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Há quem diga que Florença é uma cidade com tantos trabalhos de arte, deixados por tantos gênios da arquitetura, pintura e escultura, que é impossível conhecê-la e não chorar de emoção. Exageros à parte, o certo é que em poucos lugares do mundo estão reunidas tantas obras, trabalhos, esculturas, pinturas, afrescos, executadas por alguns dos maiores gênios que a humanidade já conheceu. Por um capricho dos céus, diversos deles passaram por esta cidade, durante um mesmo período da história, e nos deixaram um legado imortal, um exemplo do melhor que a humanidade pode produzir. Algo que em nossos dias, mais do que nunca, deve servir de exemplo e inspiração a um mundo tão conturbado.

   

Florença, ou Firenze, como dizem os Italianos, é banhada pelo rio Arno. Esta foto foi tomada de sua margem sul, num dos mirantes mais bonitos da cidade, a Piazzale Michelangelo, de onde se pode apreciar toda beleza deste lugar. Saindo daqui e cruzando o rio na direção do centro, passe na Galeria Uffizi, onde estão diversos exemplos da arte Fiorentina, como O Nascimento de Vênus (de Botticelli), Vênus de Urbino (Ticiano) e a Sagrada Família (Michelangelo). Outro ponto imperdível de Florença é a Santa Croce. Esta igreja guarda 276 sepulturas de nomes imortais das artes, como Michelangelo, Ghiberti, Machiavelli, Dante e Galileo, só para citar alguns. A própria igreja tem suas capelas projetadas por Giotto, Della Robbia e Brunelleschi.

 

A Piazza della Signoria é a coração de Florença. Esta praça é dominada pela torre do Palazzo Vechio, prefeitura de Florença desde 1322, com interior decorado por Vasari. Por séculos tem sido nesta praça onde os eventos mais importantes da cidade acontecem. Ela está cercada por um grupo magnífico de esculturas, onde se destacam o Perseu de Cellini e o Rapto das Sabinas, de Giambologna. Ao passar por aqui não tenha pressa nenhuma. Pare, sente em algum lugar, olhe em todas as direções e viaje de volta no tempo. Você está num dos centros de cultura da história da humanidade. Muito do que se aprende nas escolas de arte de todo o mundo foi criado pelas pessoas que freqüentavam esta praça.

Em ocasiões especiais, ela serve também de cenário para comemorações históricas. Entre as principais datas festivas estão a Festa de São João Batista (24 de junho), patrono da cidade, a Queima de Fogos do Domingo de Páscoa e o Calcio Storico, em junho, quando são disputados jogos com roupas típicas do século 16.

 

Passear em Florença é mais ou menos como percorrer um museu ao ar livre, com uma obra prima em cada esquina. Outras igrejas que também merecem ser visitadas são a de Todos os Santos, com afrescos de Botticeli e Ghirlandaio, Santa Maria Novella, onde está a Trindade de Masaccio, e Igreja do Espírito Santo, uma das últimas obras de Brunelleschi, e onde encontra-se a Madonna de Filippino Lippi. Não longe daqui fica o prédio do Mercado Central da cidade, local ideal para comprar artigos típicos em lã e couro, uma das especialidades da cidade.


Se a fome chegar aproveite para conhecer a típica cozinha Toscana no restaurante Antico Fattore (Via Lambertesca 1-3, centro). Quer agora comprar umas frutas frescas para levar para o hotel, ou quem sabe flores, roupas ou calçados? Passe no mercado de Sant'Ambrogio, na Piazza Ghiberti. 

Florença não é famosa só pelas artes, mas também pela culinária. Confira isto passando na tratoria Acqua Cotta (Via dei Pilastri 51), ou então na Belle Donne (via delle Belle Donne 16), que estão entre as mais conhecidas. De sobremesa não dispense uma visita à La Boutique del Cioccolato (Via Maragliano 12, onde estão tortas, doces e pralines deliciosos, além de obras de arte na forma de instrumentos musicais, animais e pessoas, tudo feito de chocolate), ou então vá na Pasticceria Luca (Via Lazzerini 2, vencedora do campeonato italiano de artesãos de chocolate, com obras e delícias impossíveis de descrever). 

 

Florença tem três construções que podem ser consideradas como símbolos da cidade, e que aparecem na foto à esquerda: Duomo, Campanile e Battistero, criações do genial arquiteto Brunelleschi. A igreja revestida com mármore verde, rosa e branco, conhecida como Duomo, e que levou quase dois séculos para ser construída, é a principal e mais famosa construção da cidade, além de ser a quarta maior catedral do mundo em tamanho. Em seu interior estão obras primas de grandes gênios da arte renascentista, como Zuccari, Donatello, Uccello e Ghiberti.

 

 

De sua parte superior tem-se uma das melhores vistas da cidade, pois nenhuma construção de Florença supera em altura Il Domo. A Campanile, projetada por Giotto, constitui a torre do Duomo, uma construção à parte, bem ao lado da igreja. A terceira construção do conjunto forma o Batistério, o prédio menor um pouco à esquerda do Duomo.

Esta foto mostra a lateral do Duomo e da Campanile. A função do batistério era curiosa. Como pagãos não podiam entrar nas igrejas, nem para serem batizados, eles precisavam ser batizados em outro local, e para isto foi especialmente construído o Batistério. Não deixe de apreciar, na entrada, suas portas de bronze, maravilhoso trabalho de Ghiberti, discípulo de Michelangelo.

Conhecidas como As Portas do Paraíso, elas foram criadas entre 1424 e 1452 e representam um dos mais belos trabalhos de arte do período renascentista. Veja também, logo atrás da Catedral, o Museu do Duomo onde estão utensílios utilizados em sua construção, inclusive outros trabalhos de Michelangelo.

Um nome para sempre associado à história de Florença é o do poeta e escritor Dante Aligheri, eternizado principalmente graças à sua obra prima, A Divina Comédia. No Museo Casa di Dante (Via Dante Alighieri) pode-se conhecer um pouco sobre sua vida e sua relação com a cidade. E como esquecer Leonardo da Vinci, que chegou em Florença ainda criança, em 1469, trazido por seu pai, que tendo percebido a precoce genialidade de seu filho, decidiu trazê-lo para cá, na esperança que os ares iluminados da cidade dos artistas pudessem desenvolver ainda mais os dons de seu filho. Sábia decisão! Hoje podemos apreciar sua obra em vários locais, como Il San Girolano (Pinacoteca do Vaticano), Adorazione de’ Magi (Uffizi) e a mais conhecida de todas, o quadro A Mona Lisa (Louvre), só para citar alguns. 

 

Uma obra de arte e ao mesmo tempo um símbolo de Florença é David, a genial obra de Michelangelo, ocupando um ponto de honra no prédio do Museo dell’Accademia, fundado em 1784 por Leopoldo de Lorena. Há algum tempo um louco avançou sobre esta obra com um martelo e antes de ser detido conseguiu danificar partes da estátua. Felizmente uma equipe de estudiosos conseguiu fazer um trabalho perfeito de recomposição. Pouco adiante, ao lado da igreja Santa Croce está a Casa Buonarroti, que pertenceu a Michelangelo, e onde são guardadas reproduções de outros de seus trabalhos.

Ao sair daqui não deixe de visitar a Piazza San Lorenzo. Nela está a Basílica de San Lorenzo, obra de Brunelleschi de 1425, muito utilizada pelos Médici. A família Medici forneceu os mais influentes governantes da cidade, e seu nome está intimamente ligado à história de Florença. Na San Lorenzo estão sepultados vários de seus membros, entre púlpitos de bronze de autoria de Donatello e esculturas de Michelangelo.

 

Outra imagem do Palazzo Vechio, a partir da Galeria Uffizi, um dos recantos mais especiais da cidade. Depois do almoço sentamos um pouco à sobra desta colunata e ficamos simplesmente sentindo a beleza deste lugar.

Na parte sul do rio Arno encontra-se outro lugar muito visitado, o Palazzo Piti, projetado por Brunelleschi para a família Piti, rival da família Médici. Em seu interior há tesouros da autoria de mestres como Raphael, Filippo Lippi, Tintoretto, Veronese e Rubens. Próximo ao Palazzo Pitti estão os jardins Boboli. Construídos com fontes, grutas, alamedas e lagos, este jardim forma um dos recantos mais bonitos da cidade. Não perca também o Palazzo Strozzi, em estilo renascentista, bem como o Palazzo Pazzi. Visite ainda o Museu Bargello, onde está uma das melhores coleções de esculturas medievais e renascentistas Italiana, dentre as quais Bacchus de Michelangelo, David de Donatello e Mercúrio de Giambologna.

 

Caminhando na direção do rio Arno chega-se na ponte mais famosa de Florença, a Ponte Vechio, construída em 1345 e única ponte da cidade a escapar da destruição nazista durante a 2a guerra. Ao longo de suas duas extremidades encontram-se diversas lojinhas, vendendo jóias de ouro e prata. Depois vá ao Museo dell' Opera del Duomo, para apreciar a emocionante escultura Pietà, de Michelangelo, que de tão perfeita parece viver. 

 

Florença não é um lugar para quem aprecia construções de aço e alumínio. Ela é a cidade dos apaixonados, dos artistas e dos sonhadores. Das pessoas que vêem a vida com olhos de poeta, ouvidos de músico e coração de quem ama. É uma cidade eterna, um momento iluminado de genialidade artística, e que pode ser sentido caminhando entre suas ruas, praças e casas. É até mesmo muito mais do que isto. É um exemplo vivo do que a espécie humana pode fazer de bom quando se dedica a ideais elevados.