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A região onde hoje está Londres já era habitada desde antes de Cristo. No entanto, somente após a invasão romana, no ano 43, é que foi construída a primeira ponte sobre o rio Thames, em torno da qual começou a surgir o povoado que daria origem à cidade de Londres.
Big Ben

Londres é uma cidade única. Bem, na verdade toda cidade é única. A diferença é que esta é uma cidade onde o inovador e o ousado caminham na mesma calçada que o tradicional e o imutável, e parecem conviver em paz. Uma caminhada por Londres revela cabelos de todas as cores, roupas de todos os estilos, executivos de cartola e guarda chuva no braço, soldados vestidos como no tempo de Henrique VIII, carruagens reais, indianos, árabes, tribos punks, darks e simpáticas velhinhas que se reúnem para o chá das 5.

Neste cenário, a imagem à esquerda nos chamou atenção, talvez por representar  a essência da cidade: O equilíbrio, ou talvez disputa, entre  tradição e modernidade: De um lado o marco da estação de metrô Westminster, a mais moderna da cidade, e em frente a torre do Big Ben, que há 150 anos permanece marcando as horas da mesma forma, com as mesmas monótonas badaladas e com a mesma e conhecida melodia.

As fotos acima e abaixo mostram diferentes ângulos do Big Ben, a torre do relógio que se tornou o principal símbolo de Londres. Conta-se que o nome Big Ben surgiu graças a Sir Benjamin Hall, engenheiro responsável pela construção do Palácio de Westminster, em 1855, e que por ser grandalhão, era conhecido como Big Ben. Dizem que Sir Benjamim resolveu gravar seu apelido no sino de 13 toneladas, a ser instalado no topo da torre mais alta do palácio de Westminster. Logo, todos já se referiam ao grande sino como Big Ben. Bastaram mais alguns anos para que a famosa torre de 93 metros de altura de Westminster passasse a ser também conhecida, em todo o mundo, como Big Ben.

 

As principais portas de chegada na cidade são o Aeroporto de Heathrow, situado cerca de 20 km a oeste de Londres, com cinco terminais e o Aeroporto de Gatwick, situado 40 km ao sul de Londres  Os dois aeroportos são ligados ao centro da cidade por táxis, trens, metrô e ônibus.

Quem chega de trem irá desembarcar na única estação férrea internacional da cidade, a Saint Pancras Station, onde opera o Eurostar, ligando Inglaterra à Europa continental. A estação é conectada ao sistema de metrô de Londres e também atende a passageiros que tenham como destino outras cidades do país.


Big Ben e Parlamento vistos da roda gigante London Eye

Quem desembarcar em Heathrow e não quiser pagar uma corrida de taxi até o centro (é cara) pode pegar o Heathrow Express, trem expresso ligando o aeroporto até o centro de Londres. O embarque é feito no subsolo e a viagem leva aproximadamente 20 minutos. Outra alternativa, ainda mais barata é o metrô, cuja linha Picadilly tem uma estação no subsolo. O trajeto até o centro leva aproximadamente 45 minutos

Já quem desembarcar em Gatwick pode pegar o Gatwick Express, trens expressos, com partidas a intervalos regulares, ligando o aeroporto até a Victoria Station. O trajeto leva aproximadamente 30 minutos. Ou então vá de trem. Diversos trens que vem do sul da Inglaterra param na estação do aeroporto. O trajeto até o centro é de cerca 35 minutos, e apesar de fazerem algumas paradas adicionais pelo caminho até chegar em Londres, a passagem é barata. Ao comprar o bilhete informe-se em qual estação de Londres você deve desembarcar. Geralmente os trens vindos do sul param nas estações City, Waterloo ou Euston, todas na região central de Londres. A primeira coisa que chama atenção dos visitantes, logo ao sair do aeroporto é a mão invertida do trânsito. E a segunda coisa é a educação e civilidade de seus motoristas.
Vídeos: Aterrissagem em Heathrow,  Gatwick Express, Eurostar chegando em Waterloo.

 


Mapa de Londres central e arredores

Administrativamente Londres é divida em 32 'boroughs', sendo que a parte central compreende 12 deles e também a chamada 'City of London'. Oficialmente, a City é uma das duas únicas regiões a possuir o status de cidade (a outra é a 'City of Westminster'), sendo que todas as demais são boroughs. Na prática, porém, todas estão unidas, formando uma megalópole que se estende por 1.570 km2 sob o nome de London.  Londres é um mar humano, estendendo-se muito além do que turistas ousam imaginar, incorporando uma grande diversidade de áreas residenciais, subúrbios distantes, centros de arte, educação, entretenimento, moda, turismo, zonas empresarias, centro financeiro, pólos industriais, grande diversidade étnica, religiosa e cultural e onde mais de 300 línguas são faladas todos os dias. É verdadeiramente uma cidade global.

Certo, ninguém pode ir a Londres sem ver o Big Ben. Mas esqueça a idéia de ir lá em cima pois ele não tem plataforma de observação ou nada semelhante, e você só poderá observá-lo de baixo, tomando cuidado para não arranjar um torcicolo. Esta região da cidade, conhecida como Westminster (estação Westminster do metrô), onde estão alguns dos símbolos mais conhecidos da cidade, como o próprio Big Ben, Palácio de Buckingham, Parlamento, Abadia de Westminster e os parques St. James Park e Green Park.

 

O mapa acima representa a região central da cidade, que situa-se na City of Westminster e arredores. Para quem pergunta onde se hospedar em Londres recomendamos a margem norte do rio Thames, que divide a cidade ao meio. Lá estão as principais atrações turísticas, históricas, teatros, lojas, comércio, movimento e tudo mais que visitantes procuram.  Londres surgiu na região hoje conhecida como City, fundada pelos conquistadores romanos. Atualmente o centro da cidade está na região conhecida como West End' (trecho da City of Westminster), e inclui os bairros de Mayfair, Soho, trechos de Fitzrovia e Marylebone, e está próximo de regiões muito movimentadas, como Charing Cross, Picadilly,  Knightsbridge, Bloomsbury, Hyde Park e Belgravia.


Rua residencial de Kensington

Estando de acordo com a margem do rio, a escolha do bairro onde ficar é sempre uma questão que envolve diversos aspectos, inclusive custos. Todas as vezes que nos hospedamos lá escolhemos ficar em Euston. Bem servido por várias linhas de metrô e abastecido por uma grande diversidade de restaurantes, super mercados (ou seja, tudo aquilo que é essencial para um turista), Euston tem ainda hotéis com preços aceitáveis, boa vizinhança e é suficientemente perto do centro para, se alguém quiser, ir a pé (são cerca de 2 km até a Oxford Street). 

 


Oxford Street

Depois de deixar as malas no hotel vá para a Oxford Street. Todo visita a Londres não pode deixar de incluir esta via, ela própria um retrato da diferença de estilos da cidade. Aqui estão prédios históricos, lado a lado com prédios modernos, alguns de gosto duvidoso. Um trânsito intenso, calçadas apinhadas de gente, turistas aos montes, ônibus vermelhos nos dois sentidos, tradicionais táxis fazendo curvas de 180 graus no meio da avenida, restaurantes, lanchonetes, lojas tradicionais, quiosques para turistas, bancas de frutas, lojas de celulares, enfim... tudo. Esta é a rua onde se sente a cidade, se vê gente de todos os países e se percebe porque Londres é uma cidade global. Línguas, modas, estilos e costumes desfilam por suas calçadas, o dia inteiro. Vídeo: Ônibus na Oxford Street

Se você olhar com atenção ao foto acima verá que a mão do trânsito é invertida (os ônibus vem pelo lado direito da foto). Claro, afinal aqui é Inglaterra. Mas porque, afinal, a mão é invertida no Reino Unido? Se você perguntar isso a um a inglês ele provavelmente responderá: E porque a mão é invertida no resto do mundo?

Existem várias respostas para questão da mão invertida no Reino Unido, e a mais aceita tem origem na época medieval, quando combates e rixas eram frequentes. Como a maioria das pessoas é destra, quem vinha por uma estrada na época preferia ter sua mão direita livre para usar a espada, caso necessário. Assim era mais conveniente que quem vinha em sentido contrário passasse sempre pela direita. Até fins do século 19, época das carruagens, toda Europa permanecia com mão invertida. Foi Napoleão Bonaparte quem determinou a mudança deste costume, como parte de seu projeto de reformas sociais em toda Europa. Logicamente a Inglaterra não adotou as normas de Napoleão e permaneceu como único país da Europa com mão invertida. Com o processo de colonização de Ásia, África e Américas, as colônias adotaram as mãos que vigoravam nos respectivos países colonizadores. Os Estados Unidos, recém saídos de uma guerra pela independência com a Inglaterra e tendo sido ajudados pelos franceses, adotaram a mão de Napoleão. America do Sul e Central, toda colonizada por portugueses e espanhóis, também adotaram a mão de Napoleão. E países da África, Ásia e Oceania adotaram também a mão de seus colonizadores, fossem portugueses, franceses, holandeses ou ingleses.

O último país a mudar a mão foi a Suécia, em 1967. Atualmente, ainda existem mais de 30 países ou territórios onde a mão é invertida, entre eles Austrália, Nova Zelândia, Índia, Paquistão, Ilhas Malvinas, Jamaica, Irlanda, Hong Kong, Indonésia, Chipre, Suriname, Zâmbia, Nova Guiné, Tanzânia, Guiana, não por acaso, quase todos colônias ou ex-colônias britânicas. Alegam estes paises que mudar de mão a esta altura iria acarretar custos imensos, causaria diversos acidentes e é contrário ao desejo de seus habitantes. Veja um mapa global, representando onde se dirije pela direita e pela esquerda.

Comece a caminhada pela Oxford street na esquina com Tottenham Court (metrô Tottenham Court Road) e siga em direção a Marble Arch, o que corresponde a uma caminhada de mais ou menos 2 km. No meio do caminho você vai passar por Oxford Circus (junção da Oxford com Regent Street), um ponto nevrálgico da cidade, sempre movimentado. Quando chegar ao Marble Arch volte pelo outro lado da calçada e ao chegar novamente a Oxford Circus dobre à direita na Regent Street, belíssima (principalmente o trecho em curva), com seus prédios imponentes que nos remetem ao apogeu do império britânico e siga em direção a Picadilly Circus (metrô Picadilly Circus), outro ponto nevrálgico da cidade, rodeado de grandes painéis coloridos por luzes néon, dezenas de lojas e muita gente jovem reunida em torno da estátua de Eros se equilibrando numa perna só sobre uma fonte.


Estátua de Eros em Picadilly Circus

Nesta região estão alguma das mais tradicionais e elegantes lojas, como Fortnum & Mason, Debenhams e Liberty, fundadas há quase 200 anos, e representando tanto para o as tradições do país como o chá das cinco ou os ônibus vermelhos de dois andares. Mesmo que não compre nada, não deixe de visitá-las. Imperdível também é a Hamley's: uma das melhores lojas de brinquedo do mundo, situada na Regent Street. Impossível visitá-la e não se sentir criança novamente.

Ao caminhar, você irá perceber que em quase todas esquinas da cidade existem pintadas nas ruas as expressões 'look right' e 'look left'. Elas tem por objetivo lembrar aos turistas, pouco acostumados com a mão inglesa, a direção em que devem olhar ao atravessar as ruas. Pode parecer desnecessário, mas freqüentemente em cruzamentos com várias vias, turistas ficam desorientados e sem noção de onde vem o trânsito, e estes lembretes pintados no chão ajudam a evitar acidentes.

 


St Pancras Station, British Library e Euston Road vistos do Pullman Hotel St Pancras

Nós temos preferido conhecer Londres por conta própria. Cada dia escolhemos uma região, vamos até lá de metrô e depois saímos a caminhar por conta própria, com algumas idéias de rotas na cabeça e deixando uma margem para improvisos, para conhecer coisas interessantes que sempre surgem pelo caminho. Para quem vai a Londres pela primeira vez, uma boa idéia, para ter noção básica da cidade, seus bairros e principais atrações é fazer um tour de meio dia. Diversas empresas oferecem estes passeios, entre as quais The Original London Sightseeing Tour, The Big Bus Company Ltd e Evan Evans Tours.  Se você tiver a sorte de pegar um dia de sol procure ficar no andar de cima dos ônibus turísticos, de onde o passeio fica ainda mais gostoso.

 

Londres é muito bem servida de transportes públicos. Onde quer que se vá a gente encontrará os tradicionais ônibus vermelhos de dois andares. Mesmo quem não precisa andar num deles não deve deixar de experimentar. Eles não são somente transporte, na prática a viagem no segundo andar, de preferência no banco da frente (de onde se tem uma visão panorâmica de tudo) é uma delícia.  Os ônibus não tem trocadores nem roletas, e passageiros já devem estar de posse do bilhete antes de embarcar. Existem vários tipos de bilhetes, com preços, validade e área de abrangência diferentes, e geralmente eles podem ser comprados em bares, pubs ou bancas de revistas. Se não conseguir encontrar informe-se na portaria de seu hotel qual o local mais próximo onde você poderá comprar um Card. Nós temos preferido comprar passes da Oyster Card, que permitem utilizar todo o sistema de transporte da cidade. Ao terminar a vigência de seu cartão não o jogue fora, basta levá-lo a qualquer destes locais credenciados e adquirir mais créditos. De posse de um destes passes magnéticos, você simplesmente entra no ônibus, o aproxima da leitora, ouve um bip e pronto, sua viagem está liberada. Pode-se usá-los a vontade, quantas vezes quiser por dia, dentro do período de validade.


Ponto de ônibus em Oxford Street

Diversos pontos de ônibus tem também painéis eletrônicos, informando qual será o próximo ônibus a chegar, à qual linha ele pertence e o tempo estimado para chegar àquele ponto. Para turistas os mapas de rotas e horários existentes nos pontos podem à primeira vista parecer um pouco confusos, mas nossa sugestão é que você dedique alguns minutos para interpretar e compreender aquelas informações e depois verá que na verdade são fáceis de entender e, principalmente muito úteis.

Vídeos gravados em ônibus: A caminho de Notting Hill, Abbey Road, Oxford Street. Sites: Transport for London, Bus Route Maps.

 

Após o período Normando vem a época conhecida como Medieval. Sob o comando de Richard, conhecido como "Ricardo, Coração de Leão" surge uma nação poderosa, monárquica e religiosa. É a época das Cruzadas, das disputas políticas, alianças e traições entre nobres poderosos. Por volta de 1300 a cidade já era conhecida pelo nome que tem hoje: London.
Ursinho com farda da Royal Guard

'The Royal Guard' é o regimento mais conhecido do exército inglês, devido ao famoso uniforme composto de jaquetão vermelho e chapéu de veludo preto. Esta unidade é responsável pela guarda dos palácios de Buckingham, Saint James e castelo de Windsor, todos residências oficiais da família real. O melhor momento para vê-los em ação é durante a tradicional troca da guarda, evento que se tornou uma concorrida atração turística. Ela ocorre quase todos os dias às 10:30 horas, em frente ao Palácio de Buckingham.

Durante a cerimônia, um regimento chega marchando, assume a guarda do palácio, e o regimento anterior vai embora também marchando, ambos precedidos por bandas militares. A cerimônia dura cerca de 30 minutos e, para se ver algo, é essencial chegar bem cedo porque o local fica superlotado de turistas. A imagem destes soldados se tornou um ícone tão conhecido de Londres que reproduções dos mesmos são encontradas em todo lugar, desde estampas em camisas até chaveiros, imas de geladeira, bules de chá etc etc. Na impossibilidade de fazer uma foto de braços dados com um dos guardas autênticos, ficou valendo o soldado de pelúcia de uma tradicional loja de roupas infantis.

Vídeo: Cenas do dia a dia

Outra coisa que se vê em todo lugar por aqui são os táxis pretos (bem, nem todos são pretos, como mostrado na foto ao lado). Para pegar um deles basta estender a mão e fazer o sinal, como estamos acostumados. Conhecidos como Hackney Carriage, eles dão a impressão de pertencer a alguma época do passado, mas ao entrar num deles, constata-se que a impressão de pertencer ao passado é apenas externa, pois são extremamente confortáveis e silenciosos . Passageiros viajam no banco de trás e bagagens devem ser colocadas no espaçoso trecho situado entre as pernas dos passageiros e o encosto do banco da frente. O compartimento do motorista é separado da parte traseira por um vidro. Além do tradicional modelo preto também são vistos pela cidade táxis pintados com cores fortes enquanto outros lembram folhas de jornal.


Típico taxi londrino

Para ser motorista de um taxi em Londres é necessário enfrentar um rigoroso e extenso programa de treinamento, não somente sob os aspectos técnico e mecânico, mas também de capacitação psicológica e conhecimentos gerais. Motoristas tem por obrigação conhecer todas as ruas da cidade, seus principais pontos turísticos e a história de Londres. Após serem aprovados no curso de capacitação e receberem autorização para dirigir, seu desempenho continua sendo acompanhado por dois anos, sendo que durante este período não podem cometer nenhuma falta ou infração. Somente após serem aprovados neste período recebem a autorização definitiva para dirigir um taxi. A corrida nestes táxis não é cara, e para um grupo de três pessoas, uma corrida de média distância pode sair até mais barata que uma viagem de ônibus.

E se você pretende alugar um carro saiba que não vale a pena dirigir em Londres, pois o trânsito da cidade é quase sempre lento e intenso. Além do mais, como forma de desestimular o uso de automóveis no centro, a prefeitura cobra de cada veículo uma taxa diária, conhecida como London Congestion Charge, cara até mesmo para os padrões locais. O uso de automóveis na Inglaterra só vale a pena se você pretende sair de Londres, viajar para outras cidades ou conhecer o interior do país. 

 


Acesso Monument Station ao metrô

O metrô de Londres também é outra experiência imperdível. É o mais antigo do mundo, sua primeira linha foi construída em 1863, transporta mais de dois milhões e passageiros por dia, é antigo, as estações não são muito bonitas, mas o que importa é que funciona. Seu nome oficial é Underground, mas todos se referem a ele como 'Tube', pois o formato dos túneis lembra um túnel, ou tubo.  No metrô londrino as linhas não tem números, como na maioria das outras cidades, e sim nomes: Linha Bakerloo, Central, Circle, Northern, Picadilly, District etc, cada uma representada por uma cor diferente. O passe da Oyster que nos referimos acima também é válido no metrô.

Ao lado uma típica sinalização demarcando o acesso ao metrô. As barras coloridas vistas abaixo do nome da estação (Monument Station), indicam quais linhas são atendidas nesta estação. Site: London Tube

O metrô de Londres divide a cidade em zonas concêntricas numeradas de 1 (a mais central) à 6 (a mais externa), e ao comprar o passe lhe perguntarão para quais zonas você quer o bilhete. A maior parte das atrações na cidade está nas zonas 1 e 2, por isso um passe para estas duas partes da cidade é suficiente para ir a quase todos lugares. Só compre para as zonas mais externas se você realmente pretende ir até lá. Guarde seu bilhete até sair do metrô, pois também é necessário inserir o ticket na roleta na hora de sair da estação.
Vídeos:  Tube1, Tube2, Tube3, Tube4, Tube5, Tube6. Site do metrô: London Underground

 

Trafalgar Square (metrô Charing Cross) é uma das principais praças da cidade. De Picadilly Circus até lá é uma curta caminhada, seguindo pela Haymarket. Ela não corresponda muito ao conceito que temos de praças, já que não tem árvores ou jardins. É um largo, a principal área da cidade onde as pessoas se reúnem para comemorações, eventos e festejos. Seu nome é referência à famosa batalha de Trafalgar (1805), onde o almirante Lord Horation Nelson, a bordo da nau capitânea Victory, no comando de uma armada com 27 embarcações, derrotou uma armada de 35 navios franceses e espanhóis, ao sul da costa espanhola, próximo ao cabo Trafalgar. A vitória abriu caminho para o domínio dos mares pela armada inglesa e conseqüentemente seu domínio econômico e militar do planeta pelos cem anos seguintes. Lord Nelson foi mortalmente ferido em combate, levado a Londres, sepultado na Saint Paul Cathedral (metrô St Paul's)e tornou-se o maior herói nacional de todos os tempos. No centro da praça ergue-se o monumento conhecido como Nelson's Column, coluna com 52 metros de altura no topo da qual foi colocada uma estátua de Nelson, olhando em direção ao local da batalha.  Na base do monumento quatro leões negros de granito montam guarda eterna, enquanto posam para fotos com crianças.
Vídeo: Cenas de Trafalgar Square

 
Trafalgar Square e Coluna de Nelson

Vídeo: Metrô de Londres (HD)


Leão de Trafalgar Square

Na hora de fazer uma refeição as opções são tantas que o difícil será escolher. Um local que gostamos muito de ir é na rede Garfunkel's. ,Eles tem boa variedade de pratos, sobremesas, entradas e vinhos.  Sugerimos experimentar a Chicken Kiev (peito de frango crocante, recheado com molho de manteiga ao alho, acompanhado de batatas assadas à moda inglesa e salada). Para sobremesa recomendamos o Chocolate Fudge Cake (bolo de chocolate com calda acompanhado de sorvete, creme chantilly e cobertura de calda de chocolate quente).

Outra opção nossa frequente  são os restaurantes de lojas de departamento, geralmente situados no último andar e com um bufê básico mas apetitoso e de bom preço. A gente aponta para a moça do bufê o que deseja e ela lhe serve um porção. Os pratos mais frequentes são fish and chips  (peixe com batas fritas, uma preferência nacional), chicken ou kidney pie (empadão de carne ou de frango), ou rosbife, sendo que os acompanhamentos mais freqüentes são batatas, ervilhas, feijões e legumes. Não deixe de o tradicional molho gravy, muito saboroso. À tarde estes mesmo restaurantes oferecem o tradicional chá das cinco, com chás, cafés, sucos, tortas, doces, pões e os famosos scones. Sugerimos os restaurantes das lojas da  Bhs (Oxford St, quase esquina com Regent St.) e Debenham's.

 

A melhor forma de ver Londres de cima é a bordo das gôndolas de vidro da imensa roda gigante London Eye. Com altura equivalente a um prédio de 45 andares, ela é a maior roda gigante da Europa, e num dia claro  permite enxergar a até 40 Km de distância. Foi construída em 1999 (na época era a maior roda gigante do mundo) e logo após sua inauguração já tinha se transformado numa concorrida atração turística. Bilhetes são comprados no prédio anexo e as filas costumam andar rápido. As gôndolas levam cerca de 15 pessoas, conforme o movimento de cada dia, e passageiros dão uma volta completa, o que costuma durar cerca de 30 minutos.

Vídeo: Uma volta na London Eye.


Londres vista da roda gigante London Eye

Do alto da London Eye pode-se identificar praticamente todos os principais pontos da cidade (desde que você saiba em que direção ficam, claro), como o Palácio de Buckingham, Catedral de Saint Paul, as torres empresariais situadas na City, Hyde Park, BT Tower etc. Imperdível, mas recomendamos escolher um dia claro para fazer o passeio de forma a pode apreciar bem a vista da cidade.

 


Museu de cera de Madame Tussauds: The Beatles

O Museu de Cera de Madame Tussauds também é um local  imperdível para turistas. Segunda atração mais visitada em Londres, sempre com filas na porta, este é o museu mais divertido que já visitamos. Onde mais seria possível encontrar, ao mesmo tempo celebridades como  Beatles, Madonna, Lady Gaga, Papa João Paulo II,  Wolverine, Elton John, Ghandi, Napoleão Bonaparte, Einstein, Marilyn Monroe, Shakespeare,  Henrique VIII e suas seis mulheres, o pirata Jack Sparrow, Picasso, Leonardo di Caprio, Pelé, Bruce Williams, Barack Obama, Rihana, príncipe William e sua esposa Kate Midletton, Dave Beckham... a lista é interminável. O museu situa-se na Marylebone Road (metrô Baker Street), e não esqueça de levar sua câmera para fazer foto ao lado das celebridades. Todo mundo faz isto.
Site: Madame Tussauds London

O museu de Madame Tussauds foi inaugurado em 1884, no local onde funcionava o antigo planetário de Londres. Todas figuras de cera são fabricadas através de um longo e meticuloso processo, desde sua concepção até a moldagem final. As figuras de cera também permanecem em exibição obedecendo à moda e aos tempos. Algumas permanecem anos em exibição, enquanto outras são levadas para o depósito quando suas versões em carne e osso deixam de despertar interesse. Diversas outras tem que ser modificadas com o tempo, à medida que as pessoas que representam mudam de aparência (dizem que a figura de Michael Jackson foi a que deu mais trabalho à equipe do museu, e teve que ser substituída um número incontável de vezes). A criadora do museu foi Anna Maria Tussaud, francesa, nascida em 1761. Durante a revolução francesa ela foi encarregada de fazer máscaras mortuárias de personalidades famosas, inclusive do rei Louis XVI e sua mulher Maria Antonieta e dos revolucionários Marat e Robespierre. Em 1802 mudou-se para a Inglaterra e lá começou a exibir seus trabalhos, inicialmente em exposições itinerantes pelo país, e em 1835 num endereço fixo em Baker Street, a pouca distância do local onde hoje situa-se o famoso museu.

 

Se você ficou curioso em ler que o museu de Madame Tussauds é a segunda principal atração turística da cidade e quer saber qual é a primeira, aqui está a resposta: a Torre de Londres, que na verdade é um castelo imenso, de longa tradição e muito bem conservado. Sua história começa com a conquista da Inglaterra por William, o Conquistador, em 1066, quando foi iniciada sua construção. Com o passar do tempo, à medida que outras fortificaes, torres e muralhas eram construídas em volta daquela primeira edificação, a construção central passou a ser chamada de White Tower  e o nome London Tower passou a ser utilizado para designar todo o castelo construído ao redor da White Tower. 


London Tower e ao fundo a White Tower

A utilização de Torre de Londres como residência real só começou em 1216, graças ao rei Henry III. Ele decidiu construir um confortável palácio entre a White Tower e a margem do rio. Durante a época medieval, a torre passou a servir como prisão, onde eram mantidos desde desordeiros comuns até nobres revoltosos e perigosos inimigos políticos que ameaçavam o poder do rei. Leia mais sobre a Tower of London em Castelos e Palácios.

Na London Tower está em exibição permanente a maior exposição de armas e armaduras medievais do mundo. Também lá pode ser vista a incrível exposição de jóias da coroa inglesa, com brilhantes, o maior diamante do mundo, e peças em ouro maciço imensas. Completam a exibição apresentações de filmes, shows ao vivo com personagens da história da Inglaterra, e tours guiados pelos famosos Beefeaters (guardas da torre, ainda vestindo os mesmos uniformes vermelhos do período Elizabetano).  Site: Tower of London.

 


Tower Bridge vista de uma embarcação no Thames

Depois que visitar a torre siga em direção ao rio e você estará às portas da mais famosa ponte inglesa, a Tower Bridge. Diversas pontes em Londres cruzam o rio, mas esta é, de longe, a mais conhecida. Ao chegar lá pegue o elevador e vá até a parte de cima, situada no nível da passarela superior, mostrada na foto ao lado, de onde tem-se uma vista ótima de Londres. O bilhete de entrada dá direito a visitar também o subsolo da ponte, conhecer suas antigas engrenagens, agora transformadas em museu, e ver como funcionava o mecanismo que erguia as duas plataformas móveis para os grandes navios subirem o rio Thames.

Vídeo: Navegando no Thames. Site: Tower Bridge.

Se você visitou a ponte depois de visitar a Tower Bridge, sugerimos que siga em frente, saindo da ponte pelo lado sul. Daqui você verá a Torre de Londres na margem oposta do rio. Siga caminhado ao longo da margem e você vai passar em frente ao prédio da Prefeitura de Londres, prédio de arquitetura muito estranha e moderna, destoando completamente do estilo clássico do castelo na margem oposta do rio.

Daqui também é possível ver, na outra margem, o prédio da 30 St Mary Axe, apelidado de Gherkin (pepino), na forma de... charuto gigante? nave alienígena? pepino? Um dos mais altos de Londres e totalmente diferente de qualquer outra coisa na cidade.

Bem, falando em diferente (nós estamos em Londres, certo?) o Gherkin está perdendo seu status de prédio mais diferente da cidade, graças à inauguração do The Shard. Esta construção em formato de.. agulha? prendedor de roupas? pirâmide? abrigará, quando estiver completo, um hotel, residências, escritórios, restaurantes e um mirante que promete ser fantástico. Ainda não estava pronto da última vez que visitamos Londres, mas as obras deste que será o prédio mais alto da Europa prosseguem e estima-se que esteja concluído em 2013.

Continuando a caminhada pela margem sul, na direção do centro (West End, lembra?) você verá um navio de guerra ancorado. É a fragata Belfast, navio que participou de diversos combates, inclusive do Dia D, quando as tropas aliadas desembarcaram na Normandia, em plena 2a guerra mundial. A visitação é aberta ao público. Site: HMS Belfast.

Depois, prosseguindo a caminhada em direção à Duke Street Hill (paralela ao rio ), chega-se a um local somente recomendável para pessoas de nervos fortes, o museu de horrores London Dungeon (masmorra de Londres), dedicado à história, eventos e personagens da idade média e épocas posteriores. Figuras de cera, de feições assustadoras representam as torturas comumente aplicadas na idade média, e também as grandes epidemias que atingiram Londres, seu notórios assassinos, Jack o estripador, a cruel rainha Bloody Mary e assim por diante. Super diferente e interessante, mas prepare seu estômago. Site: London Dungeon.

 


Abbey Road

Está reconhecendo esta faixa de pedestres? Com certeza você já a viu antes em alguma fotografia. Não lembrou? Bem, vamos dar umas dicas: Quatro músicos que revolucionaram os costumes no mundo inteiro... uma capa de LP... John, Paul.. Ah, lembrou né? Pois é, a mais famosa travessia de pedestres do mundo, aquela mesma que serviu de capa para o último disco dos Beatles continua a ser frequentada - e atravessada - por centenas de pessoas por dia, que vem até aqui de todos os cantos do mundo somente para ver com seus próprios olhos o lugar sagrado dos Beatlemaníacos .

Abbey Road seria uma rua como tantas outras de Londres, não fosse pelos Beatles. A poucos metros desta faixa de pedestres situam-se os estúdios da EMI, onde os músicos gravaram diversos trabalhos, e de onde saíram por alguns instantes em 8 de agosto de 1969 para fazer seis fotos atravessando a rua. Das seis imagens feitas pelo fotógrafo Iain Macmillan, a quinta foi selecionada por Paul para ilustrar a capa do último disco dos Beatles, o qual recebeu o nome da própria rua, Abbey Road.

Abbey Road situa-se ao norte de Londres. Fomos até lá de ônibus (pegamos na Marylebone st. quase esquina com Baker st, e perguntamos ao motorista onde descer. Todos eles sabem com chegar lá). Ou então vá de metrô (linha Jubilee), desça na St John's Wood Station e siga a pé pela Grove End Road até o cruzamento com Abbey Road.

Autênticos beatlemaníacos não se limitam a conhecer esta faixa de pedestres. Eles tem que também atravessá-la, e lógico, documentar o momento histórico. Se você ficar lá uma meia hora, verá  que a todo instante grupos de duas ou mais pessoas ficam numa calçada esperando o trânsito diminuir para cruzar, em fila, a faixa de pedestres, exatamente como os Beatles fizeram neste mesmo lugar. Vídeo: Visitando Abbey Road. Site: Abbeyroadcrossing

 

Os inúmeros pubs da cidade são outra excelente opção para se fazer uma refeição boa e barata, num dos ambientes mais tradicionais da Inglaterra.  Existem centenas de pubs, de todos os tipos: Simpáticos, barulhentos, animados, exóticos, exclusivos, familiares... Quase todos servem diversos pratos de carnes e saladas, mas os de maior saída são a Kidney Pie (empadão de rins) e o tradicional Fish and Chips. Se desejar acompanhar com um chope, a escolha mais comum num pub, pode-se escolher entre dois tipos. O tipo lager é claro, parecido com o que temos no Brasil, e é servido gelado. Já o bitter é amargo, avermelhado, e vem fora do gelo, da forma como os Ingleses preferem, por causa do clima frio.


Bunch of Grapes Pub

 


The Toucan Pub

Ao lado, pessoas confraternizam na rua enquanto bebem Pints e Half Pints de cerveja, em frente ao pub The Toucan. Esta aglomeração nas calçadas é muito comum na cidade, principalmente no fim de tarde de 6as feiras, quando o pessoal vai curtir a happy hour. O copão de cerveja que quase todo mundo segura é o famoso Pint (pronúncia pãint)  unidade de volume, sendo que um copão de Pint Imperial (unidade adotada na Inglaterra) corresponde 551 mililitros de cerveja. Nada mal para começar, não?

A bebida deve ser paga na hora em que é servida.  Vá até o balcão, escolha a cerveja (há uma torneirinha para cada marca), pague e leve para sua mesa ou para a calçada  e depois é só curtir e deixar o papo correr solto.

Na primeira vez que fomos a um pub, morrendo de vontade de beber uma cervejinha, o barman nos perguntou se queríamos um Pint ou um Half Pint (meio copo). Pedimos um Pint inteiro e como não conhecíamos nenhuma das marcas locais, pedimos uma cerveja autenticamente inglesa, e bem forte. Queríamos ver que tal era a cerveja deles. Mas o balconista nos disse, meio sem graça, que ele não tinha cervejas inglesas, elas eram todas de outros países. Parece que, apesar de beberem milhões de Pints por ano, as melhores cervejas do Reino Unido  vem da Europa continental.

Mas na verdade a Inglaterra tem sim, suas cervejas, e o processo de fabricação é diferente do adotado, por exemplo, no Brasil. A cerveja inglesa autêntica (conhecida como Real Ale) tem fermentação elevada, um processo que somente é concluído no próprio Pub e lhe dá um sabor particular. Os tipos mais comuns de cerveja na Inglaterra são conhecidos como Bitter, Mild, Brown Ale e Old Ale. Esqueça aquela história que a cerveja inglesa é quente, isto não é verdade. Mas ela também não vem supergelada, como de hábito no Brasil. Geralmente ela é servida fresquinha, a uma temperatura adequada ao clima inglês. Ah sim, e a cerveja deles é boa, nós gostamos muito. Pode pedir sem medo.


Pint

Além de servir para beber e conversar, pubs também são lugares para boas refeições. Mas não sente numa mesa e fique esperando o garçom chegar, pois você iria esperar para sempre. Assim como com a bebida, o cliente escolhe seu prato no balcão de refeições, paga e vai para sua mesa. Quando seu prato estiver pronto ele é levado até você. 

Alguns pubs que experimentamos e gostamos:  Lamb and Flag (Covent Garden). The Red Lion (Picadilly) . Salisbury (perto da Trafalgar Square). Bunch of Grapes (Brompton Road, perto da Harrod's, nosso preferido). Veja muitos outros pubs e escolha o da sua preferência no site Pubs.com

 

Tire uma manhã para ir mais longe e percorrer uma área tranqüila às margens do Thames, longe do agito dos turistas. Pegue o metrô até Slone Square, e ao sair siga pela Lower Slone street na direção do rio. Ao chegar na margem você verá, do outro lado, uma imensa usina com quatro chaminés (foi capa de disco do Pink Floyd e serviu de locação para o filme Help, dos Beatles). A Battersea Power Station  foi uma importante usina termoelétrica, é a maior construção erguida unicamente com tijolos da Europa, e mesmo tendo sido desativada em 1983, permanece como um dos símbolos de Londres.


Chelsea Embankment, margens do rio Thames

Seguindo pela margem sul do Thames você chegará a uma agradável alameda, freqüentada apenas por moradores, fazendo ciclismo ou correndo. Se quiser atravesse o rio pela Chelsea Bridge e aproveite para passar no belo Battersea Park grande área verde com muitos recantos agradveis, inclusive um imenso pagode japonês, o Peace Pagoda. Ou então siga sempre em frente até a esquina com Battersea Bridge e vire em direção contrária ao rio, subindo pela Beaufort Street. Seguindo por aqui em dez minutos você chegará à badalada King's Road, que une os bairros de Chelsea e Fulham. Esta rua foi o centro cultural da cidade nos anos 60 e 70, quando a Swinging London ditava a moda para o mundo. Mas mesmo que estes modismos já tenham passado a King's Road permanece uma excelente opção com seus restaurantes intimistas, pequenas lojas, butiques, delicatessen e simpáticas residências.

Quer caminhar um pouco mais? Então siga sempre em frente pela King's Road até chegar à Sloane Square. Dobre depois à esquerda na Sloane Street e siga por esta avenida classuda, onde estão prédios imponentes, como o Holy Trinity Sloane Street, e embaixadas, joalherias e alguns hotéis de luxo. Um pouco mais à frente dobre à esquerda novamente e siga pela Fulham Road, onde funcionam muitos antiquários, lojas de decoração e belas residências. 

 


Lojas de moda alternativa em Camden Town

Outro bairro que não se pode deixar de visitar é Camden Town,  o lugar certo para encontrar aquela London alternativa e ousada. Ao longo da Camden High Street estão dezenas de lojas oferecendo roupas, digamos, diferentes, onde o dark e o punk tem destaque, e algumas delas parecendo mais apropriadas a festas de Halloween. Mesmo não sendo o estilo preferido dos turistas, é super divertido de ver, a tal ponto que muitas lojas colocam letreiros na entrada advertindo que não é permitido fazer fotos no interior.  Por aqui vale a pena visitar também o Camden Market, o Camden Lock Village (pequeno shopping com artigos interessantes) e fazer uma refeição num dos diversos bares e pubs na região.
Vídeo: Camden Town. Sites: Camden Town, Camden Market.

Vídeo: Banda de Rock em Oxford Circus, Saint Paul's Cathedral

 

Continue o passeio por Camden Town fazendo um roteiro que pouca gente sabe que existe, ao longo dos canais de Londres. Um dos principais desta rede, o 'Regent's Canal' foi construído a partir de 1812, ao norte da cidade, ligando o rio Thames ao Grand Junction Canal. Seu objetivo era basicamente comercial, fornecendo uma via adicional para o transporte de bens entre Londres e as cidades do interior inglês. O mais famoso destes canais, o Regent's Canal, é na verdade somente parte de um sistema de canais com 3 mil km de extensão, que corta todo o sul do país. Atualmente estes canais são usados basicamente como lazer.


Represa de Camden Town

Um trajeto de barco entre Camden Town e Paddington Station dura cerca de 40 minutos e cruza jardins, fundos de residências, parques, mansões, o zoológico de Londres e uma agradável região conhecida como Little Venice. Como os canais são estreitos, as embarcações que aqui operam são construídas especialmente para eles, todas bem fininhas. Algumas pessoas moram em embarcações deste tipo, enquanto outras alugam seus barcos para passeios país adentro, ao longo da rede de canais. Cruzeiros de curta duração são também oferecidos por empresas, como a London Waterbus e Rose Narrowboats (fora de Londres). Vídeo: Passeio pelo Regent's Canal

 


Harrod's, em Brompton Road.

A  Harrod's é a mais famosa loja de Londres e uma autêntica instituição britânica. Seu prédio de sete andares ocupa todo um quarteirão, e lá eles se orgulham de vender praticamente de tudo. São mais de trezentos departamentos, milhares de funcionários, seu próprio banco e oferecendo, entre outras coisas, roupas, móveis, brinquedos, artigos de esporte, joalheria, eletrodomésticos, animais, artigos para esportes, para casamentos, música, informática e.... 32 restaurantes, dedicados, entre outros estilos, à comida espanhola, francesa, pubs e alta culinária. Merece destaque o Food Hall (setor de alimentação), situado no subsolo, onde delícias diversas, locais e importadas, podem ser consumidas na hora ou levadas para casa.

Seu fundador foi Charles Henry Harrod, em 1824, quando tinha 25 anos. O lema da Harrod's  'Omnia Omnibus Ubique' (tudo para todos, em qualquer lugar) é um pouco fantasioso e bastante pretensioso, mesmo assim não está tão longe da realidade. Quem estiver passeando em Londres no fim do ano deve conferir o departamento de Natal da Harrod's e verá que eles realmente são bons no que fazem. Basta dizer que a Harrod's é um dos fornecedores exclusivos de diversos produtos para o Palácio de Buckingham e a família real.

Até 2010, o proprietário da loja era Mohamed al-Fayed, pai de Dodi, último namorado da princesa Diana. Uma das vezes que passeávamos na Harrod's vimos um simpático, calvo e roliço senhor, conversando com balconistas, discretamente acompanhado de perto por um policial e um segurança. Como ele nos pareceu conhecido, perguntamos a um balconista se era mesmo Al-Fayed, e ele nos confirmou, dizendo que o multimilionário diariamente passeava pelos departamentos de sua loja, cumprimentando funcionários e clientes.

 

Quem vai ao sul experimenta um churrasco, na Bahia um Vatapá, em Budapeste um goulash, em Madri, paellas, e assim por diante. E em Londres? Elementar meu caro Watson, a resposta é o Chá das Cinco. Esta é uma das maiores tradições britânicas, e ninguém pode passar pela capital da Inglaterra sem conhecer este ritual tão centenário quanto delicioso. Diversos restaurantes e hotéis da cidade servem, geralmente entre 15 e 18 horas, lanches acompanhados de tortas, bolos, doces, cremes, geléias e claro, chás de todos os tipos.  Nosso preferido é o servido pelo restaurante The Georgian, situado no quarto andar da Harrod's. Não perca os ótimos scones (bandeja do meio, na foto), receita exclusiva da casa, acompanhados do creme sour Clotted Cream, e como sempre de chás exclusivos da Harrod's.

Após o período Tudor, vem o reinado "Stuart", quando James I sobe ao trono, em 1603. A cidade é submetida a um benéfico planejamento urbano, e vê surgirem novos palácios, entre os quais Queen's House e Banqueting House. Também é deste período a guerra civil, única ocasião da história inglesa em que a monarquia foi abolida.
Restaurante The Georgian, último andar da Harrod's

Dica: Para ir ao Harrod's pegue o metrô até a estação Knightsbridge. E não deixe de visitar também o memorial em homenagem à Princesa Diana e Dodi, no subsolo da loja. Site: Harrod's.

 


Natural History Museum

Os museus de Londres são um departamento à parte. Praticamente todos mereceriam, no mínimo, um dia inteiro, e mesmo assim não daria para ver nem metade de seus acervos. Comece pelo mais famoso, o  imponente British Museum, onde tem destaque os setores dedicados ao Egito, Grécia e Mesopotâmia. Não deixe de apreciar também a 'Pedra da Rosetta', famoso monolito negro que, após séculos de pesquisa, permitiu à humanidade finalmente compreender e decifrar os hieróglifos egípcios. 

Depois pegue o metrô até Kensington e tente conhecer ao menos um destes três museus excepcionais: Victoria & Albert Museum (tesouros, peças históricas e exposições com objetos antigos de várias civilizações), Natural History Museum (história natural), e Science Museum (dedicado a todos os ramos da ciência e tecnologia). Os três museus são quase ao lado um do outro.

Interessados em aviação não podem deixar de visitar o RAF Museum onde estão dezenas de aviões de várias épocas, perfeitamente conservados (afastado do centro, vá até lá de metrô, linha Northern, direção Edgware e desça na estação Colindale).

Um incentivo extra para visitar os museus é que quase todos tem entrada grátis. Por trás da fachada sisuda do Natural History Museum (foto acima) está um mundo de interatividade, experimentos e descobertas. Foi aqui que assistimos a mais impressionante exposição sobre dinossauros de nossas vidas. Todos se mexiam , urravam e pareciam tão vivos que crianças pequenas ficavam até com medo de chegar perto.

 

Somente uma loja em Londres aproxima-se, em termos de status, da Harrod's, a Selfridges (foto ao lado). Com fachada de colunas gregas e porteiro trajando casaca e cartola, ela é uma daquelas empresas cuja história já virou mais uma tradição inglesa. Em 1927 Harry Gordon Selfridge (fundador da loja) fez uma aposta com seu rival Charles Henry Harrod (fundador da Harrod's), em que cada qual dizia que teria o maior lucro naquele ano. Quem perdesse teria que mandar fazer uma réplica, em prata, da loja concorrente e daria de presente ao vencedor. Na época a Selfridges era a principal loja da cidade, e mesmo assim perdeu a aposta. Como prometido a Selfridge mandou fazer uma réplica, em prata, da Harrod's,  ela foi presenteada à Harrod's, que a mandou colocar bem na entrada, onde ela continua até hoje. 


Oxford Street, trecho frente à Selfridges

Mas nem pense em ficar só na Harrod's e Selfridges. Londres tem uma diversidade comercial tão grande que pode-se encontrar de tudo para todos, em qualquer lugar.  Alguns endereços que fazem muito sucesso entre turistas (e moradores também): HMV (DVDs, CDs e eletrônicos, situada entre Totenham Court Road e Oxford Circus, é a maior loja do gênero no país). Primark (roupas, preços ótimos, mulheres alucinadas comprando de tudo e saindo carregadas de sacolas. H&M (roupas, preços mais altos que os da Primark, mas com artigos ótimos e alguns de bons preços.  BHs (roupas, preços bons, produtos de qualidade). Marks & Spencer (ótima loja de departamentos, com supermercados no subsolo). Boots (perfumaria, vitaminas, cremes, remédios, é principal rede do gênero no Reino Unido, com diversas lojas na cidade.)

 


Meridiano de Greenwich

Que tal visitar os dois hemisférios terrestres no mesmo dia? E que tal fazer melhor ainda, colocar um pé em cada? Basta ir até Greenwich. Famoso por abrigar o observatório de mesmo nome, e que serve como referência para a hora global e divide o mundo em longitudes leste e oeste. Vá até lá de barco (eles partem do Westminster Pier, em frente ao Big Ben). Além do observatório, onde todo mundo faz uma foto com um pé em cada lado do globo, visite também o National Maritime Museum, o histórico Old Royal Naval College, o veleiro Cutty Sark, e o parque Greenwich.

Ao chegar lá não deixe de passar também no Greenwich Market (5a à domingo), mercado de rua com objetos diversos, antiguidades, curiosidades, artesanato etc. A forma mais gostosa de ir a Greenwich é navegando. Os barcos partem do Westminster Pier, bem ao lado do Big Ben. Ao lado, a imagem mostra uma linha metálica, situada exatamente na posição ocupada pelo famoso meridiano. Ao longo da linha estão marcados nomes de várias cidades do mundo, com suas respectivas distâncias de Greenwich.
Vídeo:  Visitando o Royal Observatory de Greenwich.

 

O bairro de Notting Hill sempre foi cool, mas virou atração turística internacional depois do filme de Julia Roberts e Hugh Grant. Lá estão construções pequenas, fachadas coloridas, ruas estreitas, dezenas de cafés, bares, livrarias, mercadinhos, delicatessen, lojinhas de antiguidade, construções da época Vitoriana com generosos terraços e restaurantes fashion, principalmente nos arredores de Westbourne Grove e Clarendon Cross. O bairro é sempre associado à cultura alternativa. Devido a estas características, Notting Hill é atualmente uma das regiões mais procuradas da cidade como moradia, principalmente próximo à Holland Park onde estão mansões, casas de alto padrão e jardins. Turistas devem visitar o bairro, preferencialmente, aos domingos, quando acontece o Portobello Road Market, mercado de rua onde são comercializadas diversas curiosidades, artigos de segunda mão e artesanato.


Lojinha de Notting Hill

Dica: Quem procura por um supermercado em Londres pode ir diretos às melhores redes: Tesco (principal rede do Reino Unido. Tem lojas grandes e lojas ao estilo Express) e Sainsbury's (mais encontrado fora do centro. Lojas grandes e bem abastecidas. E não esqueça de levar par o hotel um pedaço de queijo cheddar, uma preferência nacional na Inglaterra, e incrivelmente barato.

 


Estátua de Laurence Olivier em South Bank

Sir Laurence Olivier declama, olhando em direção ao National Theatre, que ele ajudou a implantar. O celebrado ator, diretor e produtor, um dos maiores nomes das artes cênicas inglesas foi reverenciado com uma estátua erguida em South Bank em 2007. A pouca distância deste ponto encontra-se também outro local para sempre associado às artes, o Globe Theatre, construído pela companhia teatral de William Shakespeare, em 1599. O Globe foi destruído pelo fogo em 1613, reconstruído em 1642 e uma nova versão do teatro, batizada de Shakespeare's Globe, foi inaugurada em 1997, a pouca distância do local onde Shakespeare ergueu seu teatro há mais de 400 anos.

É natural portanto, que Londres esteja tão associada à história das artes cênicas. Na verdade, interessados em teatro, música, shows e artes de uma forma geral, dificilmente vão encontrar, em qualquer outra cidade, mais e melhores alternativas sobre o tema. Em Londres uma peça, musical, concerto, show, apresentação, exposição ou evento está sempre acontecendo, bombando, dando o que falar, causando sucesso, gerando críticas, sucesso, filas, euforia, desapontamento, surpresa ou êxtase.

Os principias teatros da cidade estão situados em Charing Cross, Shaftesbury e Strand, mas existem centenas de outros menores, em diferentes bairros. Não perca a chance de assistir um desses espetáculos, qualquer um, quando vier à cidade. Escolha seu gênero preferido e aproveite o banho cultural que a cidade sempre oferece. Para conferir quem está se apresentando onde, ver preços e fazer reservas sugerimos os sites: London Theatre, Official London Theatre, Timeout, Tickeckmaster.

 

Uma caminhada pela margem sul do Thames fornece ótimos visuais da cidade. Daqui se tem e melhor vista possível do Parlamente e torre do Big Ben. O calçadão onde se alinham os tradicionais postes de ferro trabalhado está sempre lotado de turistas, estudantes, namorados e famílias. Aqui estão algumas das melhores atrações da cidade, como a roda gigante London Eye e logo adiante o  London Aquarium, um dos melhores que já visitamos.   Seguindo sempre em frente chega-se à imponente Hay's Galleria, conjunto de antigos prédios transformados em shopping, onde o destaque é sua engenhosa cobertura, que mantém o pátio interno abrigado do imprevisível tempo britânico. Neste pátio estão quase sempre artesãos e barraquinhas vendendo souvenirs. Aproveite para sentar um pouco e apreciar o saboroso café com scones, ou  chá com muffins da Starbucks.


South Bank

Vídeo: Dirigindo em Londres


Fachada do Imperial War Museum

Impossível falar em Londres sem lembrar o que a cidade sofreu durante a segunda guerra mundial. Com a Europa dominada por Hitler, a Inglaterra enfrentou o momento mais difícil de sua longa história. De cada cinco prédios em Londres, um foi destruído pelos bombardeios nazistas. A cidade enfrentava carência de alimentos, roupas, medicamentos, não tinha energia elétrica durante a noite (os apagões eram obrigatórios, para desorientar aviões inimigos),  pessoas passavam a noite espremidas em estações do metrô (durante a noite desempenhavam a função de abrigos aéreos), famílias tiveram que enviar suas crianças para cidades do interior (para deixá-las a salvo dos ataques aéreos) e ninguém tinha certeza como seria o dia de amanhã. Cinco anos após, quando as lutas chegaram ao fim, o país estava falido, mas havia vencido a guerra e continuaria a existir como nação independente.

Com uma história dramática dessas é natural que Londres tenha também um museu dedicado à guerra, como forma de homenagear aqueles anos difíceis e a todos que lutaram. E esta função é desempenhada pelo Imperial War Museum. Quem for visitá-lo vai ficar impressionado com seu valioso acervo, composto por centenas de artefatos, dioramas, vídeos, livros, figuras de cera, vestimentas, aeronaves, tanques de guerra, veículos de desembarque, armas raras e até as bombas V1 e V2, lançadas pelos nazistas em Londres.

Acima uma foto da fachada do Imperial War Museum e dos enormes canhões que uma dia pertenceram a navios da frota inglesa. O museu situa-se na margem sul do Thames. Para chegar lá tome como referência a Westminster Bridge (a ponte bem em frente ao Big Ben) e siga pela avenida Westminster uns 500 metros e depois dobre à direita na Kennington Road e depois à esquerda na Lambeth Road.  

Um programa clássico de domingo em Londres é visitar Covent Garden, que está aberto todos os dias, mas aos domingos fica ainda mais animado. O prédio histórico deste antigo mercado tem atrações para toda familia, curiosidades, apresentações musicais, pubs, lojas de velas, artesanato etc.  Não deixe de experimentar o restaurante situado bem no centro, onde são servidas aquelas deliciosas batatas assadas enormes, com o recheio de sua preferência.

Junto ao Covent Garden não deixe de visitar também o Transport Museum, onde estão quase todos os tipos de transporte usados em Londres nos últimos 200 anos, uma autêntica viagem no tempo.  Vídeo: Covent Garden.


 Covent Garden

Logo ao lado de Covent Garden visite Jubilee Market, onde as barraquinhas de artesanato tem de tudo, desde quadros a braçadeiras, pulseiras com seu nome gravado até quebra cabeças de madeira em 3 dimensões, sempre parece que há uma novidade por aqui. Quando estiver satisfeito com o que já viu siga em frente pelas ruas Long Acre, Floral Street e Cobbled Neal Street, e aprecie sua arquitetura típica, construções pequenas de fachadas coloridas, que formam um cenário lindo, com o de alguma pequena cidade do interior da Inglaterra.

 

 Em 1066 "William o conquistador", parte da Normandia com milhares de guerreiros, atravessa o canal da Mancha e invade as ilhas britânicas. Termina então o reinado Saxão e inicia o reinado Normando. Londres novamente troca de mãos, mas permanece como capital e mais importante centro comercial e militar das ilhas britânicas.
Tradicional cabine telefônica

Uma curta caminhada a partir de Covent Garden pelas ruas King e Garret levará você até Leicester Square (pronúncia Léstãr), uma praça movimentada, com cinemas, estátuas humanas, dezenas de restaurantes e lojas de souvernirs. O Crest of London tem grande variedade de lembranças e bons preços, desde miniaturas das tradicionais cabines telefônicas vermelhas até caixinhas com ônibus de dois andares e táxis pretos, camisas com bandeiras da Inglaterra estampadas, latas de chá com decorações belíssimas (o afternoon tea corresponde mais ou menos ao nosso tradicional chá preto), até guarda chuvas coloridos (sempre necessários por aqui) e muito mais. No centro da praça faça uma foto ao lado da estátua de Charles Chaplin, natural de Londres.

Uma conhecida marca registrada de Londres são suas cabines telefônicas vermelhas. As primeiras surgiram em  1920, e com o passar dos anos elas iriam se transformar num dos ícones mais conhecidos da cidade. Hoje, é quase impossível para um turista pensar em visitar a Inglaterra sem  fazer uma foto ao lado de uma delas. Infelizmente, com o passar do tempo e a proliferação de telefones celulares, elas estão começando a diminuir. Desde 2003 mais de trinta mil destas cabines vermelhas já foram desativadas em todo o Reino Unido, e é provável que num futuro próximo só restem algumas, para matar as saudades e posar para fotos com turistas.

 

Tire uma manhã para passear em Belgravia, região próxima ao Palácio de Buckingham, onde estão muitos hotéis elegantes, mansões centenárias, muitas embaixadas, bons restaurantes e principalmente residências extremamente luxuosas e valorizadas. Situado próximo ao palácio de Buckingham, onde mora a família real, muitos terrenos de Belgravia são de propriedade do Duque de Westminster (titulo criado pela rainha Vitoria, em 1874),  linhagem de longa relação com a família real. 

Dica de comida Indiana: A comunidade indiana na cidade é imensa, e restaurantes típicos são encontrados às dezenas. Já experimentamos alguns, mas o que mais gostamos e por isso sugerimos é o King's Cross Tandori (341 Gray's Inn Road, quase em frente à King's Cross Station). Não deixe de pedir o pão indiano (delícia). Muitos destes restaurante tem no cardápio uma indicação de quão apimentado é cada prato. Como se sabe a culinária indiana é muito condimentada, por isso, se você e as pimentas mantém uma distância, digamos, cerimoniosa, é aconselhável olhar o cardápio com atenção. No King's Cross Tandori cada prato do menu, tem um desenho indicando de uma a quatro pimentinhas. Nós pedimos um prato que vinha só com duas pimentinhas desenhadas, mesmo assim ficamos com a boca ardendo. Mas o prato estava delicioso, é preciso reconhecer.   


Prédio de Belgravia

 


Soho

O Soho, quadrilátero situado  entre Oxford Street, Charing Cross, Shaftsbury e Regent Street é uma das regiões mais agradáveis da cidade, tanto para turistas como para moradores que procurem opções de entretenimento. É uma região eclética, é preciso dizer, ao mesmo tempo cult, movimentada e divertida, concentrando centenas de pequenos estabelecimentos, como teatros, lojas alternativas, restaurantes, bares, pizzarias, casas de shows, pubs...  São construções, em sua maioria, de fachadas coloridas, simétricas e arquitetura uniforme quebrada por letreiros néon nos exteriores.

Foi no Soho que assistimos, no tradicional Palace Theatre, uma montagem de 'Les Misérables', absolutamente incrível.  Até os anos 80 predominavam no Soho sex shops e pequenas empresas de vídeo, mas nos últimos 20 anos o bairro foi revitalizado e atualmente é um dos locais mais fashion de Londres.

 

Sim, chove com frequencia em Londres. Não chuvas torrenciais, mas geralmente chuviscos, várias vezes ao dia, que se alternam com momentos de céu azul e poucas nuvens. Isto é comum por aqui e dias em que não caia ao menos uma chuvinha, não são muito frequentes, e quando acontecem, são saudados quase como feriado. Um típico londrino sai de casa com seu guardachuvas ou capa impermeável, peças tão essenciais para ele como seu celular. A vitrine que aparece na foto ao lado achamos por acaso, e descobrimos depois que é de uma das lojas mais tradicionais da cidade, especializada em.. Guarda Chuvas. A James Smith & Sons foi fundada em 1830 e é uma daquelas lojas interessantes, dedicadas à especialidades ou artigos raros, difíceis de se encontrar por aí, mas que em Londres resistem à ação do tempo (sem trocadilhos).


Vitrine da James Smith & Sons

 


Burlington Arcade

Galerias, como a mostrada ao lado, são uma das tradições que permanecem em Londres. Algumas tem mais de 150 anos de existência, e continuam perfeitamente conservadas. Suas pequenas lojas geralmente abrigam estabelecimentos tradicionais ou exclusivos ou careiros, ou uma combinação das três coisas ao mesmo tempo. São joalherias, livrarias, casas de chá, decoração de interiores, objetos de arte, esculturas e uma grande diversidade de itens sofisticados ou exóticos. Conta-se que estas lojinhas tem o metro quadrado comercial mais caro da cidade, o que deve ser verdade, considerando o preço médio dos artigos à venda.

A galeria da foto ao lado é a Burlington Arcade, situada entre a Bond Street e Burlington Gardens, inaugurada em 1819, e na época lugares como estes representavam o mesmo que os modernos shoppings de nossos dias. O modelo adotado fez tanto sucesso na época que serviu de inspiração para outras famosas galerias de outras cidades européias, como Bruxelas e Milão. O divertido nestas galerias nem é fazer compras, mas sim curtir a elegância do lugar e sentir um certo gostinho da Londres do início do século 19.

Visite também Picadilly Arcade, situada também em Picadilly (1910) e Royal Opera Arcade, que completam a relação de arcadas históricas da cidade. Todas situam-se nos arredores ou na própria avenida Picadilly. Curiosamente conta-se que o nome desta elegante rua foi dado graças a um tipo de colar que era moda no século 19, conhecido como Piccadill, oferecido por diversas lojas desta região.

 

Chelsea (foto ao lado) já foi o centro da cultura pop e alternativa de Londres, endereços de artistas, poetas, pintores e ativistas. No fim dos anos 60 era muito frequentada por Beatles e Rolling Stones e foi também em Chelsea que surgiu o movimento Punk. Atualmente Chelsea, pode-se dizer, aderiu ao sistema, e seu radicalismo cultural, se ainda existe, não é mais percebido pelas ruas.  Chelsea lembra mais uma Oxford Street em menor escala, com suas dezenas de lojas, boas livrarias, cafés, bares, lojas, butiques, joalherias e lojas de grife. A principal via do bairro é King's Road, que merece ser percorrida de ponta a ponta. No início desta rua, em frente à Sloane Square vale a pena visitar a tradicional loja de departamentos Peter Jones,  instalada num grande prédio de esquina, de 1936, e  que conta com incrível diversidade de artigos .

 


Westminster Abbey

Programa Imperdível para turistas em Londres é  Westminster Abbey, igreja gótica católica. Ela tem sido, há séculos, o local de coroação dos reis ingleses. Desde o século 16 já ocorreram dezesseis casamentos reais na abadia, sendo o mais recente o do príncipe  William com Kate Midletton.  Também aqui estão sepultados dezenas de nomes ilustres da historia inglesa, entre os quais Isaac Newton, Charles Darwin, Charles Dickens, Laurence Oliver, David Livingstone e a rainha Elizabeth I.  Westminster Abbey é na prática, muito mais que uma igreja. Pode-se dizer que ela é um monumento à história, aos nomes e às tradições do Reino Unido.  

Todo interior da abadia de Westminster é uma aula de história, contada por seus pisos, paredes e tetos, todos repletos de citações, relevos, obras de arte, sepulturas, estátuas e simbolismos. Visitantes tem direito a equipamentos de áudio, disponíveis em onze línguas, fornecendo informações sobre os principais pontos da catedral e suas obras de arte. A entrada é paga e é absolutamente proibido filmar e fotografar em seu interior.

 

Londres tem diversos parques, sendo que o maior é o Hyde Park,  ótimo para caminhar, bicicletar ou descansar às margens do lago Serpentine. Nunca conseguimos percorrer ou sequer ver o parque inteiro, pois ele é grande demais. Mesmo assim existem trechos mais acessíveis que merecem uma visita, como o Speaker's Corner, no cantinho próximo a Marble Arch, onde, como diz o nome (recanto dos que tem algo a dizer), o local está aberto a discursos, debates e pronunciamentos. Pode-se falar de qualquer assunto, contra ou a favor, desde que o discurso não infrinja a lei. Speaker's Corner costuma ser mais frequentado por oradores aos domingos.


Recanto do Hyde Park

Um dos aspectos mais curiosos do Speaker's Corner é o que estabelece que, quem quiser falar mal da família real não poderá fazê-lo pisando em solo inglês, e precisará trazer um banquinho ou escada para subir, quando ai sim, como não estará tecnicamente em solo inglês, poderá criticar à vontade.

 


Sherlock Holmes e Mr Watson

Britânicos tem um humor peculiar, assim como uma estética própria. E uma das mais gostosas características da cidade é que ninguém faz caso de ninguém, ou ao menos, não demonstra fazer. Já encontramos no metrô executivos de terno e gravata, seríssimos, consultando seus iphones, lado a lado com personagens que parecem ter saído de alguma festa de Halloween, vestidos de preto dos pés à cabeça, com dezenas de piercings no rosto e cabelos parte raspados parte pintados de roxo. Tudo bem, ninguém está nem aí. Ninguém incomoda ninguém, está tudo mundo na sua. Ingleses são, por hábito e educação, discretos, e evitam olhares ostensivos ou curiosidade explícita. Londres tem todas as tribos e elas, pelo jeito, convivem bem. Infelizmente sempre nos faltou coragem para fazer uma foto cara a cara com as personagens estranhas com quem cruzamos em Londres, afinal, nunca se sabe como iriam reagir...

A foto ao lado, ao contrário de tantos personagens reais que encontramos pelas ruas, fizemos com personagens fictícios: Sherlock Holmes e seu fiel assistente, Mister Watson, que caminhavam pelas ruas fazendo propaganda de uma atração popular de Londres, a residência de Sherlock Holmes. A casa, situada na Baker Street 221b está aberta à visitação e vive cheia de turistas.

Não custa lembrar que a casa, assim como seu suposto morador, é somente uma ficção. A primeira história de Sherlock Holmes foi publicada em 1887 e com o tempo seu sucesso tornou-se tão grande que levou o famoso investigador para os livros e mais tarde para o cinema, onde permanece fazendo muito sucesso até hoje. Na verdade Sherlock nunca existiu e muito menos morou na casa da Baker Street. Mas Sir Arthur Conan Doyle, criador das histórias de Sherlock Holmes foi tão convincente que até hoje pessoas às dezenas vão até o número 221 da Baker Street para conhecer o lugar onde morou o investigador mais famoso da história. No endereço funciona o Sherlock Holmes Museum, onde a 'história e a vida do investigador' são contadas.

 

Quase todo mundo que vem a West End vai procurar passear pela Oxford Street e outras ruas badaladas. Mas bem pertinho deste agito fica uma rua completamente ignorada por turistas, e que merece ser percorrida com calma. Começando próximo a Marble Arch, suba a Portmond street e dobre à direita na Seymour Street (foto ao lado) e siga em frente. Nada de grandes lojas ou gente apressada carregando compras. O que se vê por aqui são prédios de uma elegância clássica, postes de ferro trabalhado, lojas de decoração sóbria, pubs sem gente na calçada, tudo com um jeito muito elegante. Dê uma passadinha na agradável Portman Square, e depois siga um pouco adiante ate Manchester Square.


Seymour street

A praça é bonita, mas você precisará apreciá-la somente por trás das grades. Manchester Square é uma das praças privativas de Londres, onde somente usuários registrados e com posse de sua chave privativa podem entrar. Além disso, um aviso bem grande informa que, na praça, é proibido fumar, levar cachorros e jogar bola. Mais uma daquelas esquisitices inglesas... Em compensação bem em frente você verá uma mansão belíssima, onde visitantes são bem vindos, a Wallace Collection, com uma das melhores coleções de arte da cidade. Depois da visita continue sua caminhada até Cavendish Square, outra pequena praça pública, quase sempre com gente sentada nos bancos, lendo em paz, completamente indiferente ao que acontece em volta, enquanto jovens sentados no gramado conversam animadamente.

 


Fachada de prédios históricos em Burlington Gardens

Outra caminhada que vale a pena fazer é seguir por baixo da Oxford Street. Saindo da Selfridges (Oxford St) desça pela North Audley St até a elegante Grosvernor Square (onde fica a embaixada americana). Esta praça é o coração de Mayfair, um dos bairros mais exclusivos de Londres. Por aqui encontram-se diversas embaixadas, mansões, casarões e hotéis de renome. Siga então pela Brook Street em direção à New Bond St (comércio elegante) até a Hanover Square.  Desça então pela Saville Row e dobre novamente à direita, chegando na Burlington Gardens. Pela frente você irá encontrar praticamente um labirinto de pequenas e estreitas ruas, um charme só, que parecem ainda permanecer na Londres de um século atrás.

Continue a caminhada por Mayfair, seguindo agora até Berkeley Square, também um endereço muito prestigiado. Até há alguns anos esta era uma area residencial nobre, mas vem aos poucos se convertendo em região de modernos escritórios, dedicados à administração de imóveis, aplicações financeiras e fundos de investimento. Caminhando por aqui percebe-se que paletó e gravata é o uniforme oficial desta região. Esta é uma das áreas mais valorizadas de Londres e a procura por imóveis aqui, seja como escritório ou residência é sempre superior à demanda. Prossiga a caminhada seguindo pela Hill St em direção ao Hyde Park, e ao chegar à Park Lane dobre à direita e em pouco tempo estará novamente na Oxford Street.

 

O Palácio de Buckingham é a residência oficial da família real em Londres. E quem pretende assistir a troca da guarda precisa se posicionar bem se quer mesmo enxergar alguma coisa. O palácio tem três portões principais e a entrada dos regimentos é feita pelos portões laterais, assim se você quiser ver os soldados bem de perto procure se posicionar junto aos portões laterais. A cerimônia propriamente dita acontece no pátio frontal do palácio, que é separado do público por uma alta grade de ferro, assim, a não ser que você seja um convidado especial da rainha, terá que se contentar em assistir tudo por trás das grades. Mas a melhor hora é na saída, quando os regimentos desfilam atrás de uma banda de música.


Buckingham Palace

A saída é sempre pelo portão central, por isso procure se posicionar junto a ele. Quando os policiais começarem a soltar os cadeados e abrirem as portas da entrada central é sinal que o desfile vai começar. Conforme a época do ano a vestimenta dos regimentos varia. Durante o inverno a farda cinza é utilizada com mais freqüência, mas nos dias quentes de verão a tradicional vestimenta com jaquetão vermelho é quase sempre usada.
Vídeos: Troca da Guarda1, Troca da Guarda 2, Troca da Guarda3

 


Entrada de sanitários públicos na The City

The City é o lugar onde Londres nasceu, fundada pelos conquistadores romanos, por volta do ano 50. Atualmente este é o centro financeiro da cidade. Prédios altos, executivos apressados, carrões saindo de garagens, bons cafés e bem menos turistas que em West End. Circulamos por aqui certa vez que estávamos à procura da sede do Bank of England, pois tínhamos notas antigas de Libra e somente no banco elas poderiam ser trocadas. Mesmo não tendo tantos atrativos e comércio como em outras regiões da cidade, na City vale a pena visitar principalmente a St. Paul's Cathedral, os mercados  Spitalfields Market e Leadenhall Market o Museum of London e o Barbican Centre.  Ao lado a entrada de um sanitário público subterrâneo, comuns na cidade. Sanitários públicos são também encontrados em algumas estações do metrô.

 

Montando guarda em Whitehall, dois membros da Horse Guards protegem a entrada de Banqueting House, única parte remanescente do Palácio de Whitehall, residência dos monarcas ingleses entre 1530 e 1698.  Atualmente o conjunto de prédios, incorporado a outros construídos posteriormente, atende aos escritórios administrativos do governo, como o Ministério da Defesa. A pouca distância deste ponto fica também a residência do primeiro ministro, situada no famoso endereço 10 Downing Street.

Oficialmente a Horse Guard é a guarda pessoal da rainha, mas na prática os soldados e seus cavalos servem mesmo para posar para fotos turísticas. Fique cinco minutos aqui e você verá que o tempo todo tem alguém junto à dupla posando para uma foto. Em certos momentos os turistas são tantos que chega a haver fila de espera para ser fotografado junto ao cavalo e seu cavaleiro. Enquanto isso, os soldados montados, impedidos de fazer um gesto sequer, cuidam o movimento em volta somente com o canto dos olhos.

A intervalos regulares é feita a troca da guarda montada, cerimônia que pode ser assistida do pátio interno. Não é um evento tão vistoso ou concorrido quanto a troca de guarda realizada no Palácio de Buckingham, mas se você estiver passando por aqui na hora, vale a pena parar para assistir.


Whitehall Royal Guards

 

Teve papel fundamental na expansão do colonialismo inglês sua poderosa armada. Nenhum nome é mais lembrado do que o almirante Nelson. Suas vitórias contra espanhóis, franceses e dinamarqueses foram decisivas para transformar a Inglaterra na maior potência colonial do século 19.

Desde 1689 o Reino Unido é regido por um sistema de monarquia constitucional, onde o rei ou rainha exerce o papel de chefe de estado, mas na realidade não manda. Todas as decisões são tomadas pelo Parlamento, liderado pelo primeiro ministro. Este sistema foi adotado após a guerra civil inglesa, único período em que a monarquia foi abolida. Após a guerra civil a monarquia foi restaurada com poderes limitados, sistema que perdura até hoje. Desde a restauração da monarquia a Inglaterra passou por diversos períodos, como Tudor, Stewart, Georgiano e Vitoriano, assim chamados em referência à linhagem familiar de cada ocupante do trono. Elizabeth II, atual rainha, é uma Windsor. Dentre todos estes períodos, um ocupa lugar especial na memória da nação, por sua prosperidade e elegância das vestimentas, o período Vitoriano, que durou de 1837 a 1901.

A brincadeira fotográfica ao lado foi feita num estúdio próximo à Picadilly, onde os clientes escolhem o estilo de vestimenta desejado e posam para uma foto de época.  Já que estávamos em Londres, escolhemos roupas do estilo Vitoriano. Que tal?

 

A melhor vista da cidade tem-se em South Bank, frente à Westminter Bridge e ao Big Ben. Este será sempre o lugar ideal para aguardar as badaladas mais pontuais do globo e acertar os relógios ao som da famosa melodia do Big Ben. É hora de esperar a noite cair e começar os planos para o dia seguinte nesta cidade incrível. E para falar a verdade, o cenário não poderia ser mais inglês no dia que fizemos a foto ao lado: Tarde cinzenta,  ventinho frio no rosto, de longe o cheirinho gostoso de algum restaurante servindo fish and ships... o que poderia ser mais britânico que isto? Ah sim, são cinco da tarde: Hora do chá!
Londres mora em nossos corações, e quando chega a hora da despedida é inevitável já sentir uma pontinha de saudade...


Westminster Bridge, Big Ben e Parlamento em dia cinzento 

Vídeos: Cenas de rua / Teleférico sobre o rio Thames


Rio Thames, Westminster Bridge, Big Ben e Parlamento à noite

Londres não é uma cidade que cause amor à primeira vista. Ela é como aquela paixão que nasce aos poucos, sem você se dar conta, e que de repente, quando você percebe, não sai mais de seu pensamento. E quem se dispuser a conhecer a cidade a fundo  vai descobrir um lugar de vida pulsante, animada, enérgica, repleta de atrações, novidades, modismos, e com uma infinidade de programas para todos os gostos. E vai descobrir também que aquela história de povo frio e indiferente não passa de lenda. A verdade é que em nenhum outro lugar conhecemos gente tão amigável e educada ao receber visitantes. Londres é verdadeiramente uma cidade global, um dos poucos lugares onde alguém pode se sentir em casa, e ao mesmo tempo, no centro do mundo.

 

Vídeo: Decolando de Londres