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Cada vez que pegávamos o metrô no subúrbio de Haegersten, onde ficava nosso hotel, para ir para ao centro, e ao longo do trajeto cruzávamos campos, parques, lagos, e víamos a cidade se aproximando, com suas torres pontiagudas e prédios históricos, um pensamento nos vinha sempre à cabeça: Quatro dias é muito pouco. A gente tem que ficar mais tempo por aqui! Estocolmo, a capital da Suécia é assim, uma cidade capaz de despertar paixões à primeira vista. Você mal chega e ela já está lhe seduzindo. Romântica, bonita, moderna e vibrante, a capital da Escandinávia para nós foi sem dúvida, um dos pontos altos de nossa viagem.

   

Esta é uma foto da avenida Klarabergsgatan, que conduz à principal área comercial da cidade. Para caminhar pelo centro de Estocolmo o ideal é tomar como ponto de referência a rua de pedestres Drottninggatan. Ela cruza a praça Sergel Torg (o coração de Estocolmo) e segue rumo sul até a cidade antiga. Nesta região situam-se Åhléns City, maior loja de departamentos da cidade, e Sturegallerian. Toda esta região é um paraíso para turistas a procura de produtos típicos, lembranças ou curiosidades.

Não deixe de visitar também Östermalmshallen, o maior mercado coberto de alimentos do país (rua Nybrogatan 31), ou então a Nordiska Kompaniet, famosa pelos cristais, e com um andar inteiro dedicado ao artesanato local.

 

Mas se você quer ir direto ao prédio mais famoso da cidade vá direto a Stadshuset (torre da prefeitura, na foto ao lado). Situada a uma curta caminhada da estação central, ela é um daqueles pontos imperdíveis para qualquer turista. Sua construção foi iniciada em 1911, seguindo um projeto de Ragnar Östberg. Entre os meses de maio a setembro é possível subir em sua torre, o melhor ponto de observação de Estocolmo. Mesmo assim, se sua visita ocorrer fora desta época não deixe de vir aqui para apreciar o Salão Dourado, decorado com mosaicos e vitrais primorosos, e apreciar o belo pátio interno, ornamentado com arcadas de frente para o canal.

Há outro endereço ótimo para ver a cidade de cima e para boas fotos, a torre de televisão da cidade (Kaknäs). Ela fica situada a leste do centro, em Ladugårdsgärdet. A melhor forma de chegar lá é tomando o ônibus 69, que parte da praça Sergels Torg, no centro. Mais do que uma simples torre, ela se tornou um centro turístico importante, com restaurante no 28o andar, loja de souvenirs e um belo parque a seus pés.

 

Caminhar em Estocolmo é cruzar uma sucessão infindável de pontes e canais. Praticamente toda arquitetura da cidade é no estilo da foto ao lado, com prédios de arquitetura clássica e elegante. Quem aprecia museus não pode deixar de visitar o principal da cidade, o Statens Historiska Musset. O Museu Sueco de História tem exposições contando toda história do país, desde a pré-história até nossos dias, sendo que um de seus pontos altos é a sala dedicada aos Vikings, onde se pode conhecer aspectos geralmente desconhecidos sobre sua cultura e civilização.

 

Como todos os países Nórdicos, também a Suécia tem sua família real. E embora ela prefira morar em outro endereço (Drottningholm), o palácio real Kungliga Slottet (foto ao lado) tem a honra de ser considerado o principal palácio do país. Situado numa ilhota (Estocolmo é formada por diversas ilhas interligadas), entre o centro e a cidade antiga, o palácio foi construído no mesmo lugar do castelo Kronor, que pegou fogo em 1697. O palácio de Kungliga Slottet tem 608 aposentos, mas o melhor de tudo não é visitá-los, e sim assistir à troca da guarda real.

A troca da guarda no palácio acontece diariamente às 12 horas, entre os meses de junho e agosto, com direito a desfile, começando na praça Sergels Torg e seguindo pelas ruas Hamngatan, Kungsträdgårdsgatan, Strömgatan, Gustav Adolfs Torg, Norrbro, Skeppsbron e Slottsbacken. No restante do ano a cerimônia ocorre somente às 4as e domingos às 13 horas, mas não há desfile pela cidade.

 

Ao lado, a praça Sergels Torg, coração de Estocolmo. Ela consiste numa área rebaixada, bastante movimentada, sendo que mais adiante há um setor coberto onde estão um shopping e restaurantes. Todo conjunto é cercado por prédios e ruas comerciais, inclusive a movimentada rua de pedestres Drottninggatan. Ligando a rua de pedestres à área rebaixada há uma escadaria que geralmente serve de ponto de reunião para jovens, inclusive darks, punks, sendo alguns de aspecto realmente fotográfico. Ah sim, também estava ali a onipresente banda de músicos peruanos, se apresentando e oferecendo seus CDs.

 

Mas todo turista que vem a Estocolmo tem um objetivo principal: Conhecer Gamla Stan. Este é o nome dado à cidade velha, a autêntica jóia da coroa sueca. Esta parte da cidade está localizada numa ilha logo ao sul do palácio real, e pode ser considerada como a genuína Estocolmo. São estreitas ruas, pequenos prédios do século 17, pintados com cores alegres, becos, monumentos, fontes antigas e todo um conjunto arquitetônico capaz de criar uma atmosfera única. Tudo está perfeitamente conservado, e a vontade que se tem ao andar por aqui é ficar perambulando por horas, conhecendo cada rua e cada construção em detalhes.

 

Em Gamla Stan há dezenas de restaurantes, lojinhas, galerias de arte, livrarias, lojas de souvenirs, presentes, jóias etc. Esta foto foi clicada num dos becos silenciosos do bairro, próximos à movimentada área de pedestres. Gamla Stan é a região da cidade ideal para uma refeição memorável, principalmente para aqueles românticos que apreciam um ambiente à luz de velas.

Embora nada por aqui seja exatamente barato, é impossível resistir a entrar quando se vê um pequeno e acolhedor restaurante, ainda mais quando já são 3 horas da tarde e o estômago começa a reclamar... Se este for o seu caso, sugerimos o simpático Michelangelo (rua Västerlänggatan 62). Além da comida saborosa e farta, lá todo mundo falava italiano, o que facilitou muito a escolha dos pratos.

 

Vista da parte sul da cidade, mostrando o bairro de Ladugards Gardet (onde está localizada a torre de televisão, de onde fizemos esta foto). No centro vê-se a ilha de Djugarten (onde está localizado o parque Skansen, o museu Nordiska Museet, prédio em destaque com uma torre no meio, e atrás do mesmo o prédio do Vasamuseet). Mais acima vê-se a ilha de Skeppsholmen, e no topo da foto a ilha de Gamls Stan (onde está localizada a cidade velha). Estocolmo é uma cidade construída em meio à água e ao verde. Aproximadamente 60% de sua área de 4.900 km2 é ocupada por lagos, canais, parques e jardins. Ônibus, bondes, metrô e barcos ligam todos os pontos da cidade.

Para quem estiver caminhando pelo centro, ao longo da rua de pedestres Drottninggatan, e sentir vontade de tomar um chope e comer uma pizza, sugerimos o restaurante La Corona (Drottninggatan 6). Num ambiente informal e com mesas na calada, ele serve bons pratos e não é caro. Porém não é recomendado para dias sujeitos a ventos frios, como logo descobrimos. A gente tem que comer rapidinho antes que a comida esfrie.

Já se você prefere experimentar algo tipicamente Sueco, então o Smörgåsbord será a primeira opção. O Smörgåsbord não é um prato, mas sim uma refeição composta de vários pratos. A palavra smörgås significa um tipo de sanduíche aberto, e bord significa mesa. As duas juntas referem-se assim a um conjunto de pequenos pratos dispostos em uma mesa, cada um com um petisco diferente.

Você vai lá e se serve de um, depois outro, e mais outro, e assim por diante, até ficar satisfeito. Geralmente uma seleção típica de Smörgåsbord inclui frutos do mar, ostras, picles, cebolas, carnes, peixes, ovos, pães, queijos, salmão, batatas, e vai por aí afora. Se você conhece os cafés coloniais da serra gaúcha, considere um Smörgåsbord como um Café Colonial à moda Sueca. Ou seja, depois de uma refeição destas, com certeza você não irá sentir fome tão cedo! Há diversos restaurantes servindo Smörgåsbord pela cidade, mas o mais completo tem fama de ser o servido pelo restaurante Ulriksdals Wärdshus, situado no parque Ulriksdals.

 

O Vasamuseet deve ser o único museu do mundo especialmente construído para abrigar somente uma obra. No caso, o navio Vasa. A história deste imenso galeão é tão trágica quanto impressionante. Construído por ordem do rei Sueco Gustavus Adolphus, em 1628, o Vasa afundou no porto de Estocolmo, logo após sua viagem inaugural e por 330 anos permaneceu no fundo das águas, como um Titanic adormecido. Apenas em 1961 foi organizada uma elaborada expedição para resgatá-lo e içá-lo. E felizmente agora podemos apreciar de novo toda arte e maestria dos engenheiros navais Suecos do século 17.

Junto ao Vasa, perfeitamente conservado, estão diversos objetos intactos de seus tripulantes, além de moedas, ferramentas, esculturas e impressionantes reconstituições computadorizadas da aparência daquelas pessoas que estavam a bordo no dia do naufrágio. Quem quiser ainda pode brincar nos computadores do museu, descobrir porque o Vasa afundou, ou aprender sobre as razões que fazem os navios navegarem ou afundarem. O Vasamuseet está localizado em Galärvarvsvägen, na ilha de Djurgården. Uma caminhada de 30 minutos partindo do centro leva você até lá. Ou então pegue o ônibus na praça Sergels Torg (linhas 44, 47 e 69). Durante os meses de verão também é possível ir num dos barcos que partem do cais de Nybroplan, frente ao prédio do Dramatiska Teatern. 

 

Outro passeio muito bonito, pela vista que vai lhe proporcionar, é ao bairro Slussen. Saindo pela parte sul da cidade velha siga ao longo da avenida Skepps Bron até a base do antigo elevador com estrutura metálica. Sua cabine ínfima é pilotada por um simpático ascensorista, que cobra alguns centavos de cada viajante pelo trajeto. No final da subida você desembarca numa passarela metálica, de onde é impossível não parar e bater algumas fotos.

De lá dá para ver Gamla Stan (a cidade velha), o frenético movimento de modernos carros e ônibus pela pista que leva ao norte da cidade, e o incessante movimento de navios e barcos que partem daqui em todas as direções. Uma caminhada pelo bairro elevado de Slussen revela boas surpresas, como ruas tranqüilas e residenciais, igrejas seculares, praças com bancos ocupados por velhinhos jogando damas, e também elegantes hotéis, bons restaurantes e bares animados.

 

Uma visita que costuma ser recomendada por todos em Estocolmo é ao Skansen. A foto ao lado, em seu portão de entrada, mostra o pórtico principal e dois mastros com a bandeira da Suécia. O Skansen foi fundado em 1891, e consiste numa espécie de mistura de museu ao ar livre com zoológico, parque infantil e cidade do interior. Seu objetivo é mostrar como as pessoas viviam e onde moravam ao longo dos séculos, em todas as regiões da Suécia. Há cerca de 150 prédios históricos autênticos, trazidos de todas as regiões do país, sendo a maior parte dos séculos 18 e 19.

São casas, galpões, estábulos, celeiros, igrejas, todos de madeira. Também há animais trazidos de diversas partes dos pais, casas comerciais com pessoas vestidas com roupas típicas, e uma pracinha central, vendendo maçãs do amor, amendoins, etc. É bonito, mas.... Sinceramente, não está com essa bola toda. A menos que você esteja acompanhado de crianças, ou especialmente interessado em arquitetura sueca antiga, deixe para vir aqui somente se já visitou as outras atrações da cidade. Fica situado em Djurgården, a 15 minutos de caminhada do Vasamuseet. Para quem vem do centro, basta pegar o ônibus 47.

 

Mais uma foto de Gamla Stan (cidade velha), desta vez num simpático largo que descobrimos, com pequenos restaurantes em volta e convidativos bancos de praça no centro. De repente percebemos que todo mundo que passava por aqui ia fazer uma foto em frente ao prédio amarelo que aparece ao lado. Foi só então que lemos o nome do prédio: Svenska Akademien. Ao chegarmos mais perto vimos uma placa, informando que esta é a instituição encarregada, desde 1901, de escolher o prêmio Nobel de literatura.

Como se sabe, o prêmio Nobel é um troféu internacional, concedido nas categorias literatura, física, química, medicina e paz, às pessoas que se destacaram nestes campos por seu trabalho, dedicação ou pesquisa. O nome é em homenagem a Alfred Nobel, cientista e inventor nascido em Estocolmo, e que em 1895, pouco antes de sua morte, decidiu criar um troféu para incentivar as ciências, as artes e a paz em todo o mundo. Os prêmios são concedidos anualmente, e correspondem a 1,5 milhão de dólares em cada categoria. Curiosamente, um dos inventos de Nobel foi a dinamite.

Estocolmo tem uma excelente rede de metrô (Tunnelbana), composta por nove linhas ligando todos os bairros e municípios periféricos. A moeda local é a coroa sueca (símbolo SEK). De todas cidades escandinavas é a que mais nos impressionou. Ela conjuga na medida certa aspectos de um lugar histórico, como belos prédios perfeitamente conservados, à cultura, como centros de artes, museus e galerias. Também tem um forte lado cosmopolita, fácil de ser constatado caminhando por suas ruas e praças.

 

Estocolmo tem ainda um comércio dinâmico, com grandes lojas oferecendo de tudo, e que nada ficam a dever às maiores redes da Europa ou América. Tem um trânsito intenso, mas civilizado. Tem um clima rigoroso, mas com uma gente que aprendeu a valorizar cada dia de sol. E tem também um povo amigo, como aquele casal que conhecemos por acaso, no momento da nossa chegada a Estocolmo, e que sem que nada pedíssemos, foi logo nos mostrando onde era o guichê do metrô, como se locomover pela cidade, como chegar ao hotel, arranjaram mapas, deram dicas e informações sobre mil coisas, e só concordaram em nos deixar sozinhos depois que lhes garantimos mil vezes que estava tudo bem, e que não íamos nos perder em sua cidade. Estocolmo ficou em nossas lembranças como também ficou aquele jovem casal: Um lugar amigável, bonito, e de coração aberto a quem chega.

 

 


Bandeira da Suécia