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Quando se fala em nordeste, a maioria dos turistas pensa logo em Fortaleza ou Recife, mas a verdade é que há muito mais para ser visto naquela região. E Aracaju, capital de Sergipe, embora seja o menor estado brasileiro, tem atrações turísticas suficientes para manter visitantes ocupados por muitos e muitos dias. Excelente clima, belas praias, cultura, artesanato, culinária e muito mais. Além do mais, quem quiser explorar o interior do estado também vai encontrar roteiros turísticos memoráveis, como a visita ao belíssimo canyon de Xingó, e à foz do rio São Francisco. Por tudo isto seria imperdoável fazer um passei completo ao nordeste brasileiro sem pensar em incluir Aracajú. Afinal, ela é pequena e preciosa como uma pérola e por esta razão recebeu o merecido apelido de 'Pérola do Nordeste'

   

O monumento ao lado, representando cajus e papagaios, está situado próximo ao centro, numa das avenidas mais movimentadas da cidade, e parece dar um alegre boas vindas a todos que chegam. Na verdade nada poderia ser mais apropriado como marco de boas vindas, já que o próprio nome da cidade tem origem no idioma indígena Tupi, e significa Cajueiro dos Papagaios.

O centro da cidade é pequeno e pode ser percorrido a pé com facilidade. Basta tomar como referência a Praça Fausto Cardoso, centro administrativo e político da cidade, e que serviu com ponto inicial de sua expansão. A cidade de Aracaju foi fundada em 1855, e surgiu graças à necessidade da província ter uma capital à beira mar, o que facilitaria o transporte de bens e comércio.


 

A alameda arborizada da foto é a avenida Ivo do Prado, situada entre o centro e rio Sergipe. Esta avenida margeia um bom trecho da cidade, e a medida que nos afastamos do cais, encontramos uma sucessão de elegantes residências, escritórios e belos prédios. A pouca distância encontra-se o Palácio Olímpio Campos, antigo palácio de governo, construído no século 19. O prédio tem elementos arquitetônicos neoclássicos, e nele podem ser apreciados detalhes decorativos de autoria de grandes mestres italianos, como Belandi e Gatti.

Logo depois, tire um tempo para conhecer o Centro de Turismo, instalado num prédio construído em 1911, com a função de abrigar a Escola Normal de Aracaju. Hoje, lá está o Museu de Artesanato, com dezenas de artesãos e expositores, oferecendo uma grande variedade de rendas e outros produtos típicos. Depois, atravesse a Praça Teófilo Dantas, para conhecer a imponente Catedral Metropolitana, com sua cúpula ornamentada de pinturas do século XIX.

Na fachada dos mercados Thales Ferraz e Antônio Franco, a faixa bem humorada informa que hoje tem 'Repiáuer'. Estes dois mercados vizinhos, construídos respectivamente em 1926 e 1949, e recentemente reformados, abrigam restaurantes, bares, lojas de artesanatos e música. Costumam fazer muito sucesso os tradicionais repentistas, que com versos inteligentes e bem humorados, arrancam risadas dos turistas. Este complexo, na verdade, representa o principal centro cultural de Aracaju, reunindo no mesmo local arte, história, tradições e gastronomia.

 

Imagem feita a partir da Colina de Santo Antônio, ponto mais elevado da cidade, e de onde se tem a melhor vista de Aracaju. Foi daqui que clicamos também a primeira foto desta página. Ao fundo, a Igreja de Santo Antonio. Neste mesmo local foi realizada a histórica assembléia que definiu a transferência da capital de Sergipe da cidade de São Cristóvão (veja abaixo) para Santo Antonio de Aracaju, em 1855.

À época, em torno desta colina praticamente só existiam rústicas casas de pescadores e uma pequenina capela, dedicada ao santo casamenteiro. Prosseguindo o passeio, quando descer para o centro, visite o Cultart (Centro de Cultura e Arte da Universidade Federal de Sergipe), a Galeria Florival Santos e o Teatro Juca Barreto. Não esqueça também do renomado Atheneu Pedro II, responsável pela formação de ilustres sergipanos, e ainda o Museu do Homem Sergipano, onde pode-se conhecer mais sobre os primeiros moradores destas terras.

 

Imagem da Ponte do Imperador, situada bem próxima ao Palácio do Governo. Na verdade esta ponte é um antigo ancoradouro, construído especialmente em homenagem ao imperador Pedro II, por ocasião de sua visita à Sergipe, em 1860. Durante muito tempo, a ponte desempenhou a função de terminal de passageiros. Revitalizada, ela agora oferece aos visitantes uma excelente vista dos bairros da cidade ao longo do rio Sergipe.

Uma agradável surpresa oferecida aos visitantes da Ponte do Imperador é a maquete de diversos quarteirões do centro histórico de Aracaju, tal com eram no início do século passado. Ao sair, conheça também a Rua da Aurora, uma das primeiras da cidade, e ainda as avenidas Ivo do Prado, Rio Branco e Otoniel Dórea, que abrigam um grande número de construções históricas.

Não, esta não é a avenida Vieira Souto, ponto nobre de Ipanema, Rio de Janeiro. Esta é a Avenida Beira Mar, onde situam-se algumas das melhores residências de Aracaju. Situada próximo ao elegante bairro de Jardins, a meio caminho entre o centro e o litoral turístico, esta região também conta com ótimos bares, restaurantes e casas noturnas. A pouca distância situam-se ainda o bom Shopping Rio Mar e o excelente Shopping Jardins.

 

Foto do Calçadão para Pedestres, situado no centro da cidade. Entre as ruas João Pessoa e Laranjeiras estão as grandes lojas, bancos, restaurantes, lojas elegantes e populares, e este trecho representa a área pulsante de Aracaju. Uma caminhada por aqui revela a essência da cidade e sua gente, seja através de ambulantes vendendo pratos e frutas típicas, até a música do forró, que parece vir de todos os lados. Quem quiser ainda mais, e gosta de passeios fora dos roteiros turísticos tradicionais, basta caminhar até o cais e pegar a balsa para Barra dos Coqueiros.

Esta localidade, separada de Aracaju pelo rio Sergipe, está situada na ilha de Santa Luzia. Há embarcações de vários tipos fazendo a travessia para lá durante todo o dia, mas as mais rústicas são também as mais emocionantes. Em Barra dos Coqueiros situa-se a praia de Atalaia Nova, a mais badalada da cidade, que além da beleza natural tem barzinhos simpáticos. Ou então vá até o Morro da Lucrecia, situado em Pirambú, com dunas cinematográficas, mangues e lagoas.

 

Como em diversos pontos do nordeste, Aracaju também tem seus faróis. Este fica situado na Praia dos Artistas, e infelizmente não é aberto à visitação pública. A praia dos Artistas marca o extremo leste da zona mais turística de Aracaju, frente ao oceano, ao longo dos muitos quilômetros da Avenida Santos Dumont. A principal área turística corresponde à Praia de Atalaia, e se você procura um bom ponto para se hospedar na cidade, este é o endereço certo. Aqui estão os melhores hotéis da cidade, restaurantes, bares, lojas de artesanato, etc.

Uma caminhada pelo calçadão de Atalaia é um programa imperdível, porque as atrações estão uma logo atrás da outra. Tire uma foto na Praça dos Arcos, o principal marco arquitetônico do litoral. Visite a Feira de Artesanato, o Projeto Oceanário Tamar, percorra os parques e jardins da orla, e depois atravesse as longas passarelas de madeira (sim, a faixa de areia é muito larga e o mar fica lá longe) e vá até a areia ver o mar de perto. Dando um charme especial ao local, pode-se ainda apreciar no horizonte dezenas de plataformas, como a nos lembrar que Sergipe é um dos maiores produtores de Petróleo do país.

 

Este trecho da praia de Atalaia, conhecido como Passarela do Caranguejo, faz referência à grande quantidade de bares e restaurantes praticamente lado a lado, oferecendo pratos típicos, com predominância de peixes e frutos do mar. Vir a Aracaju e não experimentar um caranguejo é como ir ao sul e não comer um churrasco. O principal petisco da cidade requer um pouco de prática para ser degustado, e acessórios como martelinhos, tigelas e pranchas de apoio são freqüentemente utilizados para facilitar o ritual de degustação. Quem não quiser ter muito trabalho pode optar pelas patas de caranguejo empanadas, sempre saborosas.

Outra famosa opção culinária é a suculenta carne de sol sergipana, que sempre cai bem com uma macaxeira bem torradinha ou então em forma de purê. E não esqueça o prato mais popular de todos, a Tapioca, preparada a partir da macaxeira e recheada com coco, queijo, manteiga de garrafa, entre mil outras opções. A propósito, a palavra Sergipe tem origem no idioma Tupi. Sua origem vem da expressão Siri-i-pe, a qual significa Rio dos Siris. Adaptada pelos colonizadores, acabou dando nome ao estado.

Dentre todas as orlas marítimas encontradas em cidades do litoral brasileiro, a orla de Aracaju destaca-se pelo bom gosto e criatividade. Toda esta região vem sendo submetida à um elaborado projeto de urbanismo e jardinagem criando parques à beira mar, jardins, chafarizes, alamedas, passeios públicos, centros culturais, amplos estacionamentos, parques infantis, centro de informações turísticas e até um Oceanário, onde estão em exibição cerca de sessenta diferentes espécies de animais marinhos.

 

Inúmeros passeios podem ser feitos a partir de Aracaju, cada um deles mostrando um pedacinho das belezas do estado de Sergipe. Entre os mais populares estão os que percorrem o litoral norte e sul, com por exemplo até Mangue Seco, região na divisa entre Sergipe e Bahia. Mas em nossa opinião, o mais bonito é o que visita o Canyon do Rio São Francisco (ao lado). Aqui foi construída a usina hidrelétrica do Xingó, a terceira maior do país. Foi a construção de sua barragem que inundou grande parte desta região e formou um lago com cem metros de profundidade.

Vídeo: Canyon do Rio São Francisco

De Aracaju até Xingó são quatro horas de estrada, seguidas de mais uma hora de navegação a bordo de uma escuna até o canyon, onde os turistas podem mergulhar. Apesar da distância, a beleza do conjunto de rochedos nascendo nas águas é tão grande que é praticamente impossível não sair de lá maravilhado pelo cenário. Na volta do passeio, a escuna ancora para almoço num restaurante construído sobre palafitas, o Karranca's, que serve pratos deliciosos, não perca. Ah sim, também não deixe de visitar, logo ali adiante, o interessantíssimo Museu de Arqueologia do Xingó.

Outro passeio que não pode ser esquecido é até São Cristóvão. Esta pequena cidade, situada bem próxima de Aracaju, em termos culturais e históricos está para Sergipe como Ouro Preto está para Minas Gerais. São Cristóvão foi a capital estadual até 1855, e tem um acervo histórico valiosíssimo, com igrejas e museus datando dos séculos 16 e 17. Diversas operadoras turísticas oferecem passeios até lá.

Quem quiser ir por conta própria também pode, mas certifique-se de, ao chegar acertar com um daqueles guias mirins que conhecem tudo sobre cada prédio da cidade, pois ele acompanham a gente e dão mil informações interessantes. Entre os pontos sempre incluídos nos roteiros estão o Museu Histórico de Sergipe, Museu de Arte Sacra, Igreja e Convento de São Francisco, Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, Igreja dos Homens Pardos (foto ao lado) e Matriz Nossa Senhora da Vitória. E não esqueça de trazer de São Cristóvão dúzias daquelas queijadinhas e cocadas tão saborosas.

 

Ao lado, uma última foto do litoral de Aracaju, logo após decolarmos de seu aeroporto, num final de tarde. Mas é bom saber que quem pretende fazer um roteiro por diversas cidades nordestinas nem precisa optar pelo avião. Em outras viagens que fizemos por esta parte do Brasil, os trechos entre Maceió, Recife, João Pessoa e Natal foram todos feitos de ônibus. Os horários eram melhores e por se tratarem de cidade próximas, freqüentemente é mais barato viajar por terra entre estas cidades. Estas rotas são servidas por ônibus executivos muito confortáveis, equipados com ar condicionado, DVD e serviço de lanches bordo. Esta última foto da cidade já nos deixou com um pouquinho de saudade, fazendo com que a gente levasse de Aracaju a lembrança de uma cidade gostosa e tranqüila. E de Sergipe levamos a certeza que esta é uma terra de muitas belezas naturais, que devem e merecem ser conhecidas por todos.

 

 

 


Cajus de Aracaju