Valparaiso: Cerro Artilleria. |
Muita
gente que visita Santiago do Chile aproveita para dar um passeio e
esticar até o litoral, situado a cerca de 90 minutos de viagem, e conhecer
as cidades de Viña del Mar e Valparaiso, o que é boa idéia. E muita
gente faz este passeio indo e voltando no mesmo dia, o que não é boa
idéia. Embora sejam cidades relativamente pequenas, ir até lá somente
para passar algumas horas percorrendo, dentro de um ônibus turístico,
as ruas das duas cidades é desperdiçar a oportunidade de conhecer
melhor e mais de perto estas duas jóias incrustadas no Pacífico. São
duas cidades completamente diferentes, mas que se complementam. Uma é
parte importante da história do Chile e destacado pólo comercial, outra
é badalado resort turístico e animado point de verão. Viña e Valparaiso
são duas e ao mesmo tempo uma só. Podem ser percorridas, mas nunca
conhecidas em somente um dia. |
Alugamos
um carro para visitar esta região, e para chegar ao litoral seguimos a
'Ruta 68' e depois a 'Autopista del Pacifico'. As duas estradas são
ótimas e muito bem pavimentadas, e ao longo do caminho, muitas
vinícolas nos tentavam, com seus cartazes, a desviar da rota original e
ir provar seus famosos vinhos. Mas resistimos à tentação, ao menos no
trajeto de ida... Já tinhamos decidimos nos hospedar em Viña, portanto
fomos direto para lá, e a medida que chegávamos, quando a estrada desce
a montanha em direção ao litoral, é que se pode perceber com facilidade
como as duas cidades foram construídas numa estreita faixa de terra
compreendia entre o mar e as montanhas. À medida que a estrada deixava
de ser estrada e se transformada em rua, surgiam também casas, escolas,
hotéis, restaurantes e logo à frente, bem à nossa frente, a imensidão
do Oceano Pacífico. |
Viña del Mar: Litoral e avenida San Martín |
Vídeo: Valparaiso.
Valparaiso: Residências subindo as encostas |
Valparaíso
tem cerca de trezentos mil habitantes, os íntimos a conhecem por
'Valpo', e surgiu e cresceu graças ao Oceano Pacífico. Beneficiada pelo
comércio marítimo, a cidade chegou a ser a principal e mais
movimentadas do Chile. É uma cidade histórica, com prédios
antigos, monumentos, ruas estreitas, algumas construções mal
conservadas e outras abandonadas, pracinhas com residentes tomando sol,
curiosidades, restaurantes oferecendo comida boa e barata, artesanato,
colinas cobertas por residências coloridas, painéis de rua inspirados
na cultura local, planos inclinados (ascensores) transportando morro
acima e abaixo mulheres com suas compras carregando crianças de colo,
sóbrios prédios governamentais, trabalhadores circulando nas ruas
misturados a alegres mochileiros americanos e barulhentos turistas
alemães. Valparaíso é uma cidade autêntica, e não um lugar construído
para receber turistas, o que é diferente. O turismo aqui consiste em
explorar suas ruas, cultura, locais históricos, características,
eventos artísticos, tudo preferencialmente a pé. Sem frescuras. |
Enquanto
isso Viña del Mar (Viña para os íntimos), na verdade um município de
Valparaíso, representa o outro lado da história. Ela é uma cidade
turística tradicional, com praias, cassinos, áreas verdes, belas
residências, hotéis diversos, restaurantes temáticos, modernos prédios
residenciais, palmeiras, charretes puxadas a cavalo passeando frente à
praia, lojas de chocolate artesanal, praças bem tratadas, barzinhos e
cafés descolados, lojas de lembranças e artesanato, turistas americanos
e japoneses com suas Nikon e Canon. Viña del Mar é um point badalado e
o turismo aqui consiste em curtir sua praia, fazer compras, hospedar-se
num resort cheio de mordomias com vista para o mar, jantar num bom
restaurante e passear de charrete à beira mar. Com todas as frescuras
que se tem direito. |
Viña: Residências da Avenida Uno Norte |
Mas
a verdade é que a grande maioria dos visitantes não se enquadra somente
num caso ou no outro. Uma moeda tem duas faces e o ideal é curtir o
melhor dos dois lados, e foi isso que fizemos. Não nos hospedamos num
resort de luxo, nem num hostel. Optamos pela hospedagem em Viña, num
hotel que não ficava frente ao mar, mas que nos pareceu acolhedor e de
bom preço, o Tres Poniente,
situado na Calle Tres Poniente 70, e gostamos, apesar de na
chegada terem feito confusão com nossas reservas e na saída terem
feito
confusão com nossas ligações telefônicas. Mesmo assim, o gerente foi
super gentil e resolveu tudo. Existem, no entanto, muitas outras opções
de hospedagem na cidade, diversas localizadas frente ao mar, e que que
não costumam lotar nesta época (fomos em novembro). Um dia completo em
cada cidade será suficiente para ter uma ótima noção das duas, e
conhecer suas principais atrações.
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Valparaiso: Típico painel de rua |
O período
dourado de Valparaíso ocorreu entre 1848 e 1914, quando a cidade teve
um crescimento extraordinário, beneficiada por seu porto, através do
qual chegavam todas as semanas centenas de imigrantes europeus. Na
época Valparaíso foi mais importante que Santiago, e viu surgirem
centenas de belas construções ao estilo arquitetônico do países de
origem de seus imigrantes, vindos principalmente da Inglaterra,
Alemanha e Itália. Após a primeira guerra mundial, a cidade entrou em
período de declínio, e viu grande parte de sua população de melhor
renda se transferir para outros lugares, como Santiago e Viña del Mar.
Foi somente a partir dos anos 90 que tomou vulto o movimento visando
preservar sua história e herança cultural. Com o reconhecimento, por
parte de diversas entidades internacionais, do valor deste legado, e o
conseqüente aumento do fluxo turístico, Valparaíso renasceu, e voltou a
desempenhar um papel importante para o Chile. |
Viña del Mar teve origem na
fusão de algumas propriedades agrícolas, onde, entre outras coisas, se
plantavam vinhedos (vinhas, em espanhol Viña). Cruzando estas regiões
corria o rio Marga Marga, que deságua no Pacífico. Após a fusão, a
região vinícola, por estar situada frente ao mar, passou a ser
conhecida como Viña del Mar. Somente em 1855 foi inaugurada a ferrovia
ligando Viña a Valparaíso, fazendo com que as famílias ricas de
Valparaíso adquirissem o hábito de vir a Viña para tomar banhos
de mar, na época considerado um tratamento indicado para diversas
enfermidades. Viña foi aos poucos deixando de ser uma região rural e
assumindo cada vez mais o papel de refúgio dos ricos e famosos de
Valparaíso. Com o tempo, o hábito deixou de ser exclusividade das
elites e tornou-se difundido entre todas as classes sociais, fazendo de
Viña um famoso point turístico.
Em
2003 a área do centro histórico de Valparaíso foi declarada pela UNESCO
como Patrimônio Cultural da Humanidade, o que foi justo. A cidade
espalha-se entre o mar e as montanhas, subindo e descendo sobre 42
colinas, e com o tempo, estas elevações se transformaram na principal
atração turística da cidade, pois além de fornecer uma visão
privilegiada da baía de Valparaíso e de suas águas azuis, abrigam
centenas de pequenos restaurantes, hotéis, bares e muitas residências
modernizadas por dentro mas que mantem o aspecto histórico por fora.
Percorrer estes morros é um programa turístico tradicional, embora seja
também como percorrer um labirinto. Por esta razão muitos turistas
optam por percorrer a cidade levados por guias particulares, que
conhecem bem cada bairro, morro, suas características, atrações e
curiosidades. Sabem o que deve ser visto e o que deve ser evitado. |
Valparaíso: Plaza Hechaurren |
Alguns bairros
elevados que lugares que valem a pena ser visitados em
Valparaíso: Cerro Alegre e Cerro Concepción (colinas de onde se
desfruta belas vistas da cidade e do mar) e Cerro Bellavista
(área residencial,
onde são freqüentes os murais com pinturas artísticas, como o mostrado
um pouco acima). Visite
também La Sebastiana, como é conhecida a casa que pertenceu ao poeta
Pablo Neruda (também em Cerro Bellavista) e não perca a chance de
conhecer o Museo Naval y Marítimo (no Paseo 21 de Mayo).
Valparaiso: Ascensor Artillería |
Ir
a Valparaíso e não andar num de seus 'Ascensores' é como visitar o Rio
de Janeiro e não conhecer o Bondinho do Pão de Açúcar. Eles são um dos
grandes atrativos de Valparaíso e para andar muitos deles não é
necessário nenhum guia. Numa cidade construída sobre montanhas, estes
elevadores foram uma necessidade, surgiram para facilitar a vida de
seus moradores e acabaram se transformando numa das
principais marcas turísticas de Valparaiso. São dezenas, alguns
próximos ao litoral, outros nos bairros internos, e quase todos são
centenários mas continuam a funcionar. Todos são considerados
Monumentos Nacionais. Para andar basta pagar a passagem (muito barata)
e entrar. Eles passam o dia inteiro subindo e descendo.
Na foto ao lado, um dos ascensores mais famosos da cidade, situado em frente ao porto, o 'Ascensor Artillería'.
Inaugurado em 1893, ele liga a ‘Plaza Weelwright’ a uma agradável
plataforma superior, conhecida como ‘Paseo 21 de Mayo’. O
desnível vencido pelo plano inclinado é de 50 metros, percorridos em
cerca de dois minutos num vagão de madeira com capacidade para vinte e
cinco pessoas. O passeio é super divertido, mas talvez melhor
ainda seja a vista da plataforma superior, onde se encontram também
diversas tendas de artesanato e alguns cafés. |
Outros
ascensores de Valparaíso são o Ascensor Barón, Ascensor Concepción,
Ascensor Cordillera, Ascensor Espíritu Santo, Ascensor Florida,
Ascensor Larraín, Ascensor Lecheros, Ascensor Mariposa, Ascensor
Monjas, Ascensor el Peral, Ascensor Polanco, Ascensor Reina Victoria,
Ascensor San Agustín e Ascensor Villaseca. Cada um numa colina, alguns
são fáceis de encontrar, outros nem tanto, alguns são mais turísticos e
outros usados principalmente pelos moradores locais. O primeiro deles
foi o Ascensor Concepción', também conhecido como 'Ascensor
Turri', inaugurado em 1883 e ainda em serviço.
Nem todos estão
abertos todos os dias, e freqüentemente um ou outro fecha para
reformas, mas procure conhecer ao menos uns dois ou três. Se tiver
dificuldade de se orientar na cidade, ou não se sentir muito à vontade
em certas regiões, peça ajuda de um guia local. Com certeza seu hotel
poderá providenciar um para lhe acompanhar nos passeios pela cidade. Site com informações sobre os ascensores: Capital Cultural.
Vídeo: Ascensor Artillería
Ao
lado, uma imagem do 'Paseo 21 de Mayo', um daqueles lugares imperdíveis
de Valparaíso. Sente aqui por uma meia hora e fique observando o
movimento dos barcos e das gaivotas, lá embaixo. O visual é de cair o
queixo. Depois siga em frente e visita a feirinha de artesanato, que
faz muito sucesso entre turistas. Um item local que faz sempre muito
sucesso são as pedras (gemas) conhecidas como Lápislázuli, como o nome
sugere, azuis e muito bonitas. Este rocha é encontrada no Chile,
Afeganistão, e poucos outros países, e oferecida na forma de anéis,
colares e outros adornos. Uma peça pequena não é cara, por isso não
deixe passar a chance de escolher alguma para você ou para presentear. |
Valparaíso: Paseo 21 de Mayo e vista da baía |
O comércio é todo feito em
lojas pequenas, ao longo das ruas, e justamente aí reside parte de seu
charme. Verdureiros, quitandas, bares, padarias (com pães e biscoitos
deliciosos). Mesmo assim, na extremidade leste da Avenida Brasil
(paralela ao porto) há um centro comercial com supermercado e algumas
grandes lojas, como a badalada Paris. A vida noturna de Valparaiso é
bem animada, principalmente nos fins de semana, começando por volta de
de meia noite e atravessando toda madrugada, sendo que diversos bares
tem música ao vivo. Tomar uma bebida qualquer por aqui é conhecido como
'Salir de Carrete'. Como todo mundo sabe, o vinho chileno está entre os
melhores do mundo e a cerveja também é boa. Alguns bares sempre
lembrados são 'La Torre' (Av Brasil 2390, muito frequentado por jovens) e 'La Piedra
Feliz' (Errázuriz 1054, mais freqüentado por coroas).
Quem está de carro é bom saber
que dirigir em Viña é fácil, pois as ruas são organizadas
geometricamente e tem numeração sequencial. Ao contrário, dirigir em
Valparaiso pode ser complicado, pois a cidade cresceu e desenvolver-se
aleatoriamente, entre o litoral e os morros e tem centenas de ruas
estreitas e íngremes, que podem confundir quem não conhece o lugar.
Valparaíso não está entre as cidades mais seguras do Chile, embora nem
por isso possa ser considerada violenta. É recomendável usar sempre de
bom senso, evitando exibir objetos que chamem atenção, como celulares
ou câmeras caras, principalmente na área próxima ao porto.
Valparaíso é ligada por linhas
de ônibus a Santiago, o percurso leva aproximadamente uma hora e meia,
e as saídas acontecem várias vezes por dia.
Viña: Hotel e Cassino Del Mar |
Ao
lado, o Hotel e Cassino del Mar, situado em Viña, frente ao mar, na área mais nobre
da cidade. Bem situado, próximo ao centro e das principais atrações, o
hotel é a principal referência turística da cidade. Correndo quase
paralela à praia, a avenida Libertad é a principal via comercial de
Viña, e ligando as duas corre a 'Avenida Cuatro Norte', também uma
artéria movimentada. É muito fácil se orientar em Viña, porque todas as
ruas são numeradas em ordem crescente (Uno Poniente, Dos Poniente, Três
Poniente... Tres Norte, Cuatro Norte, Cinco Norte... etc). É como se
Viña tivesse dois centros, sendo o primeiro junto ao mar (o centro
turístico), e o outro ao longo da Ave Libertad (o centro tradicional).
Entre estas duas áreas, suas ruas, todas organizadas geometricamente
abrigam centenas de simpáticas residências, mercadinhos e pequenos
prédios residenciais. |
Na última semana do ano,
Valparaíso comemora uma festa popular ao estilo do carnaval.
Apresentações de danças e músicas típicas acontecem pelas ruas da
cidade, e é tudo grátis. Esta é uma das melhores épocas para visitar a
cidade, mas faça reserva de hotel com antecedência, porque quase todos
ficam lotados.
Sugestão
de roteiro turístico em Viña: Siga pela avenida Libertad até a praça
onde situa-se o 'Museu Fonck' (Calle 4 norte), onde está também um dos
únicos três Moais não situados na Ilha da Páscoa. Depois continue pela
avenida Libertad e atravesse a movimentada ponte sobre o que lembra o
leito do rio Marga Marga e você chegará frente ao Hotel O’Higgins e à
Plaza de Viña, o coração comercial da cidade. Logo em frente, do outro
lado da praça, você verá a 'Iglesia de Nuestra Señora de los Dolores de
Viña', que vale uma visita. Depois volte um pouquinho, dobre à direita
e siga pela 'Calle Valparaíso', que corresponde ao centro comercial da
cidade. Aqui estão lojinhas diversas, com destaque para algumas
oferecendo chocolates e doces típicos locais. Impossível não
experimentar. |
Viña: Moai trazido da Ilha da Páscoa |
Para quem não lembra: Moai é o
nome dado às gigantes esculturas (mais de 800) esculpidas em pedra
monolítica pela civilização Rapa Nui, nativa da Ilha da Páscoa, entre
os anos 1250 e 1500. O maior Moai pesava 82 toneladas e tinha 10 metros
de altura. Até hoje não se tem certeza sobre os motivos que levaram à
construção de tantos Moais, nem porque eles eram posicionados junto ao
litoral, com os rostos sempre voltados para o mar. O Moai de Viña tem
três metros de altura, e é um dos três únicos ainda existentes não
situados na Ilha da Páscoa. Curiosidade: A ilha da Páscoa, um
território chileno, está situado a 3.800 km do litoral do país, mas as
chamadas telefônicas entre Viña e a Ilha são consideradas como chamadas
locais.
Viña: Calle Valparaíso (área comercial) |
Quando
chegar a hora do almoço nossa sugestão é ir à 'Parrila El Gaucho' (av
San Martin 435), situado próximo ao Cassino, que tem carnes muito
saborosas e pratos bem servidos. O restaurante é freqüentado não só por
turistas, mas também pelos moradores locais e não é caro. Mas em geral,
como em toda cidade praiana, o forte da cozinha local são os peixes.
Restaurantes oferecendo 'Sea Food' existem às dúzias, oferecendo
caranguejos gigantes, camarões, peixe grelhado ou mariscos, preparados
de várias formas, assados, em sopa etc. Experimente, por exemplo, o 'La
Gatita' (Av Borgoño, Camiño Costero). Uma vantagem dos restaurantes
locais é a possibilidade de acompanhar sua refeição com os vinhos
chilenos, reconhecidamente excelentes, e a preços muito inferiores ao
que estamos acostumados. Sejam vinhos populares ou finos, dificilmente
alguém encontrará num restaurante um vinho que não corresponda à
expectativa. Sobremesas? Alfajores! Eles podem ser encontrados em todo
lugar, com uma variedade incrível. |
Um dos pratos típicos mais
vistos na em Valparaíso é 'Chorrillana', basicamente batatas fritas com
cobertura de cebola, carne e ovos. Próximo
ao 'Muelle' (antigo molhe abandonado) existem diversos restaurantes
servindo comida marítima, a bons preços. Outra área com diversos
restaurantes é 'Mercado Puerto', próximo ao local de partida do Ascensor Artillería. Já em Viña se encontram restaurantes mais sofisticados, e mesmo especializados na culinária de outros países.
A
distância entre Viña e Valparaíso é de apenas sete quilômetros, e a
estrada que liga as duas, serpenteando entre o mar e as montanhas,
oferece belos visuais. Quem não está de carro e gostaria de curtir um
típico transporte local, pode embarcar no 'Metro Valparaíso/
Merval', linha de metrô urbano que liga as duas cidades. A passagem é
apenas um pouco mais cara que pegar um ônibus.
Vídeo: Estrada entre Valparaíso e Viña.
Ao chegar em Valparaíso tome como referência central a Plaza Sotomayor,
onde estão glorificados os heróis e as conquistas navais chilenas. No
centro um grande monumento homenageia os heróis da batalha naval de
Iquique, travada durante a chamada ‘Guerra Del Pacifico’ (1879–1883),
representando vultos importantes da história do país, como Prat,
Serrano e Riquelme. Sob o monumento uma cripta guardas os restos
mortais de Prat e outros heróis chilenos. Todos os anos, nos dias 20 e
21 de maio esta praça é cenário de uma comemoração homenageando os
heróis chilenos, com música e festejos diversos. No entorno do
monumento estão também diversos prédios importantes como a 'Estación
Puerto', 'Comandancia General de Bomberos' e o 'Edificio de la Ex
Intendencia de Valparaíso', sede do primeiro governo. |
Valparaíso: Monumento aos Heróis de Iquique, Plaza Sotomayor
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Quem está de carro
encontrará por aqui diversos estacionamentos públicos, geralmente
instalados em espaços ao ar livre com alguém tomando conta. Deixamos
nosso carro num deles e não tivemos problema algum. Siga então pela rua
Bustamante, curtindo seu jeito informal, com diversos bares e
restaurantes, até chegar à Plaza Echaurren. Esta foi a primeira praça
da cidade, à época em que Valparaíso ainda era colônia espanhola. Neste
local funcionou o 'Cabildo' (prédio da administração central) da
cidade. A praça teve como primeiro nome 'Plaza de Armas' (nela eram
guardadas os armamentos do exército espanhol) e ganhou o nome de 'Plaza
Francisco Echaurren' em homenagem ao administrador da cidade (1870),
responsável por diversas obras que trouxeram progresso à Valparaíso.
A partir da Plaza
Echaurren sobem rumo aos morros diversas ruelas estreitas e sinuosas,
que oferecem um convite irresistivel para quem deseja explorar a parte
superior da cidade. Se você prefere não subir pelas ruelas, sugerimos
ir até a Plaza Whellright, de onde parte o Ascensor Artillería. Você
pode comprar o bilhete, subir a colina sem se cansar e continuar de lá
sua exploração pela parte alta da cidade.
Viña: Rochedos do litoral norte |
Quem
gosta de shoppings não vai ficar decepcionado em Viña, basta ir ao
Marina Arauco Mall (Av 14 Norte 821), onde estão ótimas lojas chilenas,
como a Paris, Rippley e um grande supermercado Lider. O Mall Marina
Arauco é ainda conectado por passarelas aos shoppings Espacio Urbano
Mall e Boulevard Marina. E se estiver de carro, aproveite para seguir
ainda mais além, rumo norte, pelo llitoral, pelas avenidas Jorge Montt
e Bergono, que seguem entre o mar e as montanhas. Toda esta região
litorânea é muito bonita, considerada área nobre de Viña, e por aqui
estão diversos resorts exclusivos, bons hotéis, belas residências. Em
certos trechos não deixe de dar uma parada para apreciar o mar e as
rochas. |
Valparaíso e Viña tem clima
ameno durante a maior parte do ano, com verões secos. Em dezembro as
temperaturas costumam escilar entre 10 e 22 graus, e em julho entre 7 e
15 graus centígrados. Manhãs com névoas espessas são também frequentes
durante os meses de inverno, devido à proximidade com o mar. E sim,
toda esta região está sujeita a terremotos, mas isto não é novidade
para ninguém, e não deve servir de motivo para desanimar ninguém. Eles
acontecem, mas são raros.
Em
Viña não deixe de conhecer ainda 'La Quinta Vergara', um belo jardim
com árvores trazidas do Canada e China, depois passe no 'Plaza del
Reloj', como o nome sugere, um relógio construído com flores, situado
próximo ao mar. Siga depois em direção ao mar e próximo ao Hotel
Miramar verá o 'Castillo Wulff', residência na forma de um castelo, que
foi construído por imigrantes alemães. Vá também ao 'Museo Artequin en
Viña del Mar', museu interativo com reproduções de obras de
artistas ocidentais E não esqueça de conhecer o 'Museo Fonck', situado
junto à escultura Moai, museu de arqueologia, com importantes coleções
culturais, como as das civilizações Rapanui, Atacameños e Diaguitas. |
Viña: Plaza de Viña |
Um evento famoso em Viña é seu
'Festival de la Cancion', que acontece todos os anos, em fevereiro,
época em que muita gente vem para cá, curtir as músicas e celebridades
que comparecem à cidade. ', em referência ao seu valioso legado histórico e belezas naturais. Todos os anos, durante o verão, o porto da cidade recebe dezenas de transatlânticos de luxo, lotados de turistas. Sites úteis sobre a cidade: Valparaíso
Viña: Anoitecer no estuário do rio Marga Marga |
Valparaíso
é conhecida como a 'Jóia do Pacífico, enquanto Viña del Mar é conhecida
como 'La Ciudad Jardín'. São duas metades da mesma moeda, completamente
diferentes, e ambas totalmente imperdíveis. Quem estiver passando uns
dias em Santiago não deve deixar de dar uma esticada até o litoral do
Pacífico e conhecer estas duas gemas. Mas não tenha muita pressa e
evite os pacotes tipo ir e voltar no mesmo dia. Dois dias completos já
serão suficientes para conhecer o melhor desta região e com certeza vão
lhe deixar com ótimas recordações. Mas cá entre nós, se conseguir ficar
lá uns três dias vai curtir ainda mais... |
Diversas fotos em alta resolução de Valparaíso e Viña del Mar
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