principal avenida do bairro
oriental. Chinatown fica a pouca
distância do centro de Toronto, e dá para ir lá até mesmo a pé, mas se
estiver de carro não será difícil encontrar vaga em alguns dos diversos
estacionamentos locais, também administrados por orientais. Ou então pegue o
bonde (linha Dundas) na estação St Patrick, que lhe deixa na avenida Spadina. |
Circule por lá à vontade
e experimente
alguns pratos vietnamitas ou entre no mercado chinês, passe na padaria
coreana, e compre CDs, DVDs , livros, revistas em quadrinhos, roupas,
bijuterias e acessórios de Hong Kong, Vietnam, China ou
Coréia, mas sobretudo não deixe de passar na Mashion Bakery (Spadina
Avenue 345, em frente ao Dragon City Shopping Center) uma padaria e
doceria que tinha quitutes tão deliciosos (pãezinhos recheados,
folheados, doces diversos) e tão baratos que até pensamos que eles
tinham se enganado nos preços. Ah sim, outra característica desta
parte da cidade é que aqui tudo, mas tudo mesmo, é muito mais barato que nos
outros bairros .
Ao
lado, foto de algumas delícias expostas na vitrine de um restaurante de
Chinatown. Na vitrine,
entre outras iguarias, está exposto o tradicional pato laqueado
(muito pedido, geralmente preparado com molhos orientais, gengibre e
mel).
Experimente uma refeição na
Kim Moon Bakery (Dundas Street 438, servindo ótimos pãezinhos e
massas). Ou então, a uma curta caminhada encontra-se o Bright Pearl
Seafood Restaurant (serve típicos Dim Sum - refeição tipicamente
chinesa, composta por vários pratos, servidos em porções individuais em
diminutas louças decoradas com motivos orientais). Outra alternativa é
o Nguyên Hu'ong (especializado em sanduíches e embutidos ou ainda o
King's Café (com destaque para seus produtos naturais e vegetarianos). Chinatown tem até mesmo seu próprio shopping, o Dragon City,
todo ocupado por lojas e restaurantes orientais. |
Vitrine de restaurante |
Algumas sugestões de pratos
típicos sempre lembrados: Sweet and Sour Pork (porco agridoce) ou Sweet
and Sour Chicken (frango). Uma pedida freqüente, de cor alaranjada,
geralmente preparado com vegetais, pimenta, açúcar, shoio e outros
ingredientes, em chinês 糖醋里脊, pronúncia 'tungtsuliji'). Gong Bao
Chicken (frango preparado com pimenta chilli, amendoins,
vegetais e molho agridoce, em chinês 宫保鸡丁, pronúncia 'gongbau'). Ma Po
Tofu (queijo tofu preparado com carne, cebola e molhos fortes,
uma delícia, em chinês: 麻婆豆腐, pronúncia: 'mapordofu'). Wontons (lembra
um pastel, geralmente recheado com carne de porco ou camarão, em
chinês: 馄饨 , pronúncia 'huntun').
Se em Chinatown é tudo
baratinho, o contrário acontece em Bloor e Yorkville. Tire algumas
horas para percorrer esta região, considerada uma das mais nobres da
cidade. Ainda que você não se anime muito com os preços e prefira guardar
seus dólares canadenses para outro lugar, vai curtir a
elegância e exclusividade das várias mansões vitorianas e também as
elegantes lojas de grife, especializadas em moda, relojoaria, cristais,
design, além de galerias de arte e renomados (e caros) restaurantes, a
maioria situados em Yorkville e Hazelton Lanes. No coração do bairro
você encontrará também o Hazelton Lanes Shopping Center, que vale uma
conferida. Esta região está situada a cerca de 5 km ao norte da CN Tower, seguindo pela Avenue Road.
Praia de Toronto |
Sim,
Toronto também tem dias de céu azul esplendoroso, sol e calor (bem,
algo em torno de 25 graus) e foi um tempo assim que encontramos em
nossa segunda visita à cidade. Além disso, Toronto também tem praias. E
apesar de não poderem competir com outras mais famosas mundo afora, são
muito freqüentadas durante os dias de verão, principalmente pelos
Torontonians (aqueles que vivem em Toronto) que permanecem na cidade nos
fins de semana de verão. Woodbine, Kew e Balmy são as mais famosas,
todas lacustres, banhadas pelo lago Ontário. Este lago, um dos cinco
grandes existentes na região entre Canadá e Estados Unidos, é ligado ao
Oceano Atlântico através do rio Saint Lawrence. No idioma falado pelos
índios Huron, Ontario significa “Lago das Águas brilhantes. |
Outro lugar da cidade muito freqüentado nos meses quentes é Harborfront,
que corresponde mais ou menos a um playground da cidade. Esta zona
situada à beira do lago tem parques, marinas, trilhas, calçadões,
bares, jardins, espaços para caminhadas, vias para ciclistas e algumas
atrações turísticas que merecem ser visitadas por quem estiver
percorrendo a região.
Não
deixe de conhecer o Saint Lawrence Market, situado no coração da
chamada Old Town, esquina de Jarvis st com Front st. Neste grande
mercado estão dezenas de estabelecimentos onde o assunto é praticamente
o mesmo: Comida. São restaurantes, bares, pubs, sanduicherias e
produtos típicos diversos para levar para casa ou hotel. O lugar é
animado durante todo o dia, sendo que à noite é muito procurado por quem
trabalha no centro e quer dar uma relaxada antes de voltar para casa.
Saint Lawrence Market tem preços mais elevados que Chinatown, mas
em compensação, mais variedade. Situa-se a aproximadamente 1,5 km a
leste da CN Tower.
Sim, como você já deve ter percebido,
a CN Tower é uma referência constante em Toronto, não somente porque todo mundo a
conhece mas principalmente porque ela pode ser vista de praticamente
qualquer lugar na cidade. |
CN Tower vista da Spadina Street |
Turistas vão
perceber que em Toronto o transporte público e feito em grande parte
por bondes. Eles estão em todos os lugares, dividindo as ruas com os
automóveis. Fazer um percurso num deles é, além de útil, um divertido passeio
turístico. O sistema de transporte em bondes de Toronto tem onze linhas, que juntas somam setenta e cinco quilômetros de extensão. Junto com o metrô,
os bondes de Toronto são responsáveis pelo transporte de grande parte
da população, todos os dias. Concentra-se principalmente na região
central e próximo ao Lago Ontario. Com um bilhete único é possível
viajar de bonde e metrô, e é possível fazer a transferência direta
entre os dois sistemas nas estações Spadina, Union e Saint Clair.
Residências de Forest Hill |
Foi
por acaso, circulando ao norte do centro, na região de Forest Hill, que
descobrimos uma das regiões mais agradáveis da cidade, com belas
residências e jardins gramados. Nada de cercas e grades, nada de condomínios
fechados e seguranças. Afinal, estamos no Canadá, país onde os impostos revertem
à população em diversos benefícios. A educação no país é obrigatória e
de qualidade até os 16 anos, e em algumas regiões até os 18. Cursos
superiores são diversos e de excelente nível. O atendimento de saúde é
grátis para toda população, e de qualidade, dando ao Canada o 6º
lugar global em expectativa de vida (82 anos). A segurança nas ruas é
praticamente total, de dia e de noite, o que foi alcançado graças à
atuação de uma polícia eficiente e bem equipada, e também ao bem estar
social e econômico de sua população. |
Ao norte do Financial District situa-se uma região alternativa que
também vale a pena ser percorrida. Mirvish Village,
situada nos arredores de Bloor Street West e Bathurst Street. É um bairro
de construções simples, sem luxo, mas de aspecto acolhedor. Lojinhas,
restaurantes, antiquários, consultórios de dentistas, livrarias, lojas
de artigos para bebês, galerias de arte, centros culturais. Nada a ver
com os modernos e imponentes prédios do centro, ou com as mansões de
jardins floridos de Forest Hill. Esta é uma região boa para ser
percorrida a pé. |
Residências de Dupont Street |
E já que estamos em Mirvish Village, aproveite para conhecer uma das mais antigas tradições comerciais da cidade, a loja Honest Ed.
Foi inaugurada em 1948, tem milhares de artigos em diversas categorias,
antiguidades, curiosidades, quinquilharias, coisas úteis e inúteis, mas
acima de tudo fascinantes e que fazem a gente se divertir percorrendo
suas dezenas de corredores. Sem vendedores no pé da gente para
incomodar. É só pegar o que quer e levar para o caixa. E os preços
são ótimos.
Neve na Younge Street
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Boas
áreas para compras em Toronto são diversas. No centro estão situadas
principalmente ao longo da King Street, Yonge Stret, Queen Street e
adjacências. Quem gosta de fazer compras em shopping vai estar bem
servido pelo Toronto Eaton Centre,
o maior centro comercial do centro, situado entre Yonge Street e a City
Hall. Outras alternativas mais afastadas, ideais para quem está de
carro, são o Toronto Square One Shopping Center (100 City Centre Drive
Mississauga), Fairview Mall (1800 Sheppard Av East), Yorkdale Center (1 Yorkdale Road 500) e Scarborough Town Centre (300 Borough Drive).
E
ao caminhar no centro não esqueça de passar na
The Bay (Queen Street 176,
esquina com Yonge Street), uma das mais tradicionais lojas de
departamentos do país, onde se encontra praticamente de tudo.
Foi saindo do Toronto Eaton Centre,
naquela nossa primeira visita à cidade, que ficamos conhecendo o que é chamado
de 'Sleet' ou 'Flurries'. O
fenômeno meteorológico das chuvas que se transformam em neve ou gelo. Era
novembro e várias vezes ao dia estas primeiras neves caiam na
cidade, para indiferença de
seus moradores e alegria dos poucos turistas tropicais. |
Ao
lado, outra foto do outono em Toronto. Durante
os meses frios, o espelho de água existente em frente ao prédio da
prefeitura transforma-se num concorrido rinque de patinação a céu
aberto. De uma forma geral, os moradores da cidade são gentis e
educados e tem prazer em prestar informações ou ajudar turistas
desorientados. O trânsito também é civilizado e a educação dos
motoristas pode às vezes até surpreender quem vem de outros lugares.
Não
é necessário carro para conhecer Toronto. Íamos para o centro de carro
porque nosso hotel ficava afastado, mas chegando lá ele ficava
estacionado o dia todo. O centro pode ser percorrido a pé, e para ir
para regiões mais afastadas é fácil pegar o bonde ou metrô. Para quem
não está de carro sugerimos se hospedar próximo à King Street ou ruas
adjacentes, o que irá facilitar o acesso às principais atrações da
cidade e ao transporte público. |
Rinque de patinação da City Hall
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Outras
informações úteis: Moeda: Dólar Canadense (CAD), sendo que a maioria
das lojas, hotéis e restaurantes aceitam dólares americanos, às vezes
com taxa de câmbio inferior à oficial. Cartões de crédito são
amplamente aceitos. Gorjetas não são incluídas na prestação de serviços
ou em restaurantes, mas é normal dar algo em torno de 15%. Tensão
elétrica 120 V. Fuso horário: Mesmo da costa leste americana (GMT-5).
Sistema de medida: Métrico. Horário de verão: Inicia no segundo domingo
de março e termina no primeiro domingo de novembro. Principais jornais:
Toronto Sun, Toronto Star, The Globe and Mail.
Árvores de Maple (Maple Trees)
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A Maple
Tree (árvore do maple, ao lado) é um símbolo do Canadá, a tal ponto que
sua folha está representada no centro da bandeira do país. A árvore é
encontrada em praticamente todo o hemisfério norte e tem mais de 100
espécies diferentes. Seu famoso xarope (syrup) é extraído de forma
semelhante à tradicional extração da borracha em seringueiras, sendo
feito um corte no caule, colocado um recipiente coletor amarrado à
arvore e quando ele está cheio é recolhido. O Canadá é o maior produtor
mundial de xarope de maple (maple syrup) e responde por aproximadamente
80% da produção global. Depois de fervido e tratado o maple está pronto
para consumo, sendo muito utilizado em receitas de bolo, tortas, doces,
sucos, coberturas etc. Tal é a popularidade do Maple por aqui, que o
principal time de hockey de Toronto, chama-se Toronto Maple Leafs
(folhas de maple de Toronto) e a música Maple Tree (fundo desta página)
é quase como um segundo hino nacional. |
Em frente à cidade encontram-se as Toronto Islands,
conjunto de pequenas ilhas interligadas entre si (Algonquin, Muggs,
Olympic), que vistas à distância parecem formar um tapete verde,
tornando quase impossível resistir à tentação de ir até lá e
conhecê-las mais de perto. Se este for seu caso, a melhor forma de
chegar lá é pegando as embarcações que zarpam do Ferrydocks
(situado no Queen’s Quay W 9), entre as ruas Yonge e Bay. Ao chegar nas
ilhas é possível alugar bicicletas ou botes a remo para circular à
vontade entre elas. Aproveite para visitar também Gibraltar Point Lighthouse, farol construído em 1808, todo em pedra. Na ilha situa-se
ainda o Toronto Island / Billy Bishop Airport de onde operam vôos de curta distância.
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Toronto Islands
e Lago Ontario |
Toronto
e Lago Ontario
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Sim,
Toronto não é propriamente uma cidade turística, ela é lembrada
principalmente como importante pólo empresarial e de negócios, mas nem
por isso deve ser descartada por quem está a passeio. A maior e
principal cidade do Canadá é um orgulho para sua população e para seu
país, pela pujança, dinamismo, diversidade étnica, artística e
cultural, e oferece muito para ver e fazer. A silhueta da cidade espelhada nas águas do lago
Ontario já deixa claro aos visitantes que chegam que em Toronto
dificilmente alguém irá sofrer de tédio ou falta do que fazer. Procure
visitar a cidade fora dos meses frios, quando as atrações turísticas
estão todas abertas e as temperaturas amenas são ideais para caminhadas
ao ar livre, e assim você terá todas as condições de aproveitar ao máximo
sua visita.
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Fotos em alta resolução de Toronto
In Days of yore, from Britain's shore,
Wolfe, the dauntless hero came,
And planted firm Britannia's flag,
On Canada's fair domain.
Here may it wave, our boast, our pride,
And joined in love together,
The thistle, shamrock, rose entwine,
The Maple Leaf forever!
The Maple Leaf, our emblem dear,
The Maple Leaf forever!
God save our King, and Heaven bless,
The Maple Leaf forever!
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