Campos irlandeses |
Talvez
por ficar meio deslocada em relação ao resto da Europa ou por ser uma
ilha ou sabe-se lá por qual razão, nossa visita à Irlanda foi diversas
vezes adiada, até que um dia concluímos que não era mais possível
deixar pra lá. Tínhamos que conhecer a Ilha das Esmeraldas. Montamos um roteiro, compramos
as passagens, embarcamos num avião da Aer Lingus, e antes que nos
déssemos conta, estávamos sobrevoando um cenário encantador, onde, mesmo à distância, já
era possível vislumbrar pequenas construções, estradinhas sinuosas,
campos cultivados, igreja, vilarejos e um ou outro castelo. E tudo aquilo junto formava um cenário que, de tão bonito, nem
parecia real. E a cor predominante era o verde, em seus diversos tons e
matizes, desenhando uma imagem que justificava plenamente o apelido
do país. Sim, estávamos finalmente chegando à Ilha
das Esmeraldas. E mesmo antes de aterrissar já nos perguntávamos porque
tínhamos esperado tanto para ir lá. |
Vídeo: Aterrissagem em Dublin, voando Aer Lingus.
Nossa primeira impressão do país foi ótima, pois encontramos em Dublin um Aeroporto
moderno e eficiente. E logo depois a boa impressão aumentou ainda mais,
graças à simpatia da oficial de imigração, que ao ver nossos
passaportes
brasileiros comentou com um sorriso: Vocês trouxeram o sol. Pois é,
todo mundo dizia que íamos pegar muita chuva por aqui, mas,
coincidência
ou não, descobrimos que a chuva tinha parado naquela manhã. E pelo
resto
do dia o sol brilhou num céu azul. O lado curioso da
chegada foi ver que, até no aeroporto, tudo é escrito também na língua
local. O idioma Gaeilge, também conhecido como Gaelic surgiu na própria
Irlanda e foi a língua predominante no país durante praticamente
toda sua história. Somente a partir do século XVII, com o início da
dominação
inglesa, o idioma passou a ser visto como uma ameaça aos britânicos, e
o inglês foi praticamente imposto à população. |
Esteira de bagagens do aeroporto |
Atualmente o ensino do Gaeilge
continua a ser feito em algumas escolas, mas somente uma pequena
parcela da população fala o idioma no dia a dia. Na verdade, pouca
gente se interessa em aprender o Gaeilge, mesmo assim, em locais
públicos, placas de trânsito, nomes de rua e em outros locais ele está
quase sempre presente. Segundo pesquisas, grande parte da população
considera
o idioma como um dos símbolos da cultura irlandesa, embora na prática
tenha pouca utilidade. Este mesmo idioma, com algumas modificações, foi
no passado adotado na Escócia e Gales, e também lá ele hoje sobrevive
com dificuldade. Portanto, quem vai à Irlanda não precisa se preocupar
em
aprender o Gaeilge, porque no dia a dia todo mundo fala inglês.
Veja abaixo algumas placas de informações com grafia nos idiomas Gaeilge e inglês.
Rio Liffey e Dublin Quays |
Nos hospedamos no hotel Jurys Inn Christchurch,
situado bem próximo ao coração histórico da cidade. É um hotel bom e
com serviço eficiente, embora considerando o preço, poderia ter quartos
mais espaçosos. Depois de deixar as malas no quarto saímos para explorar os
arredores, e nossa primeira impressão foi que... não tínhamos saído do
Brasil. Poucas vezes já encontramos em cidades do exterior tanta gente
falando
português. A todo momento passavam por nós grupos de jovens
animados, rindo e falando alto, em português do Brasil. É claro que
tivemos que
descobrir porque Dublin é uma escolha de tantos brasileiros e não
sossegamos até descobrir porque Dublin
é uma preferência verde-amarela. Foi uma
simpática catarinense quem nos explicou que os preços aqui são bem mais em
conta que no resto da Europa, e os irlandeses recebem muito bem aos brasileiros, razão pela qual muita gente ver fazer
intercâmbio ou estudar aqui. |
Dublin é cortada ao meio pelo rio Liffey,
e as duas metades de cidade tem características diferentes. A margem
sul é conhecida pela boemia de Temple Bar, com seus diversos bares,
galerias de arte, restaurantes e música ao vivo, sendo que sua área
comercial situa-se principalmente ao longo de Grafton Street e
arredores. Também aqui estão importantes marcos históricos da cidade,
como o Trinity College e Dublin Castle. Na margem norte estão situados
os shoppings, lojas famosas, o centro financeiro da cidade e também uma
boa área comercial, situada ao longo da O'Connell Street e Mary
Street. Mais afastadas da região central, as duas metades de Dublin são
praticamente iguais, com trânsito organizado, residências de aspecto
agradável, muitas praças, ruas arborizadas, comércio muito variado. É
uma cidade agradável de se percorrer e que transmite impressão de
segurança. |
Esquina de Grafton e Cornell Streets |
Grafton Street, rua comercial exclusiva de pedestres, na margem sul do Liffey river |
A Grafton Street
é um dos points mais badalados da cidade. É uma rua exclusiva de
pedestres, com pouco mais de quinhentos metros de extensão situada
entre Trinity College e St Stephen Green e abriga, lado a lado, lojas de
todo estilo. Sapatarias, lojas de roupas, eletrônicos, delicatessen,
telefonia, restaurantes, quiosques de flores, músicos de rua, ela é
imperdível para um turista. Depois de percorrê-la siga até Georges Street Arcade
(entre Drury Street e South Great Georges Street), mercado construído
num antigo prédio Vitoriano, com paredes de tijolos vermelhos e teto de
vidro, que abriga dezenas de bancas de pratos típicos, lanches, chás,
cafés, roupas, artesanato, livros, e curiosidades diversas. |
Um pouco antes de percorrermos a Grafton Street passamos pelo principal castelo da cidade, o Dublin Castle
(em irlandês Caisleán Bhaile Átha Cliath). A primeira construção
erguida neste local surgiu, ao que consta, no século XII. Através dos
séculos, como quase todos castelos, sofreu diversas modificações,
acréscimos, desabamentos, desempenhou muitas funções, militares e
administrativas e foi habitado por nobres e governantes locais. A partir
de 1922, após a criação do Estado Irlandês, passou a ser a residência
oficial do primeiro governo. Originalmente, o castelo era
parte das muralhas que circundavam Dublin, e que, juntamente com o rio,
formavam a defesa natural do povoado que deu origem à cidade. |
Dublin Castle |
O castelo de
Dublin teve um papel determinante durante as lutas pela independência
travadas entre ingleses e irlandeses, inclusive no domingo de 1920 que ficou
conhecido como Bloody Sunday. O episódio serviria, anos mais tarde, para inspirar uma música do U2. Atualmente o castelo é
utilizado para cerimônias de Estado e é também uma das principais
atrações turísticas da cidade, com destaque para os aposentos
conhecidos como State Apartments, que incluem a Drawing Room, Throne
Room, Dining Room e State Bedrooms. Ao visitar o castelo não esqueça de conferir também
Saint Patrick's Hall.
Ruas de Temple Bar |
A região conhecida como Temple Bar
é a parte boêmia de Dublin. Aqui estão incontáveis bares, restaurantes,
pubs, locais com música ao vivo, pequenos hotéis, galerias, lojinhas,
ambientes decorados com bandeiras e faixas, e cores berrantes, tudo
distribuído ao longo de ruas estreitas, algumas com aspecto medieval,
que fazem a alegria dos turistas e deleite dos habitantes locais. A região está
situada na margem sul do Liffey, e é delimitada pelo próprio rio e
pelas ruas Dame, Westmoreland e Fishamble. Mesmo quem não curte muito a
vida boêmia não pode deixar de percorrer este trecho da cidade, seja de dia ou à
noite. |
Independente das atrações culturais de Temple Bar, que são muitas - Irish Photography Centre, Temple Bar Gallery and Studios, Gaiety School of Acting
– o visual das construções, quase todas muito antigas e diversas
construídas com pedras, é bonito, inspirador e rende ótimas fotos.
A primeira imagem que nos veio à mente quando chegamos em Trinity College,
foi Hogwarts, a escola de magia e bruxaria de Harry Potter. Os prédios
que compõe esta conceituada universidade de Dublin são um dos símbolos
da cidade e o conjunto arquitetônico formado por seus diversos prédios
é de uma beleza única. O lugar parece irradiar uma aura de conhecimento. Qualquer um pode entrar aqui, percorrer seus parques e
jardins, sentar nos bancos, tomar um café ao ar livre e curtir o
movimento dos jovens, docentes e muitos turistas em volta, escolhendo
os melhores ângulos para fotografar. |
Triniy College, The Campanille |
O Triniy College (Faculdade da
Trindade, também conhecido como Universidade de Dublin) é a principal
faculdade do país e foi fundada em 1592 pela rainha Elizabeth I,
obedecendo ao padrão das melhores universidades inglesas, como Oxford e Cambridge.
Com o passar dos séculos Dublin cresceu em torno do Triniy College, o
que faz desta faculdade o coração intelectual e também geográfico da cidade.
Seu Campus ocupa uma área aproximada de 190 mil metros quadrados,
distribuídos entre diversos jardins e prédios imponentes, dentre os
quais destaca-se a Campanille, mostrada na foto acima.
Integram o conjunto de prédios a famosa Library of Trinity College,
que guarda cerca de 4,5 milhões de livros e manuscritos diversos, a
histórica Capela, o Examination Graduates Memorial Building e o Museum
Building. Nem todos estão abertos à visitação pública, mas vale
reservar ao menos uma hora para tentar conhecer alguma coisa do local.
Trinity College é uma das principais atrações
turísticas de Dublin.
Henry Street, lado norte da cidade. |
Henry
Street (em irlandês: Sráid Anraí) forma, junto com a Grafton
Street, a dupla de principais ruas comerciais do lado norte de Dublin.
Exclusiva de pedestres desde os anos 80, lá estão dezenas de lojas,
inclusive de redes importantes, como Marks & Spencer e Arnotts.
Junto com Mary Street (prolongamento de Henry Street)
esta área concentra ainda os dois principais shoppings da cidade, Jervis Shopping Centre e ILAC Centre, sendo que este último tem lojas das badaladas Debenhams e Dunnes. Quem procura artigos com bons preços não pode deixar de passar na Penneys, como é chamado o ramo irlandês da Primark. E quem procura um bom lugar para
almoçar ou apenas um chá ou café com doces recomendamos o ótimo
café/restaurante situado no último andar da Debenhams. |
Sandymouth
Strand é uma extensa faixa de areia à beira mar, situada ao sul de
Dublin. É uma região simpática, com residências de aspecto acolhedor,
pintadas de cores fortes com cortinas de renda branca nas janelas. É
um dos lugares preferidos dos Dublinenses para caminhar, correr, andar
de bicicleta ou simplesmente sentar, relaxar ou ler alguma coisa em
frente à baía. Para quem está de carro e quer seguir ainda
mais em frente, o trajeto ao longo do litoral alterna faixas de areia
com áreas construídas, e o ideal é tirar uma tarde para este passeio,
parando aqui ou ali onde der vontade. Ao longo do trajeto pode ser
vista uma das torres de pedra de aspecto medieval - conhecidas como Martello Tower
- que foram construídas pelos ingleses no século XIX como parte de
um sistema defensivo contra a esperada invasão de Napoleão, a qual
nunca aconteceu. Nesta torre agora funciona o James Joyce Museum. |
Sandymount Strand - litoral sul de Dublin |
Depois de
passar por Sandymouth siga pelo litoral até o extremo sul da Strand
Road, no local conhecido como Bray Head. Estacione o carro e siga a pé
até o topo da elevação de onde se tem uma ótima vista da enseada e
suas simpáticas residências. Pequenos hotéis, cafés, estacionamentos à beira mar e um
pequeno parque de diversões dão um aspecto de cidade do interior a esta
localidade. Depois desça e siga até o The Coffee Dock, para
tomar um chá com scones ou um café no deck em frente ao mar.
Castelo Malahide, ao norte de Dublin |
Malahide
Castle (em irlandês Caisleán Mhullach Íde) teve sua construção iniciada
no século XII, graças à Sir Richard Talbot, integrante do círculo
próximo ao rei Henry II durante suas conquistas na Irlanda, e que por
isso
recebeu do soberano muitas terras e propriedades. Por 791 anos a
família
Talbot foi proprietária do castelo e de suas terras e durante este
período o castelo permaneceu praticamente sem mudanças. Somente
durante o reinado de Edward IV foram construídos novos aposentos e, em
1765, erguidas as duas torres. Em 1975, a última descendente da
família Talbot, não conseguindo fazer frente aos elevados custos de
manutenção da propriedade, decidiu vendê-la ao Estado. Após a venda,
Rose foi morar na Tasmânia, onde viveu até 2009, numa propriedade
batizada por ela de Malahide House. |
Malahide Castle
está situado a cerca de vinte quilômetros ao norte de Dublin e é uma
visitar muito interessante. A propriedade tem um amplo estacionamento e
a compra de bilhetes é feita num anexo do castelo, onde podem
também ser compradas lembranças e artigos típicos. No local também há
um bom restaurante e salão de chá. Vale a pena percorrer também os
magníficos parques e jardins da propriedade, situados atrás do castelo.
Dublin
Quays é como são conhecidas as duas vias que correm paralelas ao
rio Leffey, na margem norte e na margem sul. São duas ruas contínuas,
mas seus nomes mudam conforme o trecho e somente o termo 'Quay'
permanece. Por exemplo, City Quay, North Wall Quay, Wood Quay e assim por diante.
Dentre todas, somente três trechos não tem o nome Quay
(Swift's Row, Bachelors Walk e Usher's Island). E cada trecho ou cada
Quay parece ter sua própria personalidade. Alguns são ladeados
por bares e cafés, outros são emoldurados por modernos
prédios de escritórios ou hotéis, e ainda outros tem
galpões de aparência decadente, mas todos oferecem uma
visão diferente da cidade bem no trecho onde ela surgiu, às margens do
Liffey.
A
Samuel Beckett Bridge é uma das mais modernas pontes da cidade e foi inaugurada em 2009, ligando Sir John Rogerson's Quay (margem
sul) a North Wall Quay (margem norte). Seu projeto é de autoria do arquiteto Santiago
Calatrava, que criou uma ponte estaiada capaz de girar sobre um eixo
vertical, de forma a permitir que embarcações maiores subam o rio. Dizem os
dublinenses que, para elaborar seu projeto, o autor se inspirou numa harpa, considerado o instrumento nacional da Irlanda. |
Samuel Beckett Bridge |
Vídeo: Dirigindo em Dublin
The Ferryman Pub |
Há
quem diga que os pubs irlandeses são melhores que os ingleses, enquanto
outros juram que isto é uma grande inverdade. Rivalidades... Não
entendemos muito de Pubs e nem tivemos tempo para tentar
descobrir quem está certo, mas de qualquer forma é inegável que os
pubs de Dublin tem personalidade e principalmente, boas cervejas.
E engana-se quem pensa que são todos iguais. Eles variam no tipo de
decoração, ambiente, bebidas, pratos, clientela e sobretudo no que
poderia ser definido como o 'clima' de cada um.
O nome
Pub deriva da expressão Public House - casa pública - embora na verdade
eles sejam locais privados, com licença para vender bebidas alcoólicas. |
Na verdade
os Pubs são o local preferido de reunião ou diversão, o ponto de encontro
de amigos, perto de casa ou na saída do trabalho, local
preferido para tomar aquela cerveja, jogar dardos ou assistir jogos de
futebol pela televisão. O Pub é, acima de tudo, um pretexto para estar
com amigos, um clube 'quase' fechado, onde a turma se reúne no final do
dia. Mas nem por isso alguém deve ficar constrangido de entrar num Pub
cheio de gente, temendo ser tratado como um estranho no ninho. O pub é
também o lugar onde os irlandeses demonstram saber receber bem os
visitantes de outras terras e dar dicas, sugerir suas bebidas ou pratos
favoritos e em pouco tempo já estão conversando com a gente sobre
qualquer assunto.
Entre a imensa
relação de Pubs de Dublin existe um que, além de agradável e acolhedor,
é muito famoso, mesmo entre turistas, e sua notoriedade deve-se em
parte, a ser o pub mais frequentado pelos músicos do U2, que tinham seu estúdio
de gravação quase ao lado e que passavam aqui freqüentemente para beber
uma loura irlandesa gelada. O 'The Ferryman Pub é também um hotel,
construído no final do século XVIII, junto ao local onde antigamente
operava um ferry, transportando trabalhadores entre as duas margens do
rio Leffey. Hoje o ferry não está mais lá e diversas pontes cruzam o
rio, mesmo assim, o charme e fama do 'The Ferryman Pub continuam
intactos. Dublin tem quase setecentos pubs, sendo o mais antigo o
Brazen Head, fundado em 1198. Na Irlanda é necessário ter dezoito anos
para poder consumir legalmente qualquer bebida alcoólica.
Merrion
Square é um dos endereços mais elegantes de Dublin. Esta praça,
construída a partir de 1762, tem o contorno formado por diversos
imóveis que pertenceram à aristocracia irlandesa. Tudo começou com o
Conde de Kildare, que na época tomou a decisão de construir neste local
- onde até então não havia nada - uma mansão. Após a obra estar
concluída, a residência do Conde - Leinster House - só perdia em luxo e
tamanho para o Castelo de Dublin. Não demorou muito e diversas
outras figuras influentes da sociedade local decidiram imitá-lo e
construir também aqui suas residências, o que acabou fazendo desta
praça um dos locais mais nobres de Dublin.
Merrion Square é atualmente
um retângulo gramado, situado a pouca distância do Trinity College, mas
o que realmente faz sucesso é seu entorno, que tem, ao longo de três
laterais, belos prédios de estilo Georgiano, alguns cobertos com heras
coloridas. A quarta lateral da praça é ocupada pelo conjunto de prédios
que formavam a Leinster House, e que agora abrigam prédios
governamentais, como o Natural History Museum e a National Gallery.
Vídeo: Caminhando pelo centro de Dublin |
Residência de Merrion Square |
A pouca distância seguindo em
direção sul está Fitzwilliam Square, outro endereço muito conhecido
por aqui. Foi ao longo da rua Fitzwilliam Street - que liga estas duas
praças - que a banda U2 gravou em plano seqüência o vídeo 'Swetest
Thing', em que Bono percorre a rua na traseira de um conversível enquanto ao fundo
desfilam bandas escolares, animais e outros grupos musicais. Conta-se
que Bono compôs esta música como pedido de desculpas para sua mulher,
pois no dia de aniversário de casamento, ele ficou preso no estúdio
durante as gravações do álbum Joshua Tree. Curiosamente, a mulher de
Bono, Ali Hewson, também aparece no vídeo. Vídeo: U2 / Swetest Thing
Ponte sobre o rio Liffey
|
E já que
estamos falando de praças, siga depois até Stephen’s Green, situado na
extremidade sul da rua de pedestres Grafton Street. Este parque de
formato retangular é ponto de partida de alguns roteiros turísticos
pela cidade, inclusive dos curiosos ônibus anfíbios operados pela Viking Splash Tour, que cortam as rua
da cidade e depois prosseguem o passeio pelas águas do rio Liffey. O
único problema é que os ingresso para este passeio costumam esgotar
rápido. Mas se isto acontecer com você não desanime, atravesse a rua e
siga até o KC Peaches, um café-restaurante super simpático, ideal para
aquele chá ou café da tarde acompanhado de doces e bolos de fabricação
própria. |
Os principias jornais da cidade são o Irish Times, Irish Independent e Irish Sun.
Embora
a região de Dublin fosse povoada desde a época pré-histórica, a
primeira colônia fixa neste local surgiu graças aos Vikings, que
decidiram estabelecer um povoado junto à foz do rio Liffey. Registros
históricos indicam que esta colônia teria surgido no ano 988 da era
Cristã. Muito mais tarde, já no século XI, após a invasão normanda,
Dublin já tinha crescido muito e se transformado na principal cidade da
ilha. Seu nome tem origem no vocábulo Duibhlind, que no idioma irlandês
antigo era usado para designar um lago próximo ao rio Liffey. A cidade
chegou a ser a segunda maior do império britânico e a partir de 1922,
quando a Irlanda conquistou sua independência, Dublin tornou-se a
capital do novo país. Graças à sua história, Celtas, Vikings, Normandos
e Ingleses são presenças constantes em sua história, embora alguns
sejam lembrados com mais alegria do que outros. |
Arco de Winetavern Street / Dublinia |
Quem quiser
conhecer um pouco mais da história de Dublin, poderá curtir a
experiência de voltar no tempo até o período da Dublin medieval e dos
Vikings visitando Dublinia, uma interessante atração que procura
recriar através de cenários, bonecos que se movem, sons, luzes, odores
e até atores com roupa de época que interagem com os visitantes que
procuram mostrar como seria a vida naquela época. Sempre que saíamos de
nosso hotel e seguíamos em direção às margens do rio Liffey, passávamos
sob este arco, integrante do complexo arquitetônico da
Christchurch Cathedral, e onde funciona Dublinia, mas só alguns dias
depois de nossa chegada fomos descobrir o que havia ali.
North Earl Street
|
Quem gosta
de comprar lembranças e coisas típicas é bom ficar sabendo que os
produtos irlandeses típicos mais procurados são roupas, tecidos,
louças, vidros com motivos regionais, copões de cerveja e uísque,
chocolates, jóias e artesanatos no formado de trevos verdes (a cor
oficial da Irlanda) e ornamentos decorativos Célticos. Quase toda loja
de produtos típicos tem também uma ampla variedade de CDs e DVDs com
músicas típicas. Lojas especializadas nestes produtos são encontradas
com facilidade na região central, como por exemplo na Nassau Street,
próxima ao Trinity College ou então na loja Paddywagon,
situada na O'Connel Street Lower, quase em frente à estátua
do homem com os dois braços elevados, homenageando o
líder sindical James Larkin. |
A moeda irlandesa é o Euro. Assim como o Reino Unido, a Irlanda também adota a mão invertida de trânsito.
A
Cervejaria Guinness (Guinness Storehouse) é não somente a mais famosa
cervejaria da cidade, mas também uma das principais atrações de Dublin
e ainda uma marca registrada da Irlanda. Visita imperdível
principalmente por quem aprecia uma boa cerveja, o prédio original data
de 1902, sendo que no ano 2000 recebeu o acréscimo de novas e modernas
instalações, destinadas a formar no local um museu, centro histórico e
de degustação de uma das principais cervejas do mundo. O complexo tem
sete andares que circundam um átrio de vidro construído no formado de
um Pint de cerveja (lembrando que Pint é a medida oficial de um copo
britânico de cerveja, e corresponde a pouco mais de meio litro) que
contam, ao longo do trajeto por seus corredores e salões, a história da
fabricação da cerveja, seus principais componentes e ingredientes, a
propaganda da cerveja ao longo do tempo, e claro, o processo de
fabricação da cerveja Guiness e a história de seu fundador, Arthur
Guinness. |
Guinness Storehouse |
No alto do prédio da Guinness
Storehouse existe um bar com paredes de vidro de onde se tem uma vista
incrível de Dublin, e onde se pode degustar um Pint de cerveja
Guinness, já incluído no preço do ingresso. A Guinness Storehouse está
situada a menos de três quilômetros a oeste do centro de Dublin, na
margem sul do Liffey. Não deixe de ir.
St. Patrick's Cathedral |
A
catedral de São Patrício é a maior da Irlanda e nem poderia ser
diferente, afinal, este é o santo protetor do país. É difícil encontrar
um irlandês que não seja devoto ou fã deste santo tão
popular. São Patrício, ou Saint Patrick é praticamente um popstar da
Irlanda. A catedral a ele dedicada, Saint Patricks Cathedral, também é
conhecida como The National Cathedral and Collegiate Church of Saint
Patrick, e é a maior igreja da Irlanda. Está situada no lado sul da
cidade, na Patrick Street e sua origem remonta ao ano de 1192, quando o
arcebispo de Dublin decidiu consagrar à Saint Patrick um dos quatro
templos celtas existentes. Praticamente nada mais resta daquela
primeira construção e com o passar dos séculos o templo foi aumentado e
recebeu anexos, como o Palace of the St Sepulchre, residência oficial
do arcebispo. |
Como seria de esperar, o principal eventos
de Dublin - e de toda Irlanda - é o dia de São Patrício, quando
acontecem festas, desfiles e comemorações diversas em vários pontos da
cidade. A tradição iniciou graças à igreja católica, que no século XVII
começou a comemorar a chegada do cristianismo à Irlanda. A data é
comemorada não somente na Irlanda, mas também em partes do Canada,
Reino Unido, Estados Unidos e Austrália e Nova Zelândia, entre outros
países.
São Patrício foi um missionário
na Irlanda, e acredita-se que ele tenha nascido na região que hoje
corresponde ao Reino Unido, durante a período que elas faziam parte do
Império Romano. Conta a lenda que ainda criança ele teria sido
seqüestrado por tribos celtas e obrigado a servir como escravo. Durante
seu cativeiro, ele teria encontrado Deus, e passado a pregar o
cristianismo entre os irlandeses pagãos. Ainda de acordo com a lenda,
no lugar da cruz, ele usava um trevo de três folhas para pregar o
cristianismo. Saint Patrick morreu em 17 de março, e com o tempo
tornou-se o santo mais popular da Irlanda, passando a ser considerado o
santo padroeiro e protetor do país. No dia de Saint Patrick é tradição
vestir-se de verde e/ou usar trevos enfeitando a roupa e muitos usam
trevos na lapela.
O ponto alto das comemorações
do Saint Patrick's Day é o desfile pelas ruas centrais da cidade, que
atrai multidões para as calçadas desde as primeiras horas da manhã. Em
Dublin, o primeiro desfile aconteceu em 1931, e a cada ano parece
juntar mais gente, inclusive de outros países, para assistir os carros
alegóricos, bandas de músicas, dançarinos com roupas típicas, banda
escolares e muito mais, com roupas onde o verde predomina,
junto com muitos trevos de três folhas. Eventos diversos pela cidade
também comemoram a Semana de Saint Patrick, com shows, apresentações
musicais típicas, e muito folclore irlandês.
A Irlanda tem três grandes símbolos, a cor verde, o trevo de três folhas (shamrock) e o pequenino gnomo barbudo, conhecido como Leprechaun.
Contam alguns que o simbolismo do trevo estaria ligada ao catolicismo,
pois Saint Patrick teria o hábito de andar sempre com um trevo,
representando a Santa Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Outros
dizem que a tradição do trevo é ainda mais antiga, e já era usada pelas
tribos Celtas, os primeiros povos a colonizar o território irlandês. A
partir do século XIX, quando o país decidiu revoltar-se contra o
domínio britânico o trevo passou a ser usado também como símbolo da luta pela
independência.
Já o Leprechaun é o personagem mais conhecido da mitologia e
folclore local, e não há criança irlandesa que não cresça ouvindo
muitas histórias sobre eles. São homenzinhos minúsculos, espertos,
cheios de truques, e conta-se que habitavam a Irlanda antes mesmo da
chegada dos Celtas. Os Leprechaun fogem dos humanos, se vestem muito
bem, com jaquetas e bom sapatos, cintos com fivelas grossas, sempre na
cor verde. Moram no campo, em labirintos subterrâneos, e as entradas
para seu mundo costumam ser disfarçadas como tocas de coelhos ou estar
situadas dentro de árvores. |
Leprechaun e seus trevos |
Os Leprechaun são geralmente
inofensivos, mas gostam de pregar peças nos humanos, como fazer coisas
desaparecer de vez em quando, entornar bebidas etc. Freqüentemente são
vistos carregando um pote de ouro, pois em seu esconderijo há uma
imensa montanha dourada. Adoram músicas, danças e bebidas e são exímios
sapateiros. Se você estiver passeando pelo interior do país e ouvir,
sem saber de onde, algumas batidas, como um toc toc toc, é sinal que um
Leprechaun deve estar por perto, porque este é o som que eles fazem
quando estão pregando as solas de seus sapatos novos.
É muito difícil ver e mais
difícil ainda pegar um Leprechaun, porque eles são ariscos e fogem dos
humanos. Mesmo assim, se você tiver a sorte de conseguir pegar algum
ele será obrigado a lhe conceder três desejos para ser solto novamente.
Mas pense bem e diga com clareza o que deseja, porque muita gente já
expressou seus desejos de forma errada e os Leprechaun, sempre
espertos, deram o troco, atendendo o pedido ao pé da letra, mas nem
sempre da forma como a pessoa esperava....
Curiosidade: A companhia aérea oficial da Irlanda - Aer Lingus - tem seus aviões pintados na cor (surpresa)... Verde.
Margem norte do rio Liffey |
Dublin
tem área aproximada de 115 quilômetros quadrados. Sua população é uma
das mais jovens da Europa, sendo que metade tem até 25 anos de idade.
Durante o verão as temperaturas costumam ficar entre 11 e 19 graus e os
dias são longos, com mais de dezesseis horas de sol por dia. Já durante
o invernos os dias são bem curtos, com somente oito horas de sol por
dia e as temperaturas oscilam entre 2 e 6 graus. Quando venta, no
entanto, a sensação térmica pode ficar bem abaixo disto. Não é incomum
nevar na cidade, mas quase nunca em grandes quantidades. O mês mais
chuvoso é dezembro, que tem em média 19 dias de chuva por mês, enquanto
os meses de março abril e maio tem menos dias chuvosos (somente 15 dias
chuvosos por mês). Veja informações atualizadas sobre o tempo local em Ireland Weather. |
Pois é... nos meses menos
chuvosos chove durante metade do mês! Não é à toa que os campos
irlandeses estão sempre verdes. Mas não deixe isto lhe desanimar, basta
ter à mão uma boa capa impermeável e pronto. Mesmo porque, embora chova
com freqüência, não costumam ser chuvas fortes e geralmente não
atrapalham em nada quem está passeando. Mas isto explica porque dias de
sol brilhante são mais apreciados que o normal em outros países. Por
aqui dias quentes e de sol costumam levar muita gente aos parques e
jardins da cidade para sentar ou deitar na grama enquanto outros correm
para os bares com mesas ao ar livre para curtir o sol e o calor.
A
região conhecida como Bull Island (em irlandês: Oileán an Tairbh) está
situada ao norte da cidade, entre o continente e Dublin Bay e é um
passeio indicado para quem quer fugir do agito da cidade e curte praias
desertas. Esta faixa de areia com cinco quilômetros de extensão e
oitocentos metros de largura é também um santuário ecológico e reserva
natural de pássaros, com nenhuma intervenção humana, a não ser as casas
dos poucos residentes. A ilha tem dois acessos, sendo o primeiro através do prolongamento da
Watermill Road, que atravessa uma região alagada, e o segundo no extremo sul,
através da Wooden Bridge, uma estreita ponte de madeira que dá acesso à
beira mar. Ao chegar lá, pode-se seguir a pé pela Bull Wall, como são
conhecidos os molhes de pedra que avançam mar adentro, obra do século
XVIII para proteger a entrada do porto de Dublin. |
Bull Island |
Ainda em Bull Island, na
extremidade dos molhes foi erguida em 1972, sobre três grandes pilares
de concreto, o monumento 'Realt Na Mara' (Nossa Senhora, estrela do
mar), representando a Virgem Maria abençoando a todos que aproximam do
porto de Dublin, de onde se tem uma bela vista da baía e da entrada de
Dublin. Bull Island é refúgio ecológico para diversas espécies animais,
como raposas, coelhos e outros mamíferos de pequeno porte. A ilha é
reconhecida pela UNESCO como a mais importante reserva irlandesa de
biosfera, ou seja, um local de pesquisa para a descoberta de soluções
para questões como o desmatamento, desertificação e poluição
atmosférica. É uma coleção dos ecossistemas característicos da região,
buscando otimizar a convivência entre o homem e a natureza em projetos
que privilegiam o uso sustentável dos recursos naturais.
James Joyce e Oscar Wilde |
Dois
nomes sempre lembrados em Dublin são de um par de escritores geniais,
nascidos nesta cidade. James Joyce (1882-1941), autor do clássico
'Dublinenses' obra formada por quinze contos abordando diversos
aspectos da cidade, seus habitantes, vida e luta pela liberdade, no que
era, em resumo, a luta de sua própria vida e de seu país e Oscar Wilde
(1854-1900), autor da obra prima 'O Retrato de Doryan Gray' que relata
a história fascinante de um homem que, graças a um pacto assustador,
consegue que suas maldades e erros transpareçam na pintura que ele
possui de si mesmo, enquanto o próprio personagem permanece sempre belo
e atraente. |
James Joyce costumava dizer que
sua idéia ao escrever Dublinenses era escrever “um capítulo da história
moral de meu país” e seus contos iriam fornecer aos irlandeses uma
visão nítida de si mesmos, como a que se obtém ao olhar um espelho bem
polido. Embora seu livro tenha sido recebido com frieza na época
de lançamento, e não tenha obtido sucesso de público ou crítica, o
tempo se encarregou de demonstrar o mérito e valor de sua obra.
Atualmente Dublinenses de James Joyce é considerado uma obra prima, um
verdadeiro clássico, presente obrigatoriamente, em qualquer lista dos
mais importantes livros de qualquer época. Diversas estátuas de James
Joyce enfeitam recantos da cidade, mas a mais famosa está situada na
rua de pedestres North Earl Street, no trecho bem próximo ao monumento
conhecido como The Spire.
Oscar Wilde estudou no Trinity
College, em Dublin e mais tarde no Magdalen College, em Oxford,
Inglaterra. Seu talento e criatividade fizeram dele, com o tempo, um
dos poetas, autores e dramaturgos mais conhecidos e influentes do Reino
Unido. Foi um dos precursores do movimento 'Dandyism' (dandismo) no
Reino Unido, que dava importância especial à aparência física, usava
linguagem refinada e tinha hábitos elegantes. Em sua maioria eram
pessoas de classe média, que procuravam assimilar os hábitos e costumes
da aristocracia e de seu estilo de vida. Procuravam valorizar a
estética, o romantismo e a beleza como formas de vida. Atualmente a
expressão Dandy está associada à uma certa frivolidade, mas na época o
movimento foi considerada uma resposta para a insensibilidade social
surgida com a revolução industrial. Oscar Wilde foi perseguido por sua
homosexualidade, numa época em que isto era considerado crime no Reino
Unido. Foi condenado e preso, o que fez com que sua reputação, situação
financeira e saúde declinassem rapidamente, e que o acabou levando a
uma morte prematura. Sua obra é imensa e variada, mas talvez seu
trabalho mais conhecido seja o romance 'O Retrato de Doryan Gray',
considerado um clássico da literatura, de leitura obrigatória. Oscar
Wilde também tem uma estátua construída em sua homenagem, em estilo bem
diferente do tradicional e apropriado a seu estilo de vida e arte. Está
situada numa esquina de Merrion Square, em frente à casa onde ele morou.
A O'connell Street
- em irlandês: Sráid Uí Chonaill - é a avenida mais imponente e larga
da cidade. Situada em sua metade norte e perpendicular ao rio Liffey,
ela é, para os habitantes da cidade, o Champs Elysées de Dublin. Foi
quase toda destruída no início do século XX, durante os combates pela
independência irlandesa, e por isso a maior parte de seus prédios tem
menos de cem anos de idade. Uma notável exceção é o famoso imóvel
ocupado pelo General Post Office, construção de 1818. Mais do que
apenas uma rua, O'connell Street
é o palco principal da cidade para manifestações, protestos, homenagens
e outros eventos importantes, artísticos, políticos ou culturais. |
O'connell Street e The Spire
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Não é por acaso que na
O'connell Street acontece o trecho principal do desfile de Saint
Patrick, comemorado anualmente no dia 17 de março. A rua não é longa,
tem pouco mais de quinhentos metros de extensão, por isso não deixe de
percorrê-la. Vá até o fim por uma calçada e volte pela outra,
apreciando pelo caminho os prédios, monumentos, lojas, restaurantes e
entrando onde der vontade.
O mastro com cento e vinte metros de altura que aparece no centro da foto acima é conhecido como 'The Spire'
(em irlandês 'An Túr Solais', significando 'Monumento da Luz'). O
monumento foi construído no mesmo local onde antes existia um monumento
em homenagem ao almirante Nelson, o famoso herói inglês. Após a
independência irlandesa, símbolos e monumentos ingleses passaram a não
ser vistos com simpatia por aqui. Adicionalmente, os frequentes
conflitos armados na Irlanda do Norte agravavam ainda mais a disputa
com os ingleses. Neste contexto, o monumento era visto por alguns como
uma afronta à soberania irlandesa o que levou, em 1966, militantes do
IRA (exército de libertação irlandesa) a explodirem o monumento.
Após alguns anos, e com o
surgimento do projeto de reurbanização da área central de Dublin, foi
decidido erguer-se no mesmo local um novo monumento, e o projeto
escolhido não deveria ter finalidades políticas, o que levou à escolha
do The Spire of Dublin, o monumento à luz, para simbolizar o novo
centro de Dublin. O monumento foi completado em 2003, e é considerado a
maior escultura do mundo. Construído em aço, a imensa agulha é
iluminada à noite, dando a impressão que sua luz alcança o céu, o que
deu origem ao seu nome.
Dublin Quays e rio Liffey à noite |
Dublin
tem marcas evidentes do período de colonização inglesa e logo ao chegar
pode dar a impressão que ainda estamos no Reino Unido. Mas quem olhar
com mais atenção, para além das aparências, vai encontrar uma cidade
que não tem semelhança com nenhuma outra. Visitantes devem reservar, no
mínimo, dois dias para conhecer o básico da cidade, sendo um dia
dedicado ao lado sul e outro ao lado norte. Mas quem permanecer lá por
quatro dias não vai ficar sem ter o que fazer pois há muito para
conhecer na cidade e seus arredores. Nossa experiência em Dublin foi
ótima e curtimos muito a cidade e seus moradores, sempre
gentis e atenciosos. Se a Irlanda é conhecida por todos como a Ilha das
Esmeraldas, Dublin para nós brilhou como uma pedra preciosa: Se
destaca entre todas as outras, impressiona bem, é bonita e parece ter luz própria. |
Shamrock - o trevo de três folhas
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