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Blois, na verdade, é um conjunto de quatro castelos em um. A razão é que sua construção ocorreu em quatro fases distintas, em épocas diferentes. A parte mais antiga, é chamada de Chateau dês Comtes de Blois (concluída em 1210). Após veio a ala Luiz XII (1503), seguida pela ala François I (1524), e a ala Gaston d’Orleans(1638). Unidas num único prédio, elas formam um quadrilátero com um pátio interno.
Balzac, quando visitou o castelo, em 1841, referiu-se à Blois da seguinte forma: “Esta imensa construção nos oferece no mesmo lugar um painel completo e exato da grande representação da vida dos países, à qual chamamos arquitetura”. |
Sete reis e onze rainhas viveram em Blois entre 1500 e 1715. Na fachada do prédio estão ainda bem visíveis os animais heráldicos representativos destas linhagens reais. Vê-se a salamandra de François I, o porco-espinho e Luiz XII, o L de Luiz, A de Anne de Bretagne, e C de Claude de France, freqüentemente confundido com as iniciais de Catherine de Médicis, também uma das mais famosas e importantes moradoras do chateau.
Foi em Blois que nasceu o rei Luiz XII, em 1498. O castelo se tornaria a partir desta data o centro do poder na França, no que seria um dos períodos mais conturbados do país. Durante o período em que Blois foi ocupado por Gaston d’Orleans, como este era um dos conspiradores contra o rei Luiz XIII, irmão de Gaston, o castelo caiu em desgraça, e chegou-se a cogitar de sua destruição, o que só foi evitado devido à sua transformação em caserna. |
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Site oficial: Chateau de Blois
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Durante a revolução Francesa, no entanto, o castelo foi duramente atingido, com a destruição da estátua de Luiz XII, e com o desaparecimento de todos os símbolos monarquistas gravados nas paredes e tetos. Blois só iria renascer a partir de 1830, no reinado de Luiz Philippe, duque de Orleans.
Daí para frente, com o aumento do interesse pela história da França e pelo patrimônio da nação, é que Blois ficou a salvo do esquecimento e destruição. Este foi o primeiro de uma série de castelos a ser considerado como patrimônio histórico pelo Service de Monuments Historiques, organização criada em 1837, e graças a isto sofreu uma meticulosa e detalhada restauração entre 1844 e 1870. |
Um dos detalhes arquitetônicos mais importantes de Blois são suas escadarias, dentre as quais a dominante é a de François I, existente no centro da fachada desta ala. Outro ponto marcante e de alto simbolismo é a estátua eqüestre de Luiz XII, esculpida na própria fachada, dominando o pátio interno do palácio.
O interior de Blois, outro ponto de destaque é a galeria da rainha, local que na época tinha uma função primordial no chateau. Era local de passagem, mas também de recepções e de conversações íntimas. O local foi restaurado e é um dos pontos mais bonitos da visita. Veja também a sala da capitania da guarda, a sala da guarda, o dormitório da rainha, oratório, o gabinete, sala do conselho, dormitório do rei, galeria do rei, e a Sala de Estado, entre outras.
Para chegar até Blois, saindo de Paris, pegue a auto-estrada A10, direção sul e siga até a saída 17, na direção centre ville. Para chegar ao chateau a partir daí basta seguir as placas indicativas. Também é possível chegar à cidade de trem. |
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