Nascer do sol na enseada de Botafogo |
É
manhã no Rio de Janeiro e o sol nasce na enseada de Botafogo. Um ritual
que se repete todos os dias, como em tantos outros lugares do mundo.
Mas aqui este momento tem um significado diferente, porque representa o
encontro diário de duas metades inseparáveis. O Rio é a cidade do sol.
E do mar, das montanhas, do dourado, verde e azul.
Juntas, estas formas e cores compõem a cada manhã um cenário diferente
e inspirador. Mesmo viajantes experimentados e que já conhecem o mundo
inteiro concordam que em nenhum outro lugar tantas belezas da natureza
foram reunidas como aqui no Rio. Montanhas, praias e mares,
emoldurados por
suaves e sensuais curvas de um litoral de areias brancas, somadas a um
clima privilegiado fazem daqui o lugar mais lembrado do mundo quando o
assunto é Cidades Bonitas. |
O
Rio é dividido em zonas norte, sul, subúrbios e zona oeste, mas por um
acaso da natureza a zona sul foi mais privilegiada pela natureza,
razão pela qual praticamente
todos os turistas preferem se hospedar nela, nos bairros de Copacabana,
Ipanema,
Leblon, Barra, Flamengo ou Botafogo e a principal razão é que nestes
locais se está a um passo da praia. Ao lado, a fotografia
feita ao alto do Pão de Açúcar mostra um trecho da zona sul,
incluindo a Praia Vermelha, Praia de
Copacabana, o morro Dois Irmãos, a Pedra da Gávea e, na linha do
horizonte, o arquipélago das Cagarras. |
Praia Vermelha e Praia de Copacabana |
Enseada de Botafogo / Pão de Açúcar |
Poucas
vistas aéreas são mais estimulantes que a proporcionada por quem chega
ao Rio de avião, que o digam as meninas do coral russo que estavam ao
nosso lado, e extasiadas viam o litoral carioca à medida que nos
aproximávamos do aeroporto. Eufóricas, elas pareciam querer atravessar
as janelinhas do avião para chegar mais rápido nas praias. Como
já dizia Antonio Carlos Jobim em seu famoso 'Samba do Avião': Minha alma canta,
vejo o Rio de Janeiro, dentro de um minuto estaremos no Galeão...
este samba é só porque Rio, eu gosto de você.." E quem chegar ao Rio de avião vai desembarcar num de seus dois aeroportos: Galeão/Antonio Carlos Jobim,
situado na Ilha do Governador. O aeroporto não é servido por linhas de
metrô, por isso as melhores opções de transporte até seu destino final
são táxis (evite os táxis amarelos e dê
preferência aos táxis de empresas de cooperativas, que tem quiosques no
salão de chegada, como a Transcoopass.
Lá você irá informar seu bairro de destino, pagará um preço fixo, e
será servido por um bom carro, com motorista cadastrado).
Se não estiver com muita bagagem e não se importar de esperar, outra
alternativa é pegar o ônibus de ar condicionado, que passa, em média a
cada meia hora, em frente ao setor de desembarque. Existem várias
linhas, ligando o aeroporto aos bairros da cidade. |
O outro
aeroporto da cidade, onde operam vôos de curta distância, é o Santos
Dumont, localizado no centro da cidade. Transporte daqui para outros
pontos da cidade são bem mais fáceis de conseguir, além de mais
baratos. Se puder escolher, prefira viajar para o Rio num vôo que tenha como
destino o Aeroporto Santos Dumont.
Após chegar ao seu hotel, você verá que circular pelo Rio é fácil, a cidade é servida por duas linhas de metrô
e tem ônibus para todos os lados. Os tradicionais táxis amarelinhos, no
dia a dia, também podem ser utilizados sem problemas. De uma forma
geral o carioca está acostumados com turistas de todo o mundo e tem
prazer em ajudar e prestar informações a que necessitar.
Ipanema
e Barra que nos desculpem, mas Copacabana continua sendo o bairro
mais famoso do Rio e ao mesmo tempo a praia mais famosa do
mundo. E nenhum turista se atreve a visitar o Rio sem conhecer
Copacabana. Muita gente que vem à cidade nem mesmo pensa em hospedar-se em
outro lugar. Copacabana, ao longo dos anos, tornou-se uma palavra
mágica, simbólica, carregando promessas de prazer, emoção e beleza, ou
seja, tudo aquilo que quem vem ao Rio procura encontrar. Mas a
Princesinha do Mar (apelido dado à Copacabana, graças à famosa canção
de Braguinha e Alberto Ribeiro), na verdade, já viu dias melhores. Na
década de 50 morar em Copacabana era sinônimo de elegância e alto poder
aquisitivo, mas de lá para cá o bairro foi submetido a um especulativo
crescimento imobiliário, que mudou seu perfil, assim como o de seus
moradores.
Atualmente Copacabana continua mais famosa
do que nunca, mas sua elegância ficou na memória. É o bairro de maior
densidade populacional da cidade, onde se encontra de tudo e uma
pessoa pode passar toda sua vida sem precisar sair de Copacabana, pois
aqui terá praticamente tudo que necessita: Restaurantes, farmácias, boates, bares,
escolas, escritórios, correios, inferninhos, sex shops, casas noturnas,
academias de ginástica, hotéis, residências, creches, pet shops,
shoppings, pastelarias, botequins e principalmente, uma praia
maravilhosa a dois passos de distância. Copacabana é um microcosmo do
Rio em escala reduzida e quem quer curtir todos os prazeres que a
cidade tem a oferecer, tudo num lugar só e ao alcance das próprias
pernas, dificilmente encontrará um bairro melhor para se hospedar. Video: Praia de Copacabana. |
Vista aérea de Copacabana |
Copacabana tem
cerca de cinco quilômetros de extensão, com largura média de um
quilômetro, espremida entre o mar e as montanhas. O bairro
tem três vias principais, que correm paralelas ao longo
de todo
o bairro: Avenida Atlântica (frente ao mar, mostrada na foto acima),
Avenida N Senhora de Copacabana (principal artéria comercial) e Rua
Barata Ribeiro.
Quanto
ao movimento na praia, ele varia
conforme a hora do dia. A madrugada começa com os pescadores do Posto
6, depois chegam os esportistas que vem correr ao nascer do sol, lá
pelas nove chegam as mamães e seus bebês, os vovôs e vovós para sua
caminhada diária, a turma do vôlei, e daí para frente tem um
pouco de tudo, turistas de pele vermelha, jovens, famílias,
turistas, surfistas, vendedores ambulantes e crianças brincando na
areia. Uma
marca registrada do bairro, e que por extensão se transformou em marca
da cidade, é o desenho formado pelas pedras portuguesas pretas e
brancas da pavimentação do calçadão, lembrando as ondas do mar, sempre
a quebrar em Copacabana.
Tradicionalmente,
os cariocas se referem aos diferentes trechos de Copacabana como:
'Perto do Posto 2', ou, 'Depois do Posto 5'. A razão é que, desde o
início do século passado os postos de salvamento são identificados por
esta numeração e acabaram se transformando em referência. Em Copacabana
eles começam no posto 1 (onde fica a pontinha inicial de Copacabana,
conhecida como Leme) e terminam no posto 6 (Rua Francisco Sá), Na
verdade, o mesmo hábito existe também em Ipanema e Leblon, onde a
numeração dos postos começa em 7 (inicio de Ipanema,
no trecho conhecido como Arpoador) e termina em 12 (no final do Leblon).
Aos domingos a
pista junto à praia (desde o posto 1 até o posto 12) é fechada ao
trânsito e transforma-se na principal passarela para quem quer
caminhar, bicicletar, andar de skate, patinar e ver gente bonita. Ao percorrer o calçadão não esqueça
de apreciar o belo prédio do Copacabana Palace, mais tradicional hotel da cidade,
e uma das primeiras construções erguidas no bairro, quando Copacabana
era pouco mais que um imenso areal deserto. O prédio já serviu de
locação a produções de Hollywood, hospedou a rainha Elizabeth II,
e mantém seu status de mais famoso hotel do Rio.
Existem
diversas teorias para a origem da palavra Copacabana, porém a mais
aceita diz que às margens do lago Titicaca, Bolívia, teria sido
encontrada, por volta do ano 1600, a pequena imagem de uma santa,
talhada em madeira, à qual os habitantes indígenas da região, em seu
dialeto Queschua, deram o nome de 'Copacabana', significando ‘Aquela
que Olha para o Lago’. Muito mais tarde, comerciantes em viagem pela
região, trouxeram para o Rio uma replica da imagem, e aqui chegando
decidiram homenagear a santinha com a construção de uma capela, o que
deu àquela quase deserta região o nome de ‘Freguesia de Copacabana’, a
qual um dia viria a se tornar o bairro famoso em todo o mundo. Esta
capelinha não mais existe, foi demolida em 1914, e em seu lugar foi
erguido o Forte de Copacabana.
Existem mais de
cem hotéis em Copacabana, um número ainda maior de restaurantes e
um número incontável de bares. Turistas geralmente preferem os situados
na Orla, com mesas na calçada e de frente para mar, embora sejam mais
caros porque cobram também pela vista. Mas quem um lugar
consagrado pelos próprios cariocas pode ir sem susto no Cervantes (Rua Barata Ribeiro 7, tem sanduíches famosos, aberto durante toda a noite) ou o La Mole
(Av Copacabana 552, um clássico para todas horas, famoso por seu
couvert). Muitas outras opções podem ser vistas em páginas
específicas sobre restaurantes, como a WikiRio. E um dos melhores shoppings da cidade (o Rio Sul) fica bem pertinho, bastando atravessar o Túnel Novo, que faz a ligação do bairro com Botafogo. Vídeo: Roda Gigante do Posto 6
Leblon e Ipanema, vistos do mirante do Leblon |
Continuando
a caminhada e depois de percorrermos a Av Rainha
Elizabeth, chegamos aos bairros de Ipanema, e mais adiante, ao Leblon.
Se, nos
anos 50 e 60, Copacabana era o máximo em termos de status e morar bem,
este título
atualmente pertence a Ipanema e Leblon. Aqui estão os metros quadrados
mais
caros da cidade, ocupados por prédios residenciais e
comerciais, lojas de grife, hotéis, bares temáticos, pubs, bons
restaurantes e
principalmente um estilo próprio, ou o que poderia talvez ser definido
como estilo de viver e
pensar, o qual freqüentemente lança moda, cria culturas, influencia
pessoas e gera tendências no país e até mesmo fora dele.
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Quanto ao litoral, Ipanema e
Leblon são as praias mais fashion do Rio, onde vão todos que querem ver
e ser vistos. Embora a faixa de areia com cerca de quatro quilômetros
se estenda do Arpoador até o final da praia, dividida ao meio somente
pelo canal do Jardim de Alá, na verdade a praia se divide em
diversos setores, freqüentados por tribos diferentes.
A pedra do
Arpoador, situada no início de Ipanema, é o point ideal pra curtir o
por do sol e é muito freqüentada por surfistas,
até mesmo à noite. É a preferida também
pela turma que vem dos subúrbios, o que faz os moradores locais
torcerem o nariz para este trecho, ao menos durante domingos de praia
cheia.
Entre os postos 8 e 9 situa-se a área gay
e bandeiras com o arco-íris delimitam o pedaço (O Rio é famoso
mundialmente como cidade gay-friendly, e já deixou San
Francisco para trás neste quesito). O posto 9 é freqüentado
principalmente pelos jovens (seja de corpo ou espírito), e um pouco
mais adiante, em frente ao Coqueirão (um dos símbolos do pedaço),
surgem novos modismos e tendências a cada verão. Do posto 10
em diante as tribos se misturam, e no
Posto 12, já no Leblon, a concentração de carrinhos de bebês indica que
este é o espaço destinado aos pequenos, local mais conhecido como Baixo
Bebê.
Mas claro, isto é o Rio, onde nada é absoluto ou restritivo, por isso,
na verdade mesmo, cada um pode ir à praia onde quiser, e está tudo bem. Ipanema
e Leblon tem dezenas de bons hotéis e centenas de restaurantes e bares,
mas recomendamos quatro que duvidamos não agradem: Churrascaria Carretão (Rua Visconde de Pirajá 512, boas carnes, bom bufê, bom atendimento), Frontera (Rua Visconde de Pirajá 128, boas carnes, bom bufê a quilo), Álvaros (Rua Cupertino Durão 500, serviço de tradição e qualidade, bons pratos) e Degrau (Av Ataulfo de Paiva 517, serviço de tradição e qualidade, bons pratos).
A
Barra, por sua vez, será (alguns dizem que já é) o que Ipanema e Leblon
são hoje em dia. Ela é o
sonho de consumo das novas gerações, que
vivem, estudam e se divertem entre seus condomínios, shoppings,
praias, áreas de lazer e não sentem necessidade de jamais sair
desta Miami
carioca. Hospedar-se na Barra é ter
acesso a todas estas vantagens, mas para um turista é bom saber
que aqui tudo é distante, e um carro será essencial para os
deslocamentos. Transportes coletivos na Barra para outros bairros do
Rio e para
o centro são deficientes, quase sempre lotados, e como as vias de
ligação do bairro com o resto da cidade estão próximas da saturação,
prepare-se para enfrentar engarrafamentos diários, a qualquer hora. |
Vista aérea da Barra da Tijuca |
Em compensação, na Barra estão os melhores shoppings da cidade, como o Barra Shopping, Via Parque e o luxuoso Village Mall.
A Barra é servida por três vias principais, conhecidas como Avenida das
Américas (com vinte e um quilômetros de extensão, paralela ao litoral),
Avenida Ayrton Senna (perpendicular ao mar, ligando o bairro ao
interior da cidade, a chamada
Zona Oeste), e Avenida Lúcio Costa (antes conhecida como Avenida
Sernambetiba, a qual também corre paralela ao litoral, e que, com
diversos
postos de salvamento, barraquinhas montadas no calçadão vendendo
refrigerantes e lanches, em frente a altos prédios abrigando
condomínios residenciais, lembra muito Copacabana, embora tenha um
comércio muitas vezes menor e muito mais espaços livres).
Na Barra não existe o famoso
paredão de Copacabana, os espaços são amplos, a praia parece infinita,
o mar é azul a perder de vista, o vento acaricia e a sensação de
amplitude é sempre presente, mas fazer qualquer coisa a pé é pouco
prático, porque as distâncias são grandes. Em Copacabana, Ipanema e
Leblon andar de carro é desnecessário. Na Barra, é essencial.
A Barra tem dezenas de
restaurantes de todos os tipos, para todos os gostos e bolsos, mas
nossa dica de cantinho especial é o simpático e apetitoso La Nonna
Galeteria
(Av das Américas 3939, shopping Esplanada da Barra, quase em frente ao
Barra Shopping, único galeto rodízio à moda gaúcha existente
no Rio, famoso pelos galetos temperados, acompanhados de radicci, polenta frita,
sopa de capeletes, costelinhas, arroz de carreteiro, massas diversas e muito mais).
Lagoa Rodrigo de Freitas, vista do Corcovado |
Ao
lado, uma imagem da Lagoa Rodrigo de Freitas, vista do Cristo Redentor.
Circundando a lagoa estão Ipanema e Leblon (acima), Jardim Botânico
(abaixo) e Gávea (à direita, onde está a pista do Jockey Club). A lagoa
é outra ótima zona de recreação do Rio, e ao longo de seus oito
quilômetros de contorno estão restaurantes, bares, quadras esportivas,
brinquedos para crianças, aluguel de pedalinhos e uma pista para
caminhadas e bicicletas. A lagoa tem cerca de oito quilômetros de perímetro, está ligada ao mar
pelo canal do Jardim de Alá (que também divide os bairros de Ipanema e
Leblon), e suas águas são costumeiramente freqüentadas por remadores de
clubes náuticos, como Botafogo, Flamengo e Vasco. Também às margens da
Lagoa situam-se tradicionais clubes recreativos, como o Caiçaras e o
Piraquê. Um típico programa de domingo carioca é vir passear na Lagoa
de tarde, tomar um chope num de seus diversos quiosques, percorrer as
áreas gramadas, se exercitar no calçadão que faz seu contorno, ou
simplesmente curtir a natureza ao redor. |
E quem não se
incomodar de gastar um extra, não tem medo de alturas e deseja ver o
Rio de cima pode optar por um passeio de helicópteros, que costumar
partir do heliporto situado às margens da Lagoa. Nada como um passeio
aéreo no Rio para entender bem a razão do apelido 'Cidade Maravilhosa'.
Mas agora vamos passear e nada melhor para começar um roteiro que a visita ao Cristo. A
estátua do Cristo Redentor, situada no alto do morro do Corcovado, é o
principal símbolo turístico do Rio. A estátua situa-se a 709 metros de
altitude, e a melhor forma de chegar lá é a bordo do
trenzinho turístico que parte do bairro do Cosme Velho, cuja estação
fica bem em frente à igreja de São Judas Tadeu. (Estação de metrô mais
próxima: Largo do Machado. Da estação do metrô até a estação de
embarque do trenzinho é necessário percorrer uma distância adicional de
três quilômetros, sendo talvez preferível pegar um ônibus da linha 422
ou 498 do que caminhar até lá).
A via férrea de acesso
ao Cristo é uma beleza à parte, e sobe atravessando diversos trechos
remanescentes da Floresta Atlântica, mas durante os fins de semana e
feriados prepare-se para encontrar filas no embarque do trenzinho. O
acesso da plataforma de desembarque do trenzinho até a plataforma
superior, junto à base da estátua, é feito através de escadas rolantes. |
Cristo, visto do Aterro |
Estátua do Cristo Redentor |
A
via férrea que conduz ao Cristo, construída em em 1906, foi a
primeira eletrificada do Brasil, e tem quase quatro quilômetros de
extensão. Enquanto isto, as
obras de construção da estátua tiveram início em 1922 e chegaram ao
término em 1931, mesmo ano em que a estátua foi inaugurada, em 12
de outubro. Conta-se que as luzes do Cristo foram acendidas pela
primeira vez pelo cientista italiano Guglielmo Marconi,
diretamente de Roma. A estátua possui trinta metros de altura, e
apoia-se num pedestal de oito metros de altura. No interior
do pedestal existe uma pequena capela, dedicada à N. Sra. Aparecida.
Todo
monumento é revestido com pedra sabão, as quais são muito resistentes e
com manutenção relativamente fácil. A estátua é oca, mas seu interior
não é aberto à visitação. Pouquíssimas pessoas, quase todas trabalhando
na manutenção, tem a oportunidade de ver a estátua por dentro e subir
até a cabeça e os braços da estátua. Desde 2009, a estátua do Cristo
figura nos livro de recordes do Guinness World Records, como a maior do
mundo no gênero. Frente à estátua há uma plataforma com mirante de
observação, de onde se pode apreciar praticamente todo a cidade,
inclusive Niterói, do lado oposto da Baía da Guanabara. |
Empresas
de helicópteros organizam passeios aéreos de alguns minutos no entorno
do Cristo, e, embora caros, proporcionam vistas incríveis da cidade,
como não seria possível obter de nenhum outro local. Depois de visitar
o Cristo desça o bairro de Laranjeiras até o Largo do Machado e, se for
hora do almoço aproveite para ir até o Lamas
(Rua Marques de Abrantes
18), um dos mais tradicionais restaurantes da cidade, sempre animado,
informal e famoso por servir os melhores filés do Rio. E a uma
curta distância deste, situa-se uma das mais tradicionais churrascarias
do bairro de Laranjeiras, a Majórica.
Os bairros de Laranjeiras, Cosme Velho, Catete e Gloria, situados entre
Botafogo e o centro da cidade, não tem o charme de seus vizinhos
situados frente ao mar, em compensação tem preços bem mais convidativos
de hospedagem e alimentação e um dos melhores exemplos está no
bufê oferecido pelo Windsor Florida Hotel (rua Ferreira Viana, Catete), sempre impecável. |
Vista aérea da estátua do Cristo Redentor
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Pão de Açúcar visto da Praia do Flamengo |
Disputando com a estátua do Cristo o título de principal atração turística da cidade, o morro do Pão de Açúcar
é outro ícone carioca que não pode faltar na programação de qualquer
turista. Mas ao contrário do Cristo, não há estradas de ferro ou de
asfalto que conduzam até lá em cima. O acesso (excetuando-se as
perigosas trilhas das encostas), é feito a bordo de um teleférico de
duas etapas, sendo a primeira com partida do bairro da Urca (Praia
Vermelha) que conduz os visitantes até o Morro da Urca, e de lá um
segundo carro suspenso, leva os visitante até o alto do Pão de Açúcar.
O morro tem 396 metros de altitude e recebeu o primeiro teleférico em
1912, um pequeno bondinho, ainda em exposição no parque existente no
Morro da Urca. De lá para cá os bondinhos foram substituídos
algumas vezes, sendo que atualmente são modernos e velozes. |
Como curiosidade, vale a pena observar a chamada 'Sombra da
Fênix' (a mitológica ave grega, símbolo do renascimento), que se torna visível
todos os dias, entre 12 e 13 horas, na face do Pão de Açúcar voltada para a
praia do Flamengo (ver foto acima). Afirmam alguns, que a imagem foi esculpida
por antigas civilizações que teriam passado por aqui muito antes da chegada dos
Europeus. A origem do nome Pão de Açúcar é curiosa, mas tudo indica que também
tem origem portuguesa e teria sido dado pelos próprios colonizadores, que ao verem o morro
perceberam como era semelhante em forma a uma típica iguaria de seu país. Para
chegar à
estação de embarque vá até o bairro da Urca/Praia Vermelha, que é
servida por diversas linhas
de ônibus, como a 511. O Pão de Açúcar é celebridade freqüente no
cinema e em fotografias e já participou de filmes de James
Bond, foi visitado por personalidades, como John Kennedy,
Lech Walesa e o papa João Paulo II. Os dois trechos de subida são
servidos
cada um por dois carros, sendo que enquanto um sobe o outro desce, e
são bem rápidos. Mesmo assim, em dias de sol e principalmente finais de
semana,
é normal encontrar filas de espera. Procure ir lá no final da tarde, se
possível para ver as luzes da cidade se acendendo, e com certeza este
será um daqueles
momentos mágicos de sua visita ao Rio. E na volta,
pertinho do Pão de Açúcar, quem quiser beber um chope
aos pés da montanha e ao mesmo tempo curtir as areias da Praia Vermelha
é só ir ao restaurante e bar Terra Brasilis.
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Pão de Açúcar |
Fotos do Rio em Alta Resolução
Feira Hippie de Ipanema |
Nenhum turista também pode vir ao Rio e deixar de conhecer a Feira Hippie de Ipanema,
que na verdade de Hippie não tem nada. O nome é herança dos anos
60, quando a feira surgiu, e tinha entre os expositores maioria
de adeptos da geração paz e amor. De lá para cá a feira se
profissionalizou e e incorporou uma imensa variedade
de expositores e artesãos, oferecendo uma incrível variedade de
trabalhos, como quadros, esculturas, jóias, trabalhos em couro,
madeira, móveis, vestimentas, instrumentos musicais e ainda pratos
típicos. A feira acontece todos os domingos na Praça General Osório,
bairro Ipanema e vive lotada de turistas de outros países. Acesso pelo
metrô, linha 1, estação General Osório. |
Se ao visitar a feira hippie a gente tem a impressão de voltar para os anos 70, visitando a Confeitaria Colombo temos a impressão de voltar para o século 19. Tudo em seu
interior é elegância, bom gosto e... gosto bom. Doces, salgados,
tortas, bolos, chocolates, chás e muitos outros quitutes, servidos num
ambiente que seria destaque até mesmo nos Champs Elisées de Paris. A
Colombo foi inaugurada em 1894 e seus donos não pouparam despesas para
dar à cidade um ambiente como nunca até então se tinha visto no Rio.
Cristais, espelhos, balcões, baixelas, tetos, paredes e tudo mais foram
quase todos trazidos da Europa. Em 1922, foi aumentada com a construção
do segundo andar, o qual passou a funcionar como salão de chá. Ao
longo dos séculos, freqüentar a Colombo era sinônimo de elegância
e finesse, e nomes como Villa-Lobos, Getúlio Vargas, Juscelino
Kubitschek e Rui Barbosa, entre outros, eram habitués de seus salões. |
Confeitaria Colombo |
A Colombo situa-se no centro
(rua Gonçalves Dias 32, próximo à estação Carioca do metrô). Vá para
tomar o chá da tarde, ou se preferir apenas levar algumas doces
lembranças, como os famosos gaufrettes, éclair au chocolat, Petit Four,
Pasteis de Nata etc etc.
E ainda falando de lugares (muito) gostosos, vale a pena conhecer também a Confeitaria Cavé.
Situada a pouca distância (Rua 7 de setembro 137), esta última
infelizmente não conseguir resistir em seu prédio original e precisou
mudar-se. Mesmo assim, agora num ambiente menor, continua oferecendo
doces e salgados irresistíveis, capazes de enfrentar de igual para
igual os da Colombo.
Centro e Parque Aterro do Flamengo
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Ainda
no centro, porque não fazer uma caminhada pela principal avenida desta
região? A Avenida Rio Branco, vai desde a Praça Mauá (onde aportam os
transatlânticos que visitam a cidade) até a Cinelândia e pelo caminho
você irá apreciar alguns prédios históricos, remanescentes do período
em que esta via era conhecida como Avenida Central, ladeada de um
extremo a outro por palacetes inspirados no período da Belle Époque
parisiense. Infelizmente a maior parte destes prédios já foi demolida,
mas permaneceram alguns, como o famoso Teatro Municipal e os prédios da Biblioteca Nacional e Museu Nacional de Belas Artes. Hoje a quase totalidade da avenida é ocupada por altos prédios comerciais, lojas, restaurantes e muito movimento. |
Ao percorrer o centro não deixe de conhecer o Centro Cultural do Banco do Brasil
(Rua Visconde de Itaboraí 78). Localizado numa bela construção
histórica de 1880, o imóvel já serviu como sede do Banco do Brasil e da
Associação Comercial do Rio de Janeiro e em 1989 transformou-se num dos
melhores centros culturais da cidade, com dois teatros, quatro
salas para mostras, biblioteca, auditório, salas de vídeo e cinema.
Ilha Fiscal |
Sempre
que alguém quer se referir a um evento muito bom, e que não vai mais se
repetir, diz, em tom de brincadeira que aquele é o 'Ultimo Baile da Ilha
Fiscal'. A razão é que nesta ilha foi organizado, pelo Império
Brasileiro, em novembro de 1889, um baile de gala para cinco mil
convidados. Menos de uma semana após era proclamada a república,
caia a monarquia e a família imperial brasileira partia rumo ao exílio.
O último baile da ilha fiscal marcou o fim de uma época e entrou para a
história como exemplo de bons tempos que não voltam mais. A ilha,
no entanto, continua lá, não mais como reduto exclusivo da monarquia,
mas agora administrada pela marinha e aberta à visitação pública de 5as
à domingo. Para chegar até lá vá até a Praça 15 e siga até o Espaço Cultural da Marinha,
onde é feito o embarque numa escuna que transporta os visitantes à
ilha. O prédio, que lembra um castelinho, e era um dos endereços
preferidos de D. Pedro II, abriga atrações, exposições e guarda muitos
símbolos imperiais. |
A Marina da Gloria
é a uma das duas existentes na cidade (a outra situa-se na Urca), e
mesmo que você não tenha um iate para atracar, não deixe de passar por
aqui. O visual, em plena baía de Guanabara, com o Pão de
Açúcar de um lado, o centro da cidade do outro, e ao fundo os gramados
do Aterro do Flamengo formam um daqueles lugares que dão razão a quem
diz que a beleza do Rio é única. Foi inaugurada em 1979, faz parte do
complexo de jardins do Aterro, e situa-se a uma curta caminhada a
partir do Monumento dos Pracinhas (veja mais abaixo). Não existem
linhas de ônibus até aqui, mas para quem está no bairro do Flamengo,
basta atravessar uma das passarelas sobre as pistas do Aterro e seguir
em direção ao Monumento dos Pracinhas. Ou então tome como partida
o aeroporto Santos Dumont e siga a pé em direção à praia do Flamengo.
Na foto ao lado é mostrado o trecho 'aberto' da Marina, mas um pouco
adiante existe uma área exclusiva, onde ancoram as maiores
embarcações, e
que conta com serviços diversos e estacionamento privativo. |
Marina da Gloria / Centro |
Museu de Arte Moderna |
O Museu de Arte Moderna
foi inaugurado em 1948 e em pouco tempo já havia se transformado num
dos espaços culturais mais importantes da cidade. Sua arquitetura
arrojada transmite leveza e quase lhe dá a impressão de
flutuar, graças ao inteligente projeto do arquiteto Affonso Reidy. Ao
longo dos anos o museu foi palco de uma grande série de eventos
artísticos e culturais, algumas tragédias, como o grande incêndio de
1978, e já serviu até de locação para um vídeo da banda de rock U2.
Seu acervo conta com mais de dez mil itens, incluindo grande
parte da coleção particular de Gilberto Chateaubriand, constando de
trabalhos de Portinari, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Lasar Segall
entre outros. O museu situa-se no parque do Flamengo, próximo ao centro
da cidade e ao aeroporto Santos Dumont. |
O Monumento aos Pracinhas,
situado no Parque do Flamengo, foi concebido para homenagear os
combatentes brasileiros durante a segunda guerra mundial, e para
receber as sepulturas daqueles que tombaram durante os combates.
Inaugurado em 1960, o monumento é dominado por duas grandes colunas,
sobre a qual se apóia uma plataforma, representando o sangue de nossos
heróis oferecido à pátria. Lá estão os despojos de centenas de soldados
brasileiros que lutaram na Itália, e também uma tumba dedicada ao
Soldado Desconhecido, sobre a qual existe a inscrição 'Deus sabe seu
Nome".
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Monumento aos Pracinhas / Centro |
O Monumento aos Pracinhas (cujo
nome oficial é Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial), e ao
qual as crianças se referem como 'Bengala do Gigante), é guardado por
soldados da aeronáutica, marinha e exército, que se alternam a cada
mês. Também fazem parte do conjunto um museu, com equipamentos
utilizadas em combate, painéis de azulejos homenageando as
embarcações brasileiras afundadas por torpedos, e uma escultura em
granito, representando soldados das três armas. Procure, se possível,
assistir a cerimônia de mudança da guarda, que acontece no primeiro
domingo, ou 6a feira de cada mês. No local há um amplo estacionamento.
Situa-se a uma curta caminhada do Museu de Arte Moderna, referido logo acima.
Arcos da Lapa |
O
Aqueduto da Carioca, inaugurado em 1750, é um dos símbolos mais
conhecidos da cidade, e todos se referem a ele como 'Arcos da
Lapa'´. Situa-se, como o nome informa, no bairro da Lapa, um dos mais
tradicionais e boêmios do Rio. Sua finalidade principal era abastecer
com água o centro da cidade, onde hoje situa-se o Convento de Sto. Antonio,
seguindo depois até a Praça 15, onde aportavam os navios. Na
construção desta estrutura com 270 metros de comprimento e 17 de altura
foi utilizada quase que exclusivamente mão de obra de escravos. A
partir do século 19, no entanto, como já existiam melhores formas de
abastecimento da água, os Arcos passaram a ser utilizados como
viaduto de acesso ao bairro de Santa Tereza, por onde passariam a
circular os famosos bondinhos amarelos. |
A Lapa, no entorno dos Arcos, é
uma região repleta de bares, restaurantes, clubes noturnos, e durante a
noite fervilha de movimento, agitação e música, com gente nas calçadas,
bebendo, comendo e conversando até o raiar do sol. Destacam-se no
bairro as ruas do Lavradio, Carioca e Mem de Sá. Estação de metrô mais
próxima: Cinelândia. Na foto acima, são mostrados também alguns modernos
prédios do centro, situados ao longo da Avenida Chile e a Catedral da Cidade, construída em forma cônica.
E
já que estamos falando da Lapa, seria impossível não mencionar a
tradicional Rua da Carioca. Inaugurada em 1697, nela estavam situadas
as boas lojas de comércio e elegantes mansões. Já foi conhecida como
Rua do Egito e Rua do Piolho, assumindo a denominação atual a partir de
1848, já que conduzia ao muito freqüentado Largo da Carioca,
considerado então o centro do centro. Felizmente, muitos de seus
sobrados estão sendo restaurados, e ao percorrer esta rua, podemos ter
uma idéia de como era a arquitetura carioca na época do Império, e
constatar como é evidente a influência portuguesa na arquitetura da
cidade à época. O Largo da Carioca, situado numa das extremidades da
rua, é um dos centros populares do Rio, onde sempre estão
pregadores religiosos,
artistas desconhecidos, músicos exóticos, vendedores ambulantes e
de tudo mais um pouco. |
Rua da Carioca |
Tire ao menos uma hora para
percorrer esta região animada e popular, e não deixe de aproveitar
para conhecer alguns dos melhores e mais tradicionais restaurantes da
cidade, como o Bar Luiz
(Rua da Carioca 39), Bar Brasil (Mem de Sá 90) ou o Nova Capela (Mem de
Sá 96) onde chope de primeira e pratos deliciosos são sempre muito bem
servidos. Mas não pense que é só isto, porque na verdade a Lapa é um
mundo a ser explorado e existem muitos outros restaurantes e bares
ótimos, conforme o gosto e paladar de cada freguês. Estação mais
próximas de Metrô: Carioca.
E se você quer mesmo conhecer o
Rio a fundo, é essencial tirar um dia para conhecer os bairros
afastados da praia, começando pela Tijuca, Grajaú e Vila Isabel. Mesmo
estando afastados do mar, estes bairros tem uma longa e respeitada
tradição cultural. Além do mais oferecem muitas opções de lazer e comércio variado. A moçada daqui
diz que não há nada mais autenticamente carioca e gostoso que uma
cervejinha bem gelada acompanhada por uns petiscos caprichados e um
grupo de samba ou pagode providenciando o fundo musical, coisa que só
se encontra na zona norte da cidade.
Na verdade, mesmo não tendo os
encantos geográficos da zona sul, a zona norte não pode deixar de ser
lembrada, pois ela é o berço do samba, dos compositores
tradicionais e do autêntico espírito malandro carioca, que já deu ao
Brasil tantas obras primas da música popular. Esta é a terra de
Martinho da Vila, Jamelão, Pixinguinha, Noel Rosa, de tantos outros nomes
famosos.
Museu da República / Palácio do Catete |
O
Palácio do Catete (atual Museu da República) foi, antes da construção de
Brasília, o que é hoje em dia o Palácio do Planalto: O centro político
do país. Como sede do poder executivo entre os anos de 1897 e 1960,
este prédio monolítico, construído a partir de 1866, foi inicialmente
moradia do milionário António Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo.
Após a morte do empresário, o prédio foi um mal sucedido hotel, que
para quitar suas dívidas, acabou sendo vendido para o Banco do Brasil.
Somente em 1897, durante o governo de Prudente de Morais, o prédio foi
adquirido pelo governo federal, que fez do belo imóvel a sede do poder
executivo. Se as paredes deste palacete pudessem falar, teriam centenas
de histórias para contar, pois cada uma de suas peças parece guardar
mil lembranças, eventos e segredos da história brasileira recente,
dentre os quais se destaca o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em
agosto de 1954. |
O Palácio do Catete abriga
agora o Museu da República, em meio a um belíssimo jardim com estátuas,
lagos e agradáveis alamedas, sempre freqüentadas por crianças que vem
até aqui brincar. No local existe também uma livraria, sala de cinema e
um bom café, ideal para um lanche no final da tarde. No interior do
prédio, estão em exibição valiosas peças histórias, trabalhos de arte
diversos e obras raras. Destaca-se no museu o quarto onde o presidente
Vargas se suicidou, mantido até hoje da mesma forma como estava naquela
fatídica data. Estação de metrô mais próxima: Catete.
A
Urca é um dos bairros mais agradáveis da cidade e poucos são os
cariocas que não gostariam de morar lá. A razão é que é um lugar
gostoso, quase bucólico, com belas casas, prédios acolhedores, e
está situada aos pés do Pão de
Açúcar. Além disso, por não ser passagem para lugar algum é super
tranqüila, lembrando quase uma pequena cidade do interior.
Roberto Carlos mora na Urca, num apartamento de frente para o mar. No
bairro situam-se também marcos importantes da cidade, como o Instituto
Militar de Engenharia (IME), o Instituto Benjamim Constant, a histórica
Fortaleza São João e o Cassino da Urca, construído inicialmente para
servir como hotel, destinado aos visitantes da exposição internacional
de 1922, transformado em Cassino, em 1933 e que após a proibição do
jogo abrigou a TV Tupi, uma das primeiras emissoras do país. |
Mureta do bairro da Urca
|
Um ponto famoso da Urca é sua
Praia Vermelha, que ganhou este nome devido à cor predominante de
sua areia e de onde se pode ver o bondinho do Pão de Açúcar
passar quase
sobre nossas cabeças. Outra coisa muito gostosa na Urca é simplesmente
circular por suas calçadas, curtindo suas casas com fachadas de pedra,
os jardins, pequenas padarias, barzinhos onde todo mundo se conhece, as
agradáveis alamedas arborizadas, percorrer sua calçada ao longo da
mureta, de frente para o mar e seguir até o pequena marina dos
pescadores, numa das entradas do bairro.
Mas mesmo sendo um refúgio de
tranqüilidade, o bairro tem um point muito animado, e que já se
transformou em unanimidade entre os cariocas: A mureta da Urca, onde
nos dias de sol muita gente se reúne para papear enquanto curte os
deliciosos pastéis, petiscos e a cerveja bem geladinha, servida pelos
bares em frente, como o Bar e Restaurante Urca. E não deixe de
visitar também a Fortaleza de São João, onde Tiradentes esteve
aprisionado. O local tem um visual incrível e já serviu de locação para
filmes e novelas graças às suas grossas muralhas de pedra, construídas
a partir de 1618, e às desessete casamatas onde ficavam posicionados
seus canhões.
Santa Teresa |
Santa
Teresa, descrita por alguns como o Montmartre Carioca, é um bairro
tipicamente residencial, e com características únicas. Situa-se nas
encostas de um morro, tem vista privilegiada e é o único bairro da
cidade que tem ainda transporte feito por bondes. O nome do bairro tem
origem no convento que aqui existia no século 18. Sem trocadilhos,
pode-se dizer que Santa Teresa passou por altos e baixos. Foi um bairro
exclusivo, onde a temperatura era (e continua sendo) sempre mais amena
que no restante da cidade, atravessou um período de degradação, e de
uns tempos para cá voltou a ser muito procurada, graças ao surgimento
de bons restaurantes e hostels diversos, freqüentados principalmente
por turistas que procuram bons preços e lugares fora do agito dos
bairros da zona sul. |
Mas, entre sua infinidade de
ladeiras, pracinhas, casarões, mansões, estúdios, ateliês, vilas,
artistas, intelectuais, turistas estrangeiros e principalmente
moradores orgulhosos de seu bairro que dizem que nunca o trocariam por
outro lugar, a marca registrada de Santa Teresa é mesmo seu bondinho.
Ele parte do centro da cidade (rua Lélio Gama, perpendicular à Avenida
Chile, quase ao lado do prédio da Petrobrás) atravessa os Arcos da Lapa
e segue bairro acima, fazendo deste um transporte útil para moradores e
divertido para turistas. Infelizmente, devido a um acidente ocorrido em
2011 o funcionamento do bondinho encontra-se temporariamente
interrompido até que sejam completados os prometidos serviços de
modernização.
Mas mesmo sem bondinhos,
pode-se chegar facilmente a Santa Teresa, e para quem vem da zona sul
da cidade, o acesso mais prático é através do bairro Laranjeiras,
bastando seguir pela rua das Laranjeiras, dobrar à direita na rua Alice
e depois seguir sempre em frente (atenção, ao chegar lá em cima, não
cruze o túnel e dobre antes à direita). Uma alternativa para quem
está a pé é ir até a rua Joaquim Silva (Lapa) e seguir a subida pela
famosa 'Escadaria Selaron', coberta com mosaicos de cores fortes, obra
do artista chileno Jorge Selarón. Ao passear em Santa (como é conhecida
pelos íntimos), não deixe de conhecer também o pólo gastronômico
situado no do Largo dos Guimarães, uma das regiões mais animadas do
bairro.
Poucas
igrejas no Rio (se é que alguma) tem o prestígio da Igreja de Nossa
Senhora da Glória do Outeiro, popularmente conhecida como Igreja da
Glória, e as principais razões disto são sua história e localização.
Situada no alto de uma colina, de frente para o mar, dominando abaixo
os bairros da Gloria, Flamengo e arredores, ela é considerada uma jóia
arquitetônica brasileira, ao mesmo nível das famosas igrejas históricas
de Minas Gerais. Construída a partir de 1714 e inaugurada em 1739, a
igreja do Outeiro da Gloria foi a primeira em estilo barroco do Rio e
ocupava uma situação de destaque na época, sendo facilmente vista à
distância pelas embarcações que se aproximavam do porto, fazendo com
que logo se tornasse um dos símbolo mais conhecidos da cidade,
retratada em inúmeras pinturas e gravuras do Rio de Janeiro colonial.
Sabe-se
que após a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808, a
Igreja da Glória logo tornou-se sua preferida. Aqui foi batizada a
princesa Maria da Glória, que viria a ser a rainha Maria II de
Portugal, filha de D. Pedro I e da princesa Leopoldina, assim como aqui
foram também batizados todos os novos membros da família imperial,
inclusive D. Pedro II e sua filha, a Princesa Isabel. A igreja foi
erguida na forma de dois octógonos, sendo que no maior situa-se a nave
e no menor o altar e a sacristia. É uma igreja pequena e delicada, mas
preciosa e que de além de tudo, oferece uma vista maravilhosa da cidade
a seus pés. Estação de metrô mais próxima: Glória. |
Igreja da Gloria |
Praia do Grumari |
Praias
o Rio tem muitas, todo mundo sabe. Mas praias especiais ... bem, também
são muitas. Mas se pensarmos em praias especiais e preservadas, onde a
natureza em volta permanece intocada, tal como sempre foi, aí sim,
serão poucas. E neste quesito destaca-se a Praia do Grumari.
Situada na região da Barra da Tijuca, esta é aquela praia onde não se
está cercado por prédios, restaurantes, residências, nem poluição nem
barulho de trânsito. É uma praia de águas límpidas e transparentes, com
areia cristalina e vegetação exuberante ao redor. Quase uma praia
paradisíaca, como aquelas que a gente vê nos filmes de alguma ilha
perdida do Pacífico. A vantagem é que esta fica bem mais perto, a
somente uns vinte quilômetros do centro da Barra da Tijuca, zona oeste
do Rio. |
Grumari e Prainha formam uma
dupla de praias especiais, integrantes de uma reserva ambiental e
ecológica, e são praias que todos deveriam conhecer. Procure visitá-la
fora dos fins de semana, quando sua freqüência fica ainda menor, e se
por acaso estiver fazendo um dia com pouco sol, quem sabe você tenha a
sorte de ter a praia de Grumari só para você (e quem sabe sua
companhia....). Acesso somente por carro, a partir do Recreio dos
Bandeirantes.
Na
estrada de subida para a Floresta da Tijuca, um pouco após o Jardim
Botânico, existe
um mirante de onde se tem uma das mais belas vistas da cidade, e onde
foi construido um pagode chinês, o que deu ao lugar o nome de Vista
Chinesa. Toda esta região é conhecida como Alto da Boa Vista, e nem
seria necessário explicar a razão do nome. A subida pela
estrada que conduz à
Vista Chinesa é um passeio que quase nos faz esquecer que estamos numa
área urbana, lembrando muito mais uma experiência em plena
floresta. Somos cercados
pela mata, alta umidade, temperaturas amenas, e é comum ver pássaros e
pequenos animais à margem da estrada. A Vista Chinesa está 380 metros
acima do nível do mar e daqui se pode apreciar diversos pontos famosos
do Rio, como a estátua do Cristo, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Pão de
Açúcar, diversas praias e até o lado oposto da Baía de Guanabara e as
praias de Niterói. |
Vista Chinesa |
O pagode foi construído em
1903, como homenagem aos trabalhadores vindos de Macau, China. Um pouco
mais adiante, seguindo a mesma estrada, chega-se ao local conhecido
como 'Mesa do Imperador', e conta-se que o nome surgiu porque o local -
de onde também se tem uma vista muito bonita - era um dos preferidos da
família real. O acesso a estes locais é feito somente de carro, devendo-se ir até o
bairro Jardim Botânico, pegar a rua Pacheco Leão e seguir sempre em
frente. Em alguns trechos da mata, não é incomum encontrar
atletas em treinamento, correndo morro acima.
Mais adiante, no alto da Boa
Vista, há uma bifurcação na estrada e quem não quiser voltar pelo mesmo
caminho pode prosseguir sempre em frente, pegar a esquerda e seguir
pela 'Estrada de Furnas' até a Barra. Ou então, quem preferir ir para a
zona norte, pode pegar o desvio para a direita e seguir até a Tijuca,
pelas ruas Boa Vista e Conde de Bomfim. É importante lembrar, no
entanto, que algumas pessoas, mesmo de carro, se perdem na mata, por
isso é aconselhável fazer este passeio acompanhado por alguém que
conheça bem esta região.
Caminho Cláudio Coutinho |
O
Caminho Claudio Coutinho é um lugar desconhecido de muitos cariocas, o
que é uma pena, porque tem acesso fácil, é perto e muito bonito. É uma
estrada com pouco mais de um quilômetro de extensão, construída próxima
à base do Pão de Açúcar e este também é um daqueles lugares tão
tranqüilos que nem parecem ficar no Rio. Tire uma hora para vir
caminhar por aqui, entre a rocha e o mar, ouvindo o barulho das ondas,
curtindo o verde da mata em volta, os pássaros e os macaquinhos que
volta e meia aparecem. O nome da trilha foi dado em homenagem ao
saudoso técnico da seleção Claudio Coutinho e ela está situada no
bairro da Urca, com início entre a Praia Vermelha e o prédio da Escola
Superior de Guerra. O local é muito freqüentado por pescadores e
atletas, mas em dias de sol muitas famílias vem também percorrer juntas esta
bela trilha. |
Para
curtir Ipanema e Leblon faça uma caminhada do Arpoador até o final
do Leblon pelo calçadão da elegante Av. Vieira
Souto, situada frente ao mar, e aprecie os prédios chiquérrimos onde as
vezes não se vê ninguém nas janelas. Pois é, gente chique nunca vai nas
janelas... Depois volte por dentro, pelas avenidas Delfim Moreira
(Leblon) e Visconde
de Pirajá (Ipanema). Ao longo
destas avenidas e suas transversais estão lojinhas, butiques,
restaurantes, cafés, bares, galerias e livrarias que fazem destes dois
bairros concorridos pólos culturais. E no caminho aproveite para
dar uma passada no elegante Shopping Leblon (Av Afranio de Melo Franco 290) e tomar um café na sempre agradável Livraria da Travessa.
Mas
lembre, Ipanema
e Leblon são lugares de gente cool, por isso ao passear por lá é
importante entrar no clima, e se por acaso cruzar no calçadão
ou ver sentado ao seu lado
na mesa aquele
famoso artista da Globo, ou músico de fama internacional ou atriz
badalada assuma um ar blasé, finja que vocês se vêem todos os
dias e nem pense em se atirar a seus pés... |
Vista aérea de Ipanema e Lagoa |
Vista aérea do Joá /Joatinga
|
Há
quem considere o bairro do Joá como a Beverly Hills carioca, devido
às suas construções exóticas e luxuosas, construídas em ruas curvas
sobre a encosta, de frente para o mar e isoladas de qualquer tipo de
comércio e movimento. É um refúgio e ao mesmo tempo um lugar
impraticável para quem não tem carro. Mas enche os olhos dos visitantes
como poucos outros do Rio. Mansões de arquitetura audaciosa, duplex e
triplex encravados na montanha, coberturas com piscinas, paredes todas
de vidro, escadarias que levam ao mar. Tudo aqui lembra um cenário de
filme de luxo. |
O acesso ao Joá é feito a
partir do bairro de São Conrado, através da estrada do Joá, construída
em 1929, e que até a construção do Elevado do Joá, era o único acesso à
Barra (o que não era problema algum, já que na época a Barra era um
areal freqüentado por poucos pescadores). Tire uma hora ou duas para
vir até o Joá e circular por suas ruas, ladeiras, apreciar os ousados
projetos arquitetônicos que se espalham sobre suas colinas. O Joá
oferece ainda pontos de vista excepcionais para se apreciar o mar, a
Barra, a e a monumental Pedra da Gávea.
Um local de destaque no bairro
é o Clube Costa Brava, construído sobre uma ilhota de pedra e ligada ao
restante do bairro por uma ponte (extremidade direita da foto acima) e
o Elevado do Joá, que, com quatro quilômetros de extensão, liga o
bairro de São Conrado à Barra (também mostrado na foto acima, a linha
curva situada pouco acima do nível do mar).
Sorria, você está na Barra! Isto é o
que diz o cartaz de boas vindas a quem sai do Túnel Zuzu Angel e
atravessa a ponte sobre o Canal de Marapendi, mostrado na foto ao lado. A Barra
da Tijuca é o mais novo bairro do Rio, e se há trinta anos esta ponte
dava acesso somente a um grande areal com vegetação rasteira, hoje quem
chega na Barra vai encontrar, como dizem os cariocas, a Miami do Rio.
Construções arrojadas, espaços amplos, shoppings audaciosos e grandes
distâncias, onde o carro é uma necessidade. A Barra costuma fascinar
principalmente as novas gerações, pois aqui tudo é novo e shoppings e
lugares de agito existem aos montes. |
Vista aérea da Joatinga / Início da Barra |
São Conrado / Joatinga / Pedra da Gávea |
A
Pedra da Gávea, na verdade uma imponente montanha formada por um
monolito de gnaisse, é provavelmente, a formação rochosa mais conhecida
do Rio, depois do Pão de Açúcar. Sua plataforma superior, situada
a 842 metros de altitude, e seu 'rosto' lateral, já foram
cenários de filmes, musicais, comerciais e continua inspirando músicos
(Rick Wakeman, o famoso tecladista inglês fez uma composição chamada
Pedra da Gávea), artistas e lendas sobre antigas civilizações. Aos pés
da Pedra da Gávea situam-se os bairro de São Conrado, Joatinga e mais
além, a Barra. Em dias de sol, na Praia do Pepino (como é conhecido o
trecho final da Praia de São Conrado), é comum ver o céu tomado por
asas delas e parapentes em curvas e evoluções, já que a rampa de
lançamento dos pilotos fica na estrada que circunda a Pedra da Gávea.
Quiosques diversos, condomínios elegantes e carros com asas deltas
enroladas sobre o teto, retornando à Pedra Bonita para mais um
vôo, são imagens típicas deste lugar. Há diversas linhas de
ônibus ligando São Conrado aos outros bairros da cidade. |
Em São Conrado, vale a pena
curtir a Praia do Pepino, caminhar pela areia ao longo de toda sua
extensão, beber um suco ou chope num de seus quiosques, quem sabe um um milho
cozido, e para quem quiser uma boa refeição, é só atravessar as pistas
da Auto Estrada Lagoa Barra (atenção, é muito movimentada) e ir à Churrascaria Oásis,
uma das mais melhores e mais tradicionais da cidade. Logo adiante
situa-se a famosa Rocinha, a maior favela do Rio. Ao contrário do que
alguns pensam a maioria absoluta de moradores desta comunidade é formada por pessoas trabalhadoras
e por boas famílias. Na verdade, conhecemos pessoas ótimas, de bom
coração e honestíssimas, que moram com suas famílias na Rocinha, e
trabalham da manhã à noite em outros bairros.
A favela (ou 'Comunidade', como
convencionou-se chamar dentro do conceito de 'politicamente correto'),
é, como sabemos, um fenômeno presente em todo o Brasil, especialmente
nas grandes cidades, onde o problemas de falta de moradia e transportes
de massa ineficientes levaram ao surgimento destes núcleos
habitacionais, geralmente sem arruamentos adequados ou serviços básicos
de higiene. Medidas recentes tomadas pelo poder público tem
contribuído, em algumas destas comunidades, para devolver à esta parte
da população condições dignas de segurança e cidadania. Mas a verdade é
que ainda existe muito a fazer.
Ao
lado, outra vista da Pedra da Gávea, mostrando mais de perto sua
plataforma superior e seu 'rosto' que, segundo algumas teorias, teria
sido esculpido por antigas civilizações vindas do outro lado do oceano,
muito antes da chegada dos primeiros navegadores portugueses. Existe
até mesmo uma inscrição na pedra, atribuída por alguns à civilização
Fenícia, o que nunca foi comprovado. Aventureiros podem estar
interessados em saber que há trilhas que conduzem à plataforma superior
da Pedra, embora tenham um alto grau de dificuldade e não sejam
recomendadas para amadores. Quem realmente estiver interessado deve se
informar bem como proceder junto à entidades de alpinismo e trecking. A
subida costuma durar de duas a quatro horas, e inclui ainda a escalada
de um paredão de 30 metros. No entanto, quem chegar lá em cima, será
premiado com uma das mais belas vistas do Rio, e terá à sua frente a
imensidão do oceano, e ainda a Floresta da Tijuca, Corcovado, Pedra
Bonita, São Conrado, Leblon, Ipanema, Barra, Lagoa e Niterói. |
Pedra da Gávea |
Recreio dos Bandeirantes / Pontal do Recreio |
Ok,
você não está nem um pouco interessado em escalar pedras, trilhas no
meio do mato e muito menos subir um paredão de trinta metros. Neste
caso ao passar pela Pedra da Gávea, simplesmente diga 'Como é Bonita',
e siga em frente. Depois de atravessar toda extensão da Barra (uma
praia de 18 quilômetros) chega-se ao 'Recreio dos Bandeirantes'. Este é
um dos bairros mais novos da cidade, lembra em certos aspectos uma
cidade do interior, com muitas residências e diversos prédios de
poucos andares. Além da bela praia, a região conta com diversos
parques ambientais, como o Parque Chico Mendes e o Parque Marapendi. É
uma região tranqüila, e devido à distância e aos poucos transportes
públicos até lá, pouco freqüentada por turistas. |
Como curiosidade procure ver a
rocha conhecida como 'Pedra de Villegaignon', local onde em 1555
desembarcaram os franceses, liderados pelo almirante Nicolas
Villegaignon, com o objetivo de fundar aqui uma colônia, chamada França
Antártica. O Pontal de Sernambetiba também foi eternizado na música
graças à Tim Maia, em sua canção 'Do 'Leme ao Pontal'. É uma região
mais distante, mas com praias limpas, areias brancas e livre de
poluição, ideal para um passeio de dia inteiro.
O principal marco desta região,
é a ilhota/rocha situada em frente ao litoral, ligada à praia por um
istmo de areia branca. De um lado situa-se a praia do Recreio, e do
outro a praia do Pontal. Tomar um banho de mar nesta faixa de areia
entre as duas praias, é gostoso demais.
Inaugurado
em 1965, o Aterro do Flamengo veio suprir a cidade de dois itens que,
já naquela época, eram muito necessárias: Uma grande área verde e uma
via de transito expresso entre a zona sul e o centro. E nestas últimas
décadas o Aterro integrou-se de tal forma à vida dos cariocas que hoje
ninguém conseguiria imaginar o Rio sem este parque. Em dias úteis é a
rota principal de milhares de pessoas na ida para o trabalho e na volta
para casa. Nos fins de semana é uma imensa área de lazer fechada ao
tráfego. Em datas festivas é um local privilegiado para shows,
apresentações e competições diversas. E no dia a dia, é uma das caras
mais conhecidas do Rio. Distribuídos ao longo de uma área de mais de um
milhão de metros quadrados, situam-se ainda o Museu de Arte Moderna, o
Monumento aos Pracinhas, a Marina da Gloria, o Monumento a Estácio de
Sá, (fundador da Cidade do Rio, em 1565) uma ótima churrascaria, e diversas quadras esportivas. E
claro, uma praia. |
Aterro do Flamengo / Centro |
No Aterro, quase em frente ao Morro da Viúva, situa-se um dos restaurantes mais prestigiados da cidade, a Churrascaria Porcão.
Ao contrário do que o nome sugere, o restaurante não é especializado
somente em suínos de grande porte e o nome surgiu devido à proximidade
da primeira loja da rede com um supermercado que, na época, tinha como
símbolo um porquinho sorridente. Vídeo: Pistas do Aterro
Praia do Flamengo |
A Praia
do Flamengo foi criada artificialmente na mesma época em que
foi construído o Parque do Flamengo. O interessante é que, apesar de
milhares de cariocas
cruzarem as pistas do Aterro todos os dias, na ida e na volta do
trabalho, muitos nunca botaram os pés neste parque nem
vieram à praia do Flamengo. A razão é que, mesmo tendo águas
calmas e sem ondas, a praia do Flamengo, por estar situada dentro
da
baía, não costuma apresentar águas apropriadas ao banho de mar. Além do
que, entre cariocas, esta nunca foi considerada uma praia muito
convidativa, como Copacabana, Ipanema ou Leblon. Em compensação, para
se
chegar até esta praia, o acesso é agradável como em poucos outros
lugares, e segue por passarelas sobre as vias de transito e depois por
entre uma grande diversidade floral, formada por espécies
nativas selecionadas pelo paisagista Burle Marx, e às vezes
também
sob revoadas de passarinhos que tem seus ninhos por aqui.
Nas comemorações do bicentenário da
revolução francesa, foi construída no parque uma réplica, em escala
menor, da Torre Eiffel, que atraiu milhares para os festejos. E na
virada do ano, no Parque do Flamengo também é organizada uma bela
queima de fogos, preferida por muitos que não querem ou não estão com
disposição para enfrentar as dificuldades de trânsito para chegar a
Copacabana. |
Em
dias de sol, a praia do Flamengo fica lotada, e mesmo quem prefere não
entrar na água encontra boas opções de lazer em suas barraquinhas
plantadas à beira da pista exclusiva de pedestres. Atletas e corredores
de fim de semana, assim como ciclistas, também são frequentadores
assíduos do Parque do Flamengo e percorrer os três quilômetros desta
via, indo desde o Museu de Arte Moderna até o Morro da Viúva (atrás dos
prédios brancos mostrados na foto), tendo o visão do Pão de Açúcar de
um lado e o Parque do outro, é um programa que faz bem ao corpo e à
mente. Muita gente aluga bicicletas de aluguel que podem ser
retiradas em um posto e devolvidas em outro (é preciso se cadastrar
antes), e percorrer distâncias ainda maiores, seguindo pelas praias do
Flamengo, Botafogo e até mais além, seguindo até Copacabana. As vias
destinadas ao ciclismo estão cada vez mais extensas no Rio, e já cobrem
grande parte da cidade, principalmente na zona sul. |
Praia e Parque do Flamengo |
Quinta da Boa Vista
|
E
já que estamos falando de programas populares, como a Praia do
Flamengo, vamos continuar no mesmo tema: Vá a 'Quinta da Boa Vista'
numa tarde de domingo. Situada na zona norte do Rio, no bairro de São
Cristóvão, este parque, na verdade, embora seja um programa super
popular, tem origem e história nobres.
Antes da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808, o a propriedade
pertencia a um rico comerciante português, que graças à bela vista que
dali se descortinava, havia lhe dado o nome de Quinta (propriedade
rural, sítio, chácara) da Boa Vista. Consta que este comerciante, num
gesto de boa vontade e senso de oportunidade, decidiu doá-la a Dom João
VI e sua família, pois os nobres recém chegados não tinham residência
adequada para morar, dada a falta de moradias apropriadas no Rio de
Janeiro da época. |
Conta a história que o
comerciante caiu nas graças da Corte, conseguiu outro terreno e muitas
outras vantagens. Por sua vez, Dom João aceitou a oferta, feliz da
vida, e tratou de dar início à ampliação do casarão, transformando-a na
residência real. Ao longo dos anos seguintes, a reforma transformou a
mansão original num verdadeiro palácio, projetado inicialmente pelo
arquiteto inglês John Johnston, à semelhança dos palácios existentes em
Portugal e inspirado nas linhas de Versalhes. Posteriormente o palácio
foi complementado por diversos outros artistas, com pinturas, decoração
e ainda com a criação de um belo parque, portões, jardins, alamedas e
lagos. Foi na Quinta da Boa Vista que nasceu e viveu Dom Pedro II.
Atualmente, o palácio que abrigou a família imperial portuguesa sedia o Museu Nacional,
e em seus salões estão tesouros de civilizações antigas, múmias, peças
históricas e muito mais. A parte triste da história é que nas últimas
décadas muito pouco foi feito para preservar este prédio de história
tão importante, e visitantes não raro costumam se surpreender com
goteiras e coisas do gênero, já que a restauração segue a passos
lentos. No terreno anexo ao museu estão situados o Zoológico do Rio
(crianças adoram) e os jardins da Quinta, muito freqüentado por
moradores, que o escolheram como uma das principais área de lazer da
zona norte. Acesso pelo metrô, linha 2. Desça na estação São Cristóvão,
o acesso à Quinta fica quase em frente à saída do metrô.
Rio
e Niterói são cidade gêmeas, todo mundo sabe. Milhares de pessoas moram
numa e trabalham na outra, e todos os dias precisam cruzar a Baía de
Guanabara para chegar ao seu destino. Mesmo após a inauguração da ponte
ligando as duas cidades, em 1974, muita gente prefere continuar a fazer
a travessia de barca, porque é mais rápido, não tem congestionamentos e
se desembarca bem no centro da cidade de destino. Cruzar a baía de barca
é transporte, mas também pode ser curtição, principalmente para quem
não está acostumado com este tipo de passeio, quer ter uma vista das
duas cidades de um ângulo privilegiado e tem curiosidade de conhecer
Niterói mais de perto. |
Barcas Rio - Niterói / Ilha Fiscal |
As embarcações partem várias vezes por dia, o bilhete é barato e o passeio é muito agradável. Evite os
horários de pique (início da manhã e fim da tarde), e se possível faça
o passeio num fim de semana, quando a travessia é ainda mais tranqüila.
A estação de embarque situa-se na Praça XV, servida por diversas linhas
de ônibus. Quem quiser ir de metrô deve descer na estação Carioca, e
depois seguir a pé (cerca de um quilômetro) até a Praça XV.
E já que estamos falando de passeios fluviais, outra dica é conhecer também a Ilha de Paquetá,
situada bem no centro da Baía da Guanabara. As embarcações que conduzem
até lá também parte da Praça XV, tem uma freqüência um pouco menor que
as barcas para Niterói, e a viagem dura pouco mais de uma hora. Em
Paquetá, eternizada no romance 'A Moreninha', de Joaquim Manuel de
Macedo. Reduto do Rio colonial, um dos locais
preferidos da família Imperial, a melhor forma de percorrer esta ilha é
alugando uma bicicleta. Percorra suas alamedas, curta os casarões,
chácaras, praias, igrejas e no final do dia pegue a barca de volta para
o Rio.
Fortaleza de Sta Cruz (Niterói)
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Quem
fizer o passeio de barca até Niterói, não deve deixar de conhecer a
praia de Icaraí, considerada a Copacabana do outro lado da baía. E
depois de passear por lá siga até um dos mais importantes pontos
turísticos e históricos da cidade, a Fortaleza de Santa Cruz,
situada na entrada da baía, e que junto com a Fortaleza de São João
(bairro da Urca, no Rio), representavam a principal linha de defesa
contra eventuais invasões inimigas no tempo do Rio colonial.
Situada
no bairro de Jurujuba, a primeira bateria militar construída neste
local pelos portugueses foi erguida em 1584 e quinze anos após, ela
serviria para repelir uma tentativa de invasão holandesa, liderada pelo
almirante Olivier van Noort.
Em 1612 a fortaleza já
contava com vinte canhões, e nos anos seguintes continuou sendo
expandida, o que serviria para repelir também a esquadra francesa de
cinco navios e mil soldados, liderada pelo corsário
Jean-François Duclerc, em 1710. Mas seus armamentos não foram
suficientes para repelir a nova tentativa de invasão francesa, ocorrida
no ano seguinte, e que agora contava com 18 navios e quase seis mil
homens. Após a retirada francesa, os portugueses viram que era
necessário fortificar ainda mais a posição, e em 1738, ela contava com
64 pelas de artilharia, embora nem todas fossem operacionais. |
Com a chegada do ciclo de ouro
proveniente das Minas Gerais, a fortaleza entrou em nova fase, onde a
proteção do ouro embarcado para Lisboa era essencial. Foi então
elaborado um novo plano de fortificação para o local, com a construção
de casamatas, novas baterias, grossas muralhas, pontilhões e também um
novo paiol, além de instalações complementares.
Ao longo das décadas seguintes,
a Fortaleza de Santa Cruz iria participar de diversos momentos
importantes da história brasileira, como em 1922, durante a chamada
"Revolta do Tenentismo' e em 1955, contra o Cruzador Tamandaré,
durante o chamado ' Movimento de 11 de Novembro', quando foi dado o
último tiro por uma de suas baterias. Nela estiveram presos diversos
personagens ilustres da história, como José Bonifácio de Andrade e
Silva (o Patriarca da Independência), Bento Gonçalves (líder da
Revolução Farroupilha), Euclides da Cunha, Plínio Salgado, Luís Carlos
Prestes Juscelino Kubitschek e Darcy Ribeiro, entre outros.
Atualmente a fortaleza é
administrada pelo exército brasileiro, e grande parte de seus sete mil
metros quadrados de área e diversas instalações estão abertos à
visitação pública. Valem também ser visitadas a Capela de Santa
Bárbara, assim como alguns locais de triste memória, como as masmorras,
a chamada Cova da Onça (local de torturas), e o pátio onde eram feitos
os enforcamentos dos condenados.
Bem
perto da estação de embarque das Barcas, em frente à Praça XV, está
um autêntico tesouro arquitetônico do Rio antigo, o Arco do Teles.
Atravessar este arco é quase como cruzar um portal do tempo e voltar à
época imperial, quando D. Pedro freqüentava o Paço Imperial,
comerciantes portugueses, brasileiros e escravos transitavam pelas
ruas, entre carruagens e cavalos, e era possível ver caravelas
ancoradas logo adiante, na Praça XV. A construção do Arco aconteceu
durante o século 18, e ele servia de comunicação entre as antigas
Praças do Carmo e a Rua da Cruz. Seu nome é referência à família Teles
de Meneses, proprietária do terreno. Infelizmente, em 1790, um grande
incêndio destruiu a propriedade, e somente o arco foi poupado pelas
chamas. Atravessando o arco chega-se a um conjunto de pequenas ruas em
labirinto, ocupadas por sobrados históricos restaurados, agora ocupados
por diversos bares, restaurantes, galerias de arte e outros
estabelecimentos comerciais. |
Travessa do Comércio / Arco do Teles
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O melhor momento para conhecer
o Arco do Teles e as vielas que partem daqui é por volta do meio dia,
quando os restaurantes ficam super animados e colocam mesas nas
calçadas, ou no final da tarde, quando o local é tomado por gente que
vem curtir a happy hour.
E se você ficou curioso ao ler
a referência logo acima a respeito do Paço Imperial, não deixe de
conhecer também este belo prédio, situado em frente ao Arco do Teles.
Sua construção teve início em 1733, e depois de pronto serviu de
residência a Dom João VI, rei de Portugal, e mais tarde dos imperadores
D. Pedro I e D. Pedro II. O prédio tem dois pavimentos em formado
retangular e um generoso pátio interno. Conta também com janelas
dotadas de sacadas e molduras de vergas curvas, o que até então nunca
tinha sido construído no Brasil.
Até o ano de 1808, após a
chegada da família imperial ao Brasil, o prédio foi promovido à
categoria de Paço Real, servindo como local dos despachos reais e
imperiais. Também a Casa da Moeda e o Real Armazém passaram a ocupar
trechos do primeiro pavimento. Percorrer as instalações do Paço
Imperial é conhecer de perto um pouco da história do Brasil e seus
personagens. E após o passeio aproveite para tomar um delicioso café
com doces ou salgados no espaço gastronômico situado no térreo. O local
conta ainda com um centro cultural, onde, entre outras coisas, há uma
biblioteca e uma excelente loja de CDs e DVDs, com muitas raridades.
Leblon e Ipanema vistos do Parque do Penhasco Dois Irmãos
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O
Parque do Penhasco Dois Irmãos oferece uma das melhores vistas, talvez
mesmo a melhor, das praias de Ipanema e Leblon, mas não é muito
freqüentado, pois muitos não sabem de sua existência. O acesso é feito através das ruas
Avenida Aristides Espínola (finalzinho do Leblon, próximo da praia),
seguindo depois pela rua Aperana, sempre em frente até chegar à
plataforma de observação mostrada na foto ao lado. O mirante existe há
muitos anos, mas somente depois que a prefeitura urbanizou a área, em
1992, criando no local áreas de piquenique, uma arena teatral e
parquinhos para crianças, o local ganhou um nome oficial e passeou a
ser mais conhecido. Ainda assim, como pouca gente tem as pernas
necessárias para subir até lá, permanece pouco freqüentado, o que é uma
injustiça. Se você estiver de carro a subida é rápida, e o local tem um
bom estacionamento. O parque ganhou este nome porque situa-se aos pés
do Morro Dois Irmão, como são conhecidos os picos gêmeos que dominam as
praias de Ipanema e Leblon. |
O Forte de Copacabana
está situado no finalzinho da praia de Copacabana, na região conhecida
como 'Posto 6' e assim como outras fortificações da cidade, esta também
desempenhou papel importante em diversos momentos da história
brasileira. Sua construção teve início em 1769, por ordem da
Coroa portuguesa, preocupada com eventuais invasões espanholas no
litoral brasileiro. Após a vinda da família imperial para o Brasil, em
1808, D. João VI determinou que um novo forte fosse construído no mesmo
local, mas ao que consta, somente a partir de 1823, ele ficou
operacional. Mesmo assim, com o tempo o forte ficou novamente superado
em termos militares, tornando necessário uma nova reforma com
instalação de baterias potentes e de longo alcance. |
Forte de Copacabana e ao fundo, o Pão de Açúcar |
Este novo forte foi inaugurado
em 1914, e de lá para cá sua aparência manteve-se praticamente sem
alterações. O Forte de Copacabana ocupa uma área com mais de cem mil
metros quadrados, suas casamatas tem paredes com doze metros de
espessura, tem câmaras de tiro, paióis, refeitório e alojamentos
militares completos. Mas sua marca registrada são mesmo as quatro
cúpulas giratórias, onde estão instalados os grandes canhões, sempre
apontando para o mar. O forte é aberto à visitação e toda área é muito
agradável de percorrer, com belas vistas de Copacabana e do Pão de
Açúcar. No local existe também uma pequena filial da Confeitaria
Colombo, onde se pode tomar um chá com doces ou torradas, apreciando as
ondas beijarem as areias do Posto 6.
São Conrado
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A Rampa de Pedra Bonita
é o local de onde decolam as asas deltas que colorem os céus sobre a
praia de São Conrado. O acesso até lá é feito a partir da Estrada das
Canoas, a qual parte do bairro de São Conrado e segue o contorno da
Pedra da Gávea. Em determinado ponto há um desvio à esquerda, indicando
a estrada - bem íngreme - que conduz até a rampa de lançamentos,
situada a mais de 500 metros de altitude. Quem curte aventuras deste
tipo, pode não somente apreciar o visual, mas também fazer um vôo
conjunto com alguns dos instrutores habilitados. No próprio local é
possível conseguir informações sobre como proceder. E depois de visitar
a rampa, siga em frente até as Paineiras, uma bela estrada que contorna
os morros do Corcovado e Sumaré, que oferece um visual incrível da
cidade, e faz a gente se sentir em plena mata, rodeado de
macaquinhos e pássaros. No caminho também é possível curtir um banho
numa das três cascatas existentes às margens do caminho. |
Falar
sobre o carnaval no Rio é chover no molhado, já que praticamente todo
mundo conhece. É nesta época do ano que podem ser vistos no porto do
Rio, imensos transatlânticos ancorados em fila, paralelos ao cais,
trazendo turistas de todas as partes do mundo. O Carnaval do Rio é uma
história de sucesso, e a cada ano parece atrair mais gente para a
cidade, lotando hotéis e pousadas, fazendo com que se escute pelas ruas
línguas e sotaques de todos os tipos.
É verdade que
nem todos cariocas curtem esta época do ano, pois grande parte do
comércio fecha, ruas são interditadas, congestionamentos são
inevitáveis e a cidade fica lotada de gente que nem sempre se comporta
de maneira adequada. Mas, para turistas que querem encontrar uma cidade
divertida, alegre, regada a praia, cerveja, samba, calor e pouca roupa
o Rio vira um paraíso (ou um inferno, dirão alguns....).
O
Carnaval do Rio tem várias faces, e muitas delas não aparecem na
televisão. Começando pelo centro da cidade, onde criativas fantasias
caseiras e blocos do 'Eu Sozinho' dividem o espaço com escolas
secundárias, blocos e grupos de ritmistas em cada esquina. As bandas e
blocos, em número cada vez maior, podem ser vistas em praticamente
todos os bairros, arrastando multidões, como a Banda de Ipanema,
Simpatia é Quase Amor, Suvaco de Cristo, Bola Preta, Carmelitas e
muitas outras. |
Carnaval
|
O sucesso desta bandas e blocos de rua nos últimos anos tem sido tão grande (Bola Preta
teve quase dois milhões de participantes), e a Banda de Ipanema foi
seguida por centenas de milhares) que a prefeitura se viu obrigada e
controlar com rigor quais bandas serão autorizadas a desfilar, e por
onde podem passar. Ao mesmo tempo, na zona norte e
subúrbios são freqüentes os grupos de 'Bate-Bolas', grupos formados por
dezenas de mascarados com mesma fantasia, que saem pelas ruas fazendo
barulho e, batendo em todos com suas bexigas de borracha e mexendo com
todo mundo pelo caminho. Mas o ponto alto do carnaval é mesmo o famoso
desfile do grupo especial das escolas de samba, no domingo e na 2a
feira, e este você provavelmente já assistiu pela televisão. Quem
quiser pode até participar. Basta escolher a escola do seu coração e
torcer. Portela, Mangueira, Salgueiro, Beija Flor, Império Serrano,
Imperatriz... Todas escolas aceitam interessados em participar, desde
que você compre sua fantasia. Geralmente as fantasias mais baratas
esgotam primeiro, por isso se quer mesmo sair em alguma ala de escola
de samba não deixe para se inscrever na última hora.
E lembre também que nas
diversas quadras de escolas de samba, quase todas na zona norte, são
comuns os 'Ensaios das Escolas de Samba', que na verdade não são tão
ensaios assim, mas sim uma ótima oportunidade para
turistas que visitam o Rio antes do carnaval sentir o que é o clima de
uma escola de samba, conhecer o ritmo contagiante da bateria, sambar à
vontade e se divertir muito. Informe-se sobre as datas e localização
destes ensaios com amigos ou na portaria de seu hotel.
Jardim Botânico
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Não perca a chance de visitar um dos lugares mais bonitos da cidade, o Jardim Botânico.
Lá estão árvores, plantas, flores, alamedas, chafarizes, jardins e
alamedas, ocupando uma área de 54 hectares e formando o que é
provavelmente a mais importante vitrine da flora brasileira, bem como
da de outros países. São quase sete mil espécies diferentes, ao ar
livre ou em estufas. A história do Jardim Botânico remonta à época do
Brasil colonial, quando, por determinação do monarca D. João VI, foi
criado o 'Jardim da Aclimatação', com a finalidade de aclimatar as
mudas trazidas da Índias Orientais, principalmente iguarias, como
noz-moscada, canela e pimenta do reino. Mais tarde, foram
transplantadas para este local mudas provenientes das Ilhas Maurício
(país insular do Oceano Índico). |
Muitas outras foram trazidas
nos anos seguintes, como cânfora e cravo-da-índia, provenientes do
Oriente. Após a independência do país, o Jardim foi aberto à visitação
pública e nos fins de semana e feriados, funciona um trenzinho
turístico, que leva os turistas por um tour de cerca de trinta minutos
entre as 'Aleias' cercadas por flores e plantas. Mas o local também
pode ser percorrido a pé, por conta própria, e garantimos, será difícil
não ficar encantado com a beleza deste jardim.
Poucas
imagens são mais emblemáticas do verão carioca como o pôr do sol visto
do Arpoador. Esta é uma praia muito freqüentada por surfistas e se unir à galera para esperar
o sol descer até o mar e sumir na linha do horizonte, e se o dia foi
perfeito, aplaudir o espetáculo proporcionado pela natureza, é um
ritual tipicamente ipanemense. Mas não espere o pôr do sol para
conhecer o Arpoador, uma grande formação rochosa existente entre a
Praia de Ipanema e a minúscula Praia do Diabo (o nome foi dado em
referência às suas ondas perigosas). Seguir a escadinha escavada na
pedra e depois o caminho até o alto da pedra é um programa gostoso e a
vista lá de cima é incrível. |
Por do Sol visto do Arpoador e Praia de Ipanema
Morro Dois Irmãos e Pedra da Gávea
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Junto à Pedra do Arpoador (o
nome é referência à atividade de caça de baleias com arpão, que
antigamente era praticada no local) situa-se ainda o Parque Garota de
Ipanema, em homenagem à famosa música de Vinícius de Moraes e Tom
Jobim, e onde habitualmente são organizados shows musicais. Como a
faixa de areia desta praia é estreita, aos fins de semana ela fica
lotada, principalmente de farofeiros. É preferível deixar para ir lá no
final da tarde, mesmo porque esta é uma praia em que banhos de mar à
noite são comuns, o que é facilitado pelos grandes holofotes
posicionados sobre as pedras.
Teatro Municipal
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O Teatro Municipal do Rio de Janeiro
situa-se no centro da cidade, no local conhecido como Cinelândia.
Inaugurado em 1909, ele tem desempenhado desde então um importante
papel cultural na cidade, apresentando espetáculos de companhias
de balé, ópera, show com artistas de música popular e eventos
diversos. O magnífico projeto, inspirado no prédio da Ópera Garnier de
Paris, é de autoria do arquiteto Francisco de Oliveira Passos, em
colaboração com o francês Albert Guilbert. Diversos nomes famosos
já se apresentaram em seu palco, como Heitor Villa-Lobos, Maria Callas,
Sarah Bernhardt, Bidu Sayão e muitos outros, até mesmo o presidente
americano Barack Obama, que aqui preferiu um discursou, em março de
2011. |
Além de uma belíssima
arquitetura, a decoração interna do teatro é primorosa, ornada com
pinturas de Eliseu Visconti, Henrique Bernardelli, Rodolfo Amoedo e
esculturas de Rodolfo Bernardelli. Submetido a um ampla reforma, o
teatro foi reinaugurado em maio de 2010, ostentando novamente todo seu
esplendor original, o que incluiu folhas de ouro de 23 quilates
trazidas da Alemanha, utilizadas para devolver ao teatro o brilho de
sua fachada e das grandes cúpulas.
Além de sua programação
habitual, o Teatro Municipal organiza freqüentes temporadas a preços
populares, para permitir a todos conhecer por dentro esta belíssima
casa de espetáculos. Vale visitar também, no subsolo, o ótimo
restaurante Assirius, ou então, se preferir um restaurante popular para
um chope geladinho, basta ir ao Amarelinho, um dos mais tradicionais da
cidade, situado logo em frente ao teatro. Estação de metrô mais
próxima: Cinelândia.
Parece
um colar de pérolas, mas é somente a Lagoa Rodrigo de Freitas
iluminada, vista do Cristo. A noite no Rio tem opções para todos
os gostos, e há mesmo quem diga que nesta hora a cidade fica ainda
melhor que durante o dia. Teatros, cinemas, restaurantes, bares,
boates, forró, casas de samba, rock, pagode, creperias... a lista
não tem fim. Nesta imensa relação destacam-se os bairros da Lapa, Santa
Teresa, Botafogo, Gávea, Flamengo, Laranjeiras, Barra, Leblon, Ipanema,
Copacabana, Vila Isabel, que concentram dezenas de opções, lugares
íntimos ou agitados, badalados ou tranqüilos, novos e tradicionais,
gays e heteros, para jovens ou veteranos. Peça uma dica aos conhecidos,
pergunte na portaria do hotel, ou então simplesmente consulte os
suplementos dominicais dos grandes jornais, pois lá está tudo, desde os
endereços até horários e preços. |
Lagoa Rodrigo de Freitas vista do Cristo |
Como capital cultural do país,
alguma coisa está sempre acontecendo no Rio, mesmo porque a própria
natureza do carioca é festeira, alegre, à procura de novidades, e ao
mesmo tempo crítico, antenado, exigente. Aqui algo está sempre
bombando, um restaurante tem que ser conferido, um show está fazendo
sucesso, um espetáculo é imperdível. Como em qualquer paixão, os
cariocas tem uma relação intensa com sua cidade, às vezes de amor e às
vezes de ódio, como bem definiu Adriana Calcanhoto em sua canção,
dizendo que "cariocas não gostam de sinal fechado". Em compensação
cariocas adoram um papo, adoram visitas, adoram gente de outros lugares
e tem um imenso prazer em recebê-las e levá-las para conhecer a cidade
que, na verdade, abriga mais gente nascida em outros lugares do que no
Rio. Esta, pode-se dizer com certeza, é uma autêntica Cidade Universal.
Árvore de Natal da Lagoa
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O
Reveillon no Rio já entrou para o calendário das principais festas
da cidade, e é considerado como um dos mais animados do mundo. No dia
31 de dezembro diversos pontos da cidade promovem queimas de fogos e
shows de música ao ar livre. Comece os festejos indo apreciar a árvore
de Natal da Lagoa, erguida sempre no meio das águas, e que a cada ano
supera a versão anterior,
Todos os anos a árvore de
Natal é montada na Lagoa Rodrigo de Freitas, sendo inaugurada com uma
grande festa, queima de fogos de artifício e show de música. O evento
ocorre geralmente em fins de novembro e a árvore permanece montada,
cada ano com iluminação diferente, até os primeiros dias do ano
seguinte. De acordo com o livro Guiness ela é a mais alta árvore de
Natal do mundo.
Todas
as noites, durante este período,
famílias inteiras vão passear às margens da Lagoa e apreciar as luzes
piscando, acendendo e os belos efeitos de luzes de cores diferentes. A
melhor forma de ir até lá é a pé, pois o transito costuma congestionar
ao redor e vagas para estacionar na área são sempre difíceis de
encontrar. Vá de metrô, e desça na estação Cantagalo. De lá até a Lagoa
é
uma curta caminhada. |
Mas a grande festa de Reveillon
no Rio é mesmo na praia de Copacabana, onde cerca de dois milhões de
pessoas se reúnem para comemorar a chegada do Ano Novo. Quem pretende
ir de metrô deve comprar os bilhetes com antecedência, pois, para
evitar aglomerações, os bilhetes de metrô desta noite são limitados e
vendidos para embarque dentro de horas pré-determinadas.
Os acessos para veículos
costumam ser fechados em Copacabana algumas horas antes do evento, por isso
não deixe para ir até lá na última hora. Vista uma roupa branca para
dar sorte e venha se juntar à multidão. Assista à mais fantástica
queima de fogos do planeta, estoure a rolha de champagne ouvindo as
ondas quebrar na areia, faça uma oração ou oferenda à Iemanjá e veja o
sol nascer no mar no primeiro dia do novo ano. Afinal de contas é
sempre importante ter fé que ano que vem tudo será muito melhor.
E
se após a festa, quando o dia já estiver claro, a fome bater, atravesse
a rua e entre num dos hotéis da orla - são diversos - para saborear os
incríveis brunch de Réveillonque são oferecidos. Está feita a festa. Existe melhor forma de começar um novo ano? Nóstambém estaremos por ali, e quem sabe a gente não se encontra na areia?
O que mais dizer do Rio? Muita coisa, mas não caberia nesta página. A verdade é que é
difícil não gostar do Rio, e quase impossível partir sem carregar boas
lembranças e muitas saudades. Abençoado por Deus, bonito por natureza,
esta é a cidade do sol, das montanhas, do mar, do dourado, verde e azul,
a que sempre foi e sempre será a Cidade Maravilhosa. |
Reveillon na praia de Copacabana |
Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil,
Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil,
Berço do samba e das lindas canções,
Que vivem n'alma da gente,
És o altar de nossos corações,
Que cantam alegremente. |
Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil,
Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil,
Jardim florido de amor e saudade,
Terra que a todos seduz,
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz. |
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