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O
nome não diz muita coisa, afinal nem todo mundo sabe que a palavra
Maceió surgiu graças a um engenho de cana de açúcar denominado Macaió,
palavra indígena que significa originalmente Terra Alagada. O
significado turístico da palavra, no entanto, praticamente tod mundo
sabe: Pedacinho do Paraíso. Esta poderia ser a verdadeira tradução para
Maceió, a capital de Alagoas, pois ela é um daqueles raros lugares dos
quais ninguém consegue deixar de gostar. E não se trata apenas do
clima, ou das praias, ou da areia. Existe algo mais que fascina todo
mundo, meio difícil de definir, mas tão convidativo como as folhas de
um coqueiro dançando ao sabor da brisa, em frente ao mar. |
Para
começar com o pé direito a visita a Maceió, procure ficar hospedado no
bairro de Ponta Verde. Nesta região, ao longo da Avenida Álvaro
Otacílio estão todos os atrativos que turistas podem desejar.
Excelentes hotéis, restaurantes, bares, pizzarias, cervejarias,
locadoras de automóveis, e um belo calçadão com dezenas de simpáticos
quiosques e bancas de revistas. E quando chega a tarde este calçadão
transforma-se na principal passarela da praia, repleto de gente bonita
caminhando, pedalando ou fazendo jogging. |
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De
uma forma geral, a maioria das cidades turísticas investe
principalmente nas zonas mais freqüentadas, litorâneas e deixam em
segundo plano o coração da cidade. Nós temos o hábito de procurar
conhecer não somente as vitrines turísticas de cada lugar por onde
passamos, mas também as partes menos glamorosas, e por isso podemos
afirmar que, dentre todas as capitais do nordeste, Maceió é
provavelmente a que possui o centro mais bem tratado. Um ótimo calçadão
percorre grande da zona central, e uma caminhada por aqui nos permite
conhecer melhor a essência da cidade e seus locais históricos. Na foto
ao lado, próxima à estação ferroviária, está situado um monumento a
Zumbi, erigido na forma de uma gigantesca letra Z na cor negra
Zumbi
foi um negro nascido no Quilombo de Palmares, em 1655. Os quilombos
eram comunidades formadas por escravos que haviam conseguido escapar de
seus feitores. Lá eles organizavam sociedades livres, e viviam em paz.
Palmares, foi um dos maiores quilombos surgidos no Brasil, e chegou a
contar com mais de trinta mil habitantes. Zumbi foi capturado quando
tinha seis anos, e entregue a um missionário português. Durante este
período aprendeu a ler e escrever, mas nunca aceitou a escravidão. |
Quando tinha quinze anos Zumbi
conseguiu fugir, voltou para o Quilombo de Palmares, e graças a sua
inteligência tornou-se líder da comunidade. Os portugueses, no entanto,
não conseguiam aceitar a existência de uma comunidade de negros livres
e independentes, e organizaram a invasão e destruição de Palmares.
Zumbi foi ferido durante a invasão, e acabou sendo morto em 1695. O
Quilombo de Palmares, situado onde um dia iria surgir o estado de
Alagoas, é considerado hoje como o maior exemplo de efetiva contestação
à escravidão. E Zumbi, é lembrado sempre como o maior nome brasileiro
na luta contra a opressão racial. Em sua homenagem o 20 de novembro é
comemorado em todo país como Dia Nacional da Consciência Negra. E
também para homenagear este movimento, o aeroporto de Maceió tem o nome
de Zumbi dos Palmares.
A
palavra Alagoas, surgiu, como se pode imaginar, graças à existência de
muitas lagoas nesta região. Ao lado, outro marco histórico do centro de
Maceió, o Teatro Deodoro, situado em frente à praça de mesmo nome. Este
é um lugar de gente simples, sem requintes turísticos, mas bem
representativo das características autênticas da cidade, e que não pode
deixar de ser visitado por quem deseja conhecer a cidade de verdade. É
impossível visitar Maceió sem encontrar dezenas de barraquinhas ou
restaurantes oferecendo Tapioca, um dos pratos populares mais
apreciados.
Para quem não conhece, a Tapioca é
preparada com goma de mandioca, coco ralado e queijo. Os ingredientes
são assados e podem receber praticamente todo tipo de recheio. Entre
outros prédios históricos do centro, vale visitar o Palácio Floriano
Peixoto, também conhecido como Palácio dos Martírios, construção de
1893. Também o prédio da Assembléia Legislativa, cuja pedra fundamental
foi colocada em 1850 não pode ser esquecido. E passe também no Sobrado
do Barão de Jaraguá, que em 1859, acolheu o imperador Pedro II em sua
vista à Maceió. |
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Ao
lado, alguns casarões históricos do centro da cidade. Uma caminhada por
aqui nos conduz a diversos lugares interessantes, como por exemplo a
Ladeira do Urubu, Beco do Sapo e Rua do Veado, nomes de logradouros que
deram origem ao centro da cidade. E na hora das compras, turistas
encontram várias alternativas, sendo que na região litorânea, vale a
pena percorrer a feirinha de artesanato da Pajuçara, que funciona a
partir do fim da tarde até a noite. |
No entanto, é
ainda melhor visitar o Mercado do Artesanato situado na rua Melo
Morais, centro. Lá estão dezenas de quiosques oferecendo vestimentas,
redes, artesanato, cerâmica, quitutes, artigos em couro e diversas
outras maravilhas. Já quem curte mais os shoppings, pode ir direto ao
excelente Shopping Iguatemi, situado a meio caminho entre a Praia da
Jatiúca e o terminal rodoviário da cidade.
Alagoas
é um dos menores estados brasileiros, mas nem por isso deixa de
oferecer roteiros turístico imperdíveis. O litoral do estado tem
trechos verdadeiramente paradisíacos, que dão vontade da gente ficar
por aqui e nunca mais ir embora. Entre os locais sempre lembrados estão
as piscinas naturais de Pajuçara e de Maragogi. Estas piscinas naturais
são formadas pela maré baixa, que faz surgirem lagunas isoladas do mar
por pedras ou bancos de areia, onde se pode nadar, praticar snorkel em
águas cristalinas. Outros locais recomendados são a Barra de São
Miguel, a Praia do Gunga e principalmente, a Foz do rio São Francisco,
onde fizemos a foto ao lado. |
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Ao
lado, uma vista da Catedral de Maceió, situada em pleno coração da
cidade, situada a uma curta distância da Praça Deodoro. Mas não
apenas a catedral da cidade merece ser visitada. Conheça também a
Igreja de Nosso Senhor Bom Jesus dos Martírios, em estilo barroco
neoclássico. Depois caminhe até o Museu Theo Brandão, que conta com um
ótimo acervo de arte popular. Passe ainda no Museu da Imagem e do Som
de Alagoas, onde estão documentos relatando toda a história política e
social do estado. E não deixe de conhecer também o Conjunto
Arquitetônico de Jaraguá, próximo ao porto. Lá estão imponentes
sobrados e casarões. No passado esta área constituía um importante
centro comercial de Maceió, e hoje, muitos dos prédios foram reformados
e abrigam as instalações da Receita Federal e Associação Comercial,
entre outros. |
Ao lado, o Palácio do Governo Estadual. É difícil passar por aqui e não
lembrar daquele famoso Caçador de Marajás, que chegou à presidência do
Brasil e acabou expulso, graças em grande parte ao já histórico
movimento dos jovens Caras pintadas.
Você sabia que em
Alagoas existem desessete lagoas? Maceió tem uma população aproximada
de 600 mil habitantes e temperatura média anual de 28ºC |
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Ao
todo, o estado de Alagoas tem duzentos e trinta quilômetros de litoral.
Ao lado, foto tirada na Foz do Rio São Francisco, rio que demarca
a divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe. Diversas operadoras
turísticas oferecem passeios até aqui, partindo tanto de Aracaju como
de Maceió, se bem que a distância é menor para quem parte desta última
cidade. A primeira parte é feita por terra até o simpático município de
Piaçabuçu, a partir de onde o trajeto segue a bordo de uma escuna, por
cerca de 50 minutos até atingir a foz do São Francisco. |
Ao
chegar na foz do rio a embarcação atraca junto às dunas e os turistas
podem passear por conta própria pela região, entre as dunas, o mar e as
piscinas naturais. Todo o cenário é de uma beleza emocionante. A pouca
distância das dunas, pode-se ver, no lado de Sergipe, o topo de um
farol abandonado que guarda uma história. Ele pertenceu à cidade de
Cabuçú, pequeno vilarejo que começou a ser engolido pelo mar a partir
de 1992. Hoje Cabuçú é um tipo de cidade fantasma semi-submersa, já que
pouca coisa escapou das águas.
O monumento
homenageando o Cangaceiro pode ser visto na entrada da rodoviária de
Maceió. Ainda que os integrantes do movimento conhecido como Cangaço
fossem, em sua grande maioria, bandidos, eles tinham uma ética própria,
e ajudavam pessoas carentes do sertão. Isto fez com que, no imaginário
popular, eles ainda permaneçam como um tipo de Robin Hood do
nordeste, aqueles que roubavam dos ricos para dar aos pobres. Pergunte
a um nordestino o que ele acha dos cangaceiros, e com certeza irá ouvir
opiniões de todos os tipos, gente falando bem e gente falando mal.
Observe que na escultura ao lado o Cangaceiro segura um livro. Apesar
de rudes, muitos tinham fama de serem eruditos. |
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Ao
lado, imagem feita no calçadão da Avenida Álvaro Otacílio, onde estão
situados os melhores hotéis da cidade. Esta área compreende as praias
de Jatiúca, Pajuçara e Ponta Verde, sendo esta última a área nobre da
cidade. Não deixe de conhecer também o bairro histórico de Jaraguá,
famoso por sua importância em termos culturais e artísticos. Visite
ainda a Academia Alagoana de Letras e o Mirante de São Gonçalo, de onde
se tem uma bela vista de Maceió. |
Na
foto ao lado, algumas jangadas com suas velas recolhidas, na praia de
Pajuçara. Este é um dos passeios mais bonitos a serem feitos na cidade.
Quando a maré está baixa, geralmente pela manhã, as jangadas levam os
turistas até cerca de trezentos metros do litoral, onde se formam as
piscinas naturais. Lá a gente desembarca e pode mergulhar ou nadar
entre os peixes. Depois, na parte da tarde, porque não aproveitar para
conhecer outros pontos da cidade? Visite a Igreja São Gonçalo, a Igreja
do Bom Jesus dos Marítimos e depois estique até o Bairro das Rendeiras
e o Pontal da Barra. |
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Outra
vista do centro da cidade, mostrando a praça situada frente à Catedral.
Os pratos mais famosos da cozinha alagoana são sempre os peixes e
frutos do mar. Quem aprecia lagosta, camarão, siri e pitu (como é
conhecida a prima da lagosta que vive em água doce) com certeza não vai
se decepcionar. Alternativa sempre lembradas são os pratos à base de
macaxeira, milho e coco, preparados das formas mais variadas e sempre
apetitosas. |
Um
daqueles passeios imperdíveis em Maceió é percorrer o Litoral Sul, onde
clicamos esta foto. Lá estão belíssimas praias, manguezais, lagoas,
rios, a Ilha de Santa Rita, a Praia do Francês etc. São locais que
parecem lembrar aqueles filmes do Taiti ou coisa parecida, águas calmas
e quentes, coqueiros, areias brancas, pouca gente e muita paz. Outros
passeios recomendados são até Maragogi, praia de águas cristalinas e a
Ilha da Fantasia, como é conhecida a região formada pelas ilhas e
canais que compõe a Lagoa de Manguaba. Com tantas belezas naturais, um
clima privilegiado e um ambiente tão relax o ano todo, Maceió faz jus
ao seu apelido: Paraíso das águas, ou como nós preferimos nos lembrar
dela: Pedacinho do Paraíso. |
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